• chapter 12 • (✔)

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"Não chore, nada está perdido, os médicos garantiram que ela tem 90 % de possibilidades de acordar!" o senhor disse e a minha tia limpou as lágrimas, acalmando o choro.

"Peço desculpa doutor, posso vê-la?" ela perguntou.

"Sim, podem ir os dois porque são poucos!" o doutor deu-nos as instruções e nós fomos à sala onde se encontrava Rute.

"Ó filha, por favor acorda, não nos podes deixar!" a minha tia chorou e abraçou a Rute num ato de desespero .

"Rute, não nos deixes , eu amo-te , és a minha prima, não te posso perder outra vez!" eu disse contendo as lágrimas que teimavam sair.

"James, eu não posso perder a minha filha, eu não quero imaginar como seria!!" a minha tia tentou parar de chorar, mas as lágrimas continuavam a sair dos seus olhos azuis.

"Isso não vai acontecer tia, acredite em mim!" eu disse com esperança. " Tenho de ir, tia, eu tenho de ir a um sítio, daqui umas horas eu apareço!" eu disse abraçando a minha tia - " Vai correr tudo bem, não perca a esperança!" eu saí daquela sala deixando a minha tia sozinha. Chamei um médico para ficar com ela no caso de ela começar a chorar.

Fui até ao meu carro e recebi uma mensagem.

* Tenho muita pena , para a próxima vou garantir que ela morre * fiquei super irritado com a mensagem e dirigi-me ao meu carro, conduzindo até a casa de Barbara.

Cheguei e bati à porta enervado e foi a sua mãe que abriu. 

"O Harry está?" perguntei rudemente.

"Sim, no quarto, mas..." não quis saber do que ela ía dizer, empurrei - a e procurei freneticamente o quarto dele e vi que ela me seguiu. Abri a porta com a maior força que tive e atirei-me dando socos na cara e pontapés e quando olhei vi que lhe tinha rebentado o lábio e partido o nariz. Agarrei - lhe pelo pescoço e fiz força para garantir que ele não respirava.

"Vais morrer agora, por todo o mal que fizeste, mataste a pessoa mais importante da minha vida, se ela não acordar tu também não vais!" disse apertando mais e ele  tentou tirar-me mas sem sucesso.

" Eu posso morrer - , ma-mas tu fi-cas sem a tua vi-da!" ele tentou dizer com o ar que ainda tinha. Eu não o larguei e a mãe dele finalmente decidiu falar.

"Larga o meu filho!" ela gritou.

"Assim que o matar, como ele fez à minha prima e ao seu marido." eu gritei também e ela abriu a boca chocada. Eu finalmente parei, não me perguntem porquê, talvez por não querer ser como ele, e o Harry pôs as suas mãos na garganta para ver os estragos. Nesse momento , a sua mãe deu-lhe um enorme estalo e eu assisti enquanto me contia o riso.

"Não sabia que tinha criado um monstro!" a mãe dele disse. "Sai já daqui, arruma as tuas coisas e sai desta casa, para sempre " ela continuou gritando.

"Como? Mãe, não podes deixar que ele diga isto, não acredites nele!" o Harry, mas a sua mãe não cedeu, talvez por conseguir perceber que eu estava tão irritado, logo não estaria a mentir, e eu saí da casa, despedindo-me com um adeus cínico para o Harry e um adeus normal para a sua mãe.

Fui de novo ao hospital visitar a minha prima.

Passado 2 meses e meio.

James POV

Rute teimava em não acordar, neste último mês ela mexeu-se uma vez e eu não estava lá. A Barbara avisou-me que não ía fazer queixa de mim à polícia e eu tentei explicar-me apesar de ela não me ouvir. Mas ainda bem, porque mais um problema não vinha nada a calhar.

Hoje decidi ir lá vê-la, como tenho feito todos os dias. Conduzi até ao hospital e pediu permissão à enfermeira que lá estava para entrar. Entrei e vi a minha prima e cheguei a cadeira que lá estava para perto da cama. Comecei a falar com ela.

