A joia de Isis

Capítulo 22

Oiee lindonas, queria dizer que estou vendo os comentários e assim que puder respondo! Muito obrigada por todo o carinho, e como a maioria sabe, essa história é muito diferente das que costumo escrever, mas o que acharam? 

Estamos nos encaminhando para a reta final e espero que tenham aproveitado e conseguido amar o antigo Egito assim como eu! 

Muito obrigada por tudo e até logo <3

Isis caminhou completamente sozinha, sentindo o pavor lhe assomar. Não tinha muito para onde correr, e queria muito acreditar que não estava apavorada. Mas quem poderia enganar?

Ela estava mesmo apavorada!

Tudo para ser uma deusa?

Ela nem queria ser uma deusa! Só queria ser Isis! Já tinham uma deusa Isis, o quão confuso ficaria ela também se tornar uma entidade tão poderosa?

Longe dela querer causar alvoroço entre a alta sociedade dos deuses!

Mas veja se não é a deusa criada! Que blasfêmia! – Eles diriam, ou não, a verdade é que ela não sabia realmente o que aconteceria dali em diante.

Está aqui, querida!

O chiado soou alto na sua cabeça e ela queria estar novamente próxima da esfinge, para não ter que aguentar aquele sussurro irritante.

Colocou as mãos nos ouvidos, tentando acalmar seus tímpanos, tão frágeis que o seu equilíbrio estava totalmente afetado e a deixava tonta, prestes a cair a qualquer momento. Mas sabia, depois de uma conversa amistosa, que não iria querer cair ali.

Seria o pior que poderia lhe acontecer.

Como na Bela Adormecida, que acabava dormindo por um tempo extremamente longo, com a diferença que o dela não seria longo, mas sim eterno!! Eterno! Quanto durava a eternidade? Ninguém saberia dizer porque significava para sempre e ninguém de fato vivia para sempre a ponto de contar esse tempo!

Aquilo não era muito bem o que ela pensaria normalmente, então só podia presumir que tinha perdido totalmente o juízo.

Vou até você, criança!

Novamente o chiado e dessa vez, mesmo não enxergando nada, ela notou o tremor que abalou toda a terra à sua volta e sentiu a sua garganta se apertar, suas narinas se fecharem, impedindo-a de respirar. Tentou olhar para através da escuridão, queria encontrar um abrigo para se defender, porém, era inútil.

Isis não estava na terra, estava no lugar daquela criatura e somente ela conhecia tudo e tinha visão noturna, ao contrário dela.

Respirou fundo.

Tudo estava ferrado mesmo e ela nem tinha mais esperança que um milagre pudesse acontecer. Começou a se ferrar quando pegou a joia e quando se sentiu atraída por Amon desde os primeiros sonhos, chegando até a sentir inveja de Kaphiri! Ela era patética, se sentia miserável, ainda mais por ter um fim como aquele.

O que seu epitáfio diria para quem parasse ocasionalmente na sua lápide?

Isis, amou um deus, morreu por esse deus, e teve a alma devorada por uma cobra gigante. Descanse em paz, jovem criança apaixonada pela cultura egípcia!