Capítulo 6

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Eu demoro, mas volto! hahahhaa

Uma excelente semana pra vocês e me digam depois se uma das teorias de vocês se confirmou!!!

<3


Ela se via novamente em meio a cidade, uma cidade que sobrevivera por milênios. O colar, pesava no bolso da sua calça e ela fingia não se importar com isso. Fingia que abandonar o objeto no seu lugar não a estava deixando completamente indecisa.

Tinha certeza ontem e deveria ter certeza hoje.

Dormir e acordar em outra época a estava consumindo e deixando completamente louca. Sem saber em que mundo estava quando acordada.

- Onde era aquela merda? – Falou exultada, procurando por alguma alavanca no ponto exato onde se lembrava de ter caído.

A parede, agora sua maior inimiga, uma segurança que ela não queria.

Precisava mais do que qualquer outra coisa encontrar a fenda, precisava devolver para o lugar certo, algo que não era dela desde o princípio.

Sem que Isis fizesse a menor ideia, Paul a seguira, curioso para saber o que deixava a amiga tão fora de si. Curioso para quem sabe, ajuda-la a seguir em frente. Ele se importava com ela, se importava com os seus sumiços também e mesmo quando estava na escavação, ela simplesmente parecia não estar lá de verdade.

Viu o exato instante em que uma passagem secreta se abriu e Isis escorregou escuridão adentro. Mas antes que pudesse segui-la, ouviu o barulho oco da parede se movendo novamente, tampando a entrada.

- Diabos! – Praguejou alto e decidiu ir embora.

Voltaria em outro momento e tentaria fazer o mesmo que ela, agora mal ansiando por descobrir o que as profundezas do deserto escondiam.

Tinha certeza que o motivo para ela estar tão estranha estava escondido ali.

Isis já em frente às pinturas antigas, não se importava com qualquer outra coisa além de devolver a preciosa joia. Uma joia que quanto mais se aproximava do seu lugar de descanso, mais vibrava, tentando fazê-la desistir de abandoná-la.

Era como se a pedra vermelha tivesse vontades. Como se pulsasse.

- Eu não vou voltar atrás. – Falou sozinha, como a doida que estava se tornando.

Nenhuma resposta.

Claro que não, uma pedra não fala! – Pensou.

Isis se viu seguindo os mesmos passos que fizera no outro dia, um dia que parecia ter sido há vários anos. Novamente, com um guinar, a câmara onde o dourado era predominante pôde ser vista e em sua magnificência ela se viu suspirando deslumbrada.

Mesmo que já tivesse visto, sabia que nunca se acostumaria.

Tudo reluzia à sua volta, e seu coração vibrava com isso.

Andou apressada pelo centro, sentindo olhares, arrepios e coisas que não sabia identificar. Aquele abrigo de tesouros despertava muitas sensações.

Pegou o colar do seu bolso e hesitou por alguns segundos, como se estivesse se desafazendo de parte dela, como se não conseguisse mais viver sem a peça.

"Não faça isso, Isis. Não sabe o que isso contêm."

Os cantos dos seus lábios se repuxaram em resposta. Não sabia e talvez nem quisesse descobrir. A essa altura ela só queria paz e poder dormir, realmente dormir.

A joia de IsisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora