Capítulo 54

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*Capítulo Não Revisado*

*Capítulo Não Revisado*

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Safira Rothwell

A primeira coisa que sinto ao acordar é o cheiro de mofo, depois o frio me faz tremer, abro os olhos e gemo de dor quando minha cabeça lateja. Meus olhos correm pelo lugar que estou e estremesso de medo. O quarto está parcialmente escuro, a luz da lua ilumina uma pequena parte, mas é o bastante para me fazer ver as paredes com a tinta descascada e o mofo em uma parte do teto. Sinto minhas costas protestarem de dor quando me sento no colchão fino e mofado que estava deitada de forma desconfortável.

Meus bebês se mexem de forma que me arranca o fôlego, passo a mão na barriga tentando os confortar. Com certo esforço consigo me levantar, meu copo está trêmulo pelo frio no local, a brisa gélida entra pela janela, caminho até a mesma e sinto um misto de frustração e medo ao ver apenas árvores ao redor da casa. Mesmo se não estivesse no meio do nada, não conseguiria ir muito longe com essa barriga, e muito menos colocaria a vida dos meus filhos em risco. Sei que Diogo vai nos encontrar, confio no meu amor.

Saio de perto da janela, meus olhos inspecionam o local mais uma vez, até que vejo uma pequena porta no canto, deve ser o banheiro. Ao abrir a porta me arrependo no mesmo segundo, um cheiro fétido me atinge fazendo com que meu estômago se embrulhe, fecho a porta e me afasto sentindo náuseas.

Começo a sentir o medo querendo me abater, meus lábios tremem e sinto meus olhos arder por lágrimas contidas. Me sento no colchão novamente com extremo esforço, me apoio na parede abraçando minhas pernas, lágrimas de medo escorrem pelo meu rosto sem que eu possa controlar, sentir meus filhos se mexendo nesse momento faz meu medo aumentar mais ainda, que algo possa acontecer com eles.

A porta se abre com força batendo na parede, sinto meu coração se acelerar pelo susto. Uma mulher jovem entra, talvez um ou dois anos mais velha que eu, seus saltos extremamente altos fazem barulho quando caminha até mim, ao ver que estou acordada seus lábios se curvam em um sorriso maldoso. Percebo que em seu ombro tem um curativo levemente sujo de sangue.

— Olha quem está acordada — sorri cínica.

— Quem é você? — pergunto mesmo desconfiando que estou em frente a Paola Bertolini, percebo agora a semelhança com a foto que o Diogo me mostrou.

— Isso não te interessa piccola cosa (coisinha) — cospe a última palavra na qual não entendo com nojo — Não sei o que McDemott viu em você? — me analisa friamente e estremesso ante seu olhar  — Você é tão fraca.

Não falo nada, com fúria ela vem na minha direção e desfere um tapa em meu rosto, sinto o gosto de sangue na minha boca, uma lágrima de fúria escorre pelo meu rosto, engulo a minha vontade de a enfrentar.

Pelos meus filhos aguento essa humilhação calada, ela levanta mais uma vez a mão, fecho os olhos esperando a dor vir mais uma vez. Mas ela não chega, ouço barulho de novos passos se aproximando, uma voz carregada com o sotaque italiano a impede.

Uma Chance para Amar (01)  | ✓ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora