Capítulo 12 - Parte II

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Tal como prometido aqui está o capítulo! Ai Faby Faby Faby nem sei o que te diga... gostei muito da tua teoria, já te faço um comentário maior... se bem que acho que não preciso de explicar nada porque este capítulo diz tudoooo!!!!! Sendo assim, dedico-te o capítulo em honra da tua teoria! 

Espero que gostem...

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Chloe não conseguia deixar de pensar em tudo o que tinha ouvido durante a conversa de Sparks com a melhor amiga – coisa que ela nem sabia que Sunny tinha – e pela primeira vez desde o início do acampamento ela andava a ignorar a colega de cabana. Era muita coisa para processar. Nos últimos dias ela tinha tido a oportunidade de conhecer um pouco mais a pessoa por detrás do escudo e durante esses dias, Chloe esqueceu a Barden, esqueceu as Bellas, esqueceu Beca. Todo o seu pensamento girava à volta daquela morena misteriosa que não saia do seu coração. Cada toque, cada sorriso, cada olhar... deixavam Chloe perdida em Sparks, apaixonavam-a mais e ela sabia que não haveria muito que pudesse fazer. Ela não iria resistir a Sparks, principalmente agora que sabia dos sentimentos da outra por si. E Sparks que sempre se mostrava imparcial sobre as Bellas... conhecia o grupo, fazia intenção de talvez um dia pertencer às Bellas. O seu sonho era ir para a Barden University com Em – como Sparks havia lhe chamado – mas não o podia cumprir pois tinha um pai e uma irmã lá que a tinham abandonado. Chloe não sabia dos pormenores da história, mas cada vez que uma nova peça do puzzle surgia era mais fácil montá-lo. Como é que ela haveria de conversar com Sunny sobre aquele assunto e se não conseguisse, como é que ia fingir que não tinha conhecimento algum sobre ele. É um pedaço do passado de Sparks que Chloe não podia ignorar. Agora sentada à beira do lago conseguia pensar um pouco com mais clareza e alguns pontos de conversas começavam a fazer sentido, incluindo, aquele sentimento de familiaridade que ela não entendia. Ao mesmo tempo que as coisas faziam sentido estavam a deixá-la ainda mais confusa, "Que posso eu fazer?", Chloe perguntou a si própria, "Podes sempre perguntar directamente Chloe...", uma voz atrás de si falou e Chloe sabia a quem pertencia. Voltou-se para trás e viu Sunny com as mãos nos bolsos a olhar para ela, tentou sorrir mas o sorriso saiu bastante fraco e Sparks aproveitou a deixa para se sentar ao lado dela.