" Rute, ouve, eu nunca te disse isto porque quis mostrar - me de forte para contigo e a tua mãe, mas agora estamos só tu e eu . Eu nunca pensei que tu me fosses fazer isto, nós éramos as pessoas mais chegadas do mundo, sei que não prevêste isto e eu sei quem foi e já fiz o que tinha de ser feito, quase o matei se a sua mãe não aparecesse lá, bem, eu não queria matar própriamente, mas isso é irrelevante. Eu sempre achei que íamos ser os primos mais fofos do mundo, eu amo-te muito e não te quero perde, Entendes? Estivemos tanto tempo separados e era por isso que  eu queria que tu fosses para minha casa, para que nos pudéssemos divertir como fazíamos antes , recuperar o tempo que perdemos, por isso , eu quero que fiques ao meu lado e que acordes. Eu sei que consegues, tu és forte, vou te amar sempre porque é isso que os primos fazem-see uns aos outros, amam-se até ao fim." eu apenas reparei que estava a chorar depois de falar e segurei a sua mão desejando que ela estivesse a ouvir tudo o que disse. Encostei a minha testa na cama quando senti algo a mexer-se , olhei para a Rute e ela tinha a boca aberta como quem fosse dizer.

" James, James, James!!" foi aquilo que ouvi da sua boca, dizendo o meu nome mais alto da última vez. 

"Rute, estou aqui, Rute, RUTE!!" eu disse e carreguei no botão com força para chamar uma funcionária. Em segundos apareceu uma médica e eu expliquei a sitaução. "Ela está a acordar!" a médica disse e eu olhei para Rute, vendo os seus olhos a abrirem e a sua respiração a funcionar e olhei para um ecrã, vendo o batimento cardíaco dela aumentar até ficar normal.

"Rute!" gritei abraçando-a e a médica deu uma pequena risada enquanto eu chorava de alegria.

"Calma James, eu estou aqui, o que é que se passou?" ela perguntou e a médica respondeu enquanto eu ligava à minha tia. 

Chamada ON

"TIA, A RUTE ACORDOU, VENHA JÁ AO HOSPITAL!" eu disse com grande euforia.

"A SÉRIO? ESTOU A IR PARA AÍ!" ela respondeu contente.

Chamada OFF

Que chamada rápida!

Depois da Rute saber tudo, a médica disse que ela tinha alta hoje mesmo e eu saltei de alegria, fazendo a Rute e a médica rir. A minha tia apareceu no quarto e abraçou Rute e ela retribuiu ficando no momento mãe e filha.

"Tia, eu disse para você não perder a esperança!" 

"Eu sempre tive esperança!" a minha tia riu e deu um beijo na bochecha da Rute.

A médica avisou que depois de fazer um exame rápido a Rute, ela podia sair do hospital. Ficamos à espera e a Rute apareceu dizendo que podíamos sair. Fomos todos ao McDonalds e para minha surpresa, o meu pai estava lá. Num ato de coragem insana, fui ter com ele na esperança de saber tudo, tudo mesmo.

"Pai?" eu disse nervosamente.

"James? Ó meu campeão!" ele disse.

"Pai, eu quero saber porque é que me levaste para adoção!"

"Bem, filho, eu e a tua mãe separamo-nos e a tua mãe desapareceu, deixando-me a tomar conta de ti, eu não tinha dinheiro, nem emprego e achei que não podia dar-te tudo o que tu querias e precisavas, então levei para adoção, porque sabia que lá ías ficar melhor do que comigo." ele disse com uma lágrima no olho. Olhamo-nos nos olhos um do outro, ficando em silêncio. Até eu o quebrar.

"Desculpa!" disse. 

"Pelo quê , filho?" ele perguntou confuso.

"Por pensar que tu não me querias!" 

"Eras o que eu mais queria..." ele murmurou e demos um abraço.

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Capítulo Corrigido

Puzzle In A Real Life | • CORRIGIDA •Where stories live. Discover now