''Mãe, eu gostava que a Rute ficasse cá algum tempo!" disse tímido e a cara dela não foi a melhor.
"Bem,:é um favor complicado, eu tenho de pensar!"
"Por favor mãe, é a primeira vez desde que... tu sabes, que eu posso ver a minha verdadeira família!" eu sei que não é o que ela queria ouvir mas é a verdade.
"E se... E se nos trocares por eles?" ela disse chocada.
"Eles quem?" perguntei confuso.
"Os teus tios!"
"Mãe, isso é impossível, se eles não me quiseram na altura,:agora eu também não os quero. " um sorriso de orelha a orelha abriu-se na face dela.
"Está bem, mas os pais dela também têm de concordar também.'' ela disse e eu assenti.
Fui para a beira deles contar a novidade.
Ela foi toda contente para casa falar com os pais, eu fui com ela e entramos no carro.
Andamos e quando lá chegamos, batemos à porta e a minha tia abriu-nos a porta.
"Tia, que saudades!!" eu disse.
"James, há tanto tempo! Como é que está o teu pai? Já não falamos com ele desde que tinhas 7 anos." ela disse e eu fiquei confuso.
"Vocês não sabem?" eu disse e ambas estranharam. "O meu pai abandonou-me. Eu vivi num orfanato ate há bem pouco tempo, fui adotado." eu falei e as lágrimas escorreram nas caras delas.
"Eu realmente achei estranho estares naquela casa com pessoas que eu nunca tinha visto, mas pensei que estavas em casa de um amigo." Rute disse.
"Desculpa, James, nós estávamos fora do país, ninguém nos disse nada, nós teríamos ficado contigo!" a minha tia desculpou-se.
"Deixe lá, tia! O tio está?" perguntei.
"Não, foi trabalhar!"
"Ah ok, tia gostava de falar consigo sobre a Rute."
"Que se passa?"
"Queria saber se a Rute podia passar uns dias a minha casa."
"Claro que sim, filha! Vai lá buscar as tuas coisas."
"Obrigado, mãe!" ela deu-lhe um abraço e foi buscar as suas coisas.
Passado algum tempo, Rute chega com uma mochila. Eu despedi-me da minha tia e fui indo para o carro, deixando as duas se despedirem.
Enquanto estava a entrar no carro, ouço o barulho dum choque e olho para trás vendo uma cena que nunca antes me passara pela cabeça, Rute fora atropelada.
"Rute!" gritei com todo o ar que tinha nos pulmões.
"Filha!!" a sua mãe também gritou e ambos corremos para o corpo.
"Rute, fala connosco, diz-nos qualquer coisa!" disse isto enquanto a minha tia ligava a uma ambulância. Uma multidão se formava à nossa volta.
"Saiam daqui!" reclamei. A roda deformou-se e a ambulância chegou levando o corpo de Rute.
Levaram o corpo e a minha tia acompanhou-a até na ambulância e eu guiei até ao hospital .
Quando lá cheguei, ela estava numa maca a ser levada para uma sala onde não permitiram a minha entrada nem a da minha tia.
Esperamos quase duas horas até um senhor enfermeiro novo, parecia ter vinte e poucos anos, aproximou-se de nós.
"Lamento imenso , o choque foi demasiado grande e ela ficou em coma!" o enfermeiro lamentou-se e a minha tia começou a chorar incontrolávelmente e eu abracei por impulso.
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Puzzle In A Real Life | • CORRIGIDA •
FanfictionE se 7 anos da tua vida fossem em vão? O que aconteceria se fosses forçado a abandonar a única pessoa que esteve contigo durante tanto tempo? Descobre como é a vida de James quando conhece Barbara desde os 10 anos e, de repente, uma simples assinatu...
