A joia de Isis

Capítulo 5

Eu adoro fantasia e meu Deus, tô amando escrever essa história gente! Ela tá virando meu xodó!! <3

Como eu disse antes, eu estou usando como base a cultura e crença egípcia, mas algumas coisas eu alterei pra dar sentido à história! 

Mil  beijos e uma ótima semana! 

"– Kaphiri!

Ela ouviu a voz retumbante vibrar seu coração. Há dias sentia que poderia explodir com o sentimento que a dominava. Era como se Amon fosse tudo o que ela procurava, mesmo sendo impossível.

Inatingível.

- Amon!

Ela sabia que ele a vigiava constantemente, mas em alguns momentos ele ainda a assustava.

- O que está fazendo? – Amon perguntou, mesmo que soubesse exatamente o que ela fazia.

- Levando algo para o soberano.

- Não. Não vai. Ele não a reconhece, e poderia se assustar, causando ainda mais estrago.

- Não posso ignorar uma ordem! – Respondeu furiosa.

As coisas não eram tão simples pra ela, uma serva, sem qualquer tipo de posse.

Amon a olhou, misteriosamente, para logo em seguida fechar os olhos e aquele dourado em torno dele se intensificar, criando faíscas de calor que ela achava que praticamente conseguia tocar. Depois de longos segundos, seus olhos agora dourados a encaravam fixamente, tentando encontrar qualquer traço de medo. Qualquer coisa que pudesse dizer a ele que aquilo era muito errado, que jamais daria certo. Que humanos e deuses em hipótese nenhuma deveriam se envolver.

- Outra serva irá levar o que ele pediu.

Ela viu uma mulher catatônica pegar o que segurava e se retirar. Como se não os vissem, como se fossem invisíveis.

O poder de Amon a assustava. A ferocidade que ela sentia emanando dele também. Parecia que a qualquer momento, o controle seria perdido e todos acabariam pagando pelos seus erros.

- Por qual motivo fez tal coisa?

O deus a olhou, sorrindo presunçosamente. Kaphiri não sabia o que tudo significava, mas tinha uma plena noção de que ele assim como seu soberano se julgava no direito de possuí-la. De que ela fosse sua propriedade.

- Não penso isso.

Ela o olhou espantada. O deus lia mentes?

- Eu não leio mentes, eu só senti a confusão no seu corpo e meus instintos perceberam qual o equívoco. Não quero dominá-la, Kaphiri. Sendo verdadeiro, com nós dois, não consigo entender o que me puxa sempre na sua direção.

Ela também não conseguia entender. Tanto quanto ele, as coisas pareciam estar erradas, fora de sincronia.

- Continua me procurando.

- E continua me esperando.

Ele respondeu e Kaphiri não negou. Era verdade, ela esperava por ele durante as noites, esperava por ele durante os dias e sentia como se sua presença fosse necessária até mesmo para sua respiração.

Amon se aproximou ainda mais dela, suas labaredas de calor, a sufocando e a fazendo deseja-lo com uma ânsia nunca antes sentida. Uma necessidade. Sim, essa era a palavra que Kaphiri procurava para descrever aquela onda de poder que os atraía.