Nada se ouvia enquanto as duas miravam o lago. Sunny foi quem quebrou o silêncio, "Eu não sou uma boa pessoa Chloe. Quando era mais nova, depois de uma discussão enorme e para proteger a minha melhor amiga, ataquei a minha própria irmã. Na altura, não sei o que tomou conta de mim. Não me lembro muito bem do momento, mas sei que do nada eu a tinha empurrado, tinha-lhe lançado o meu punho e que ela estava no chão. Apenas isso. Contudo, ela magoou-se e ficou com medo de mim. Pelo menos foi o que me disseram, nem sei se isso é verdade. O que sei é que as discussões entre os meus pais aumentaram. Havia várias razões para elas, uma delas era o facto de terem um monstro a viver na própria casa. Quando me apercebi, ele foi embora e levou-a para a poder proteger. Eu fiquei com a minha mãe, que por alguma razão que desconheço, talvez devido aos meus ataques repentinos de raiva, nunca gostou de mim. Com a saída de casa e de cidade da família, a minha mãe culpou-me e ainda hoje me culpa. Havia dias que bebia demais e eu era o saco de porrada onde ela descarregava o ódio que sentia por mim. As cicatrizes iam acumulando-se e para que eu não chamasse à atenção, também não podia ter amigos, ou seja a maior parte do meu tempo passava em casa. As únicas alturas que eu saia de casa, era porque os Junks insistiam. Passava muito tempo em casa deles, enquanto a minha mãe estava na clínica, e foi aí que redescobri a música – algo que era proibido em minha casa desde a saída do meu pai. O avô da Emily reensinou-me a tocar piano e sempre que era possível eu cantava com elas. Como a Katherine era uma Bella, ela dizia que um dia tanto eu como a filha pertenceríamos às Bellas. Esse sonho foi crescendo e um pacto foi feito – eu estudaria música com a Emily na Barden University e seria perfeito. Não aconteceu, como é óbvio. Aos 16 anos, eu saí do secundário. Acabei com mérito e entrei na UCLA – uma das minha preferidas devo afirmar – mas em Medicina. Toda a família da minha mãe andou em Medicina, temos uma clínica e antes sequer de eu ser maior de idade já tinha o meu futuro programado. Acabar o curso, com mérito, e preencher o lugar do meu avô na clínica Sparks. Um futuro que eu nunca quis. Não me leves a mal. Eu gosto de medicina, é interessante, mas eu não me vejo a passar o resto da minha a ser um médico frio que se finge importar com os pacientes e que lhes cobra um balúrdio para não resolver nada. Contudo, eu não mando no meu futuro. Não neste momento. A minha família não aceita, bem, o meu avô aceita. Ele diz que nunca me imaginou ali. Sempre pensou que iria seguir música e que um dia iria levar o nome Sparks mais longe mas nem a sua opinião impediu a mão da minha mãe. Nunca impediu. E neste momento não é como se ele pudesse defender-me. Continuando... Acho que me perdi... Não costumo falar muito disto, então é fácil perder-me. Sei que viste as minhas cicatrizes, algumas delas, foram tentativas de me impedir de voltar a tocar piano. Aparentemente se magoares certos nervos nos braços é quase impossível voltar a tocar. É o que dá viver com uma médica que conhece a anatomia humana. Sim, eu sei, continuo a conseguir tocar. A Emily salvou-me. Juntamente com a família dela. Comecei a passar fins-de-semana com eles e as férias vinha para o acampamento. A minha mãe acha que sou uma das médicas de serviço e por isso estou a ganhar currículo que me irá fazer ultrapassar os outros estudantes de medicina. A verdade é que sou a melhor da minha turma e vou realmente passar o internamento com mérito, mas não sei se vou continuar a praticar depois de acabar. Neste momento não sei muito sobre o meu futuro. Eu não sei mais o que queres saber....", Sunny parou de explicar sem nunca tirar o olhar do lago. Chloe respirava com alguma dificuldade, o passado era realmente mais complicado do que ela tinha pensado mas não conseguia comentar nada, "E a tua irmã?", Chloe decidiu perguntar, "Ela está a estudar na Barden como tu e o meu pai trabalha lá. O que me impede um pouco de seguir o meu sonho. Nós continuamos sem nos dar e sinceramente não falámos desde o divórcio. Não me olhes assim. Eu tentei, okay? Apesar de me sentir abandonada por eles, que sabiam o que a minha mãe fazia e me deixaram ali, eu continuei a tentar. Vou a todos os espectáculos dela – mais por causa da Emily tenho de admitir – e continuo a apoiá-la. Fico feliz por ela, afinal de contas a Beca tem a oportunidade de seguir o sonho dela e ser uma DJ famosa.", Sunny disse e Chloe olhava para ela chocada, "Sunny Mitchell Sparks. Prazer.", Sunny apresentou-se e Chloe apenas teve duas palavras, "Beca Mitchell", depois desmaiou. 


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Espero que não tenham desmaiado, nem que se tenham sentido mal. Se precisarem posso dar-vos um abraço e uma caixa de lenços sem problema.

Gostaram? Comentários? Lenços?

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The Camp GirlWhere stories live. Discover now