Epílogo ~ O mais jovem do século

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O resto do ano em Hogwarts foi tranquilo.

Lucio foi mandado de volta para Azkaban e Narcisa condenada a prestar serviços ao ministério.

Harry, Ron, Hermione, Draco e todos os outros alunos prestaram seus exames para obter seus NIEMs, com resultados previstos para julho.

O campeonato de quadribol retornou, e a Grifinória vinha ganhando a maioria das partidas, perdendo apenas uma vez contra a Corvinal, por uma pequena diferença de 10 pontos.

O ultimo jogo do ano acontecia numa tarde quente de junho, era apenas uma mera formalidade, já que a Sonserina, que tinha expulsado Draco do time alegando que ele iria deixar Harry pegar o pomo, teria que ganhar com uma diferença de quatrocentos e vinte pontos de quisesse tirar a taça da Grifinória.

É claro que isso significava que a Sonserina iria provavelmente jogar um jogo sujo e agressivo, já que não teriam mais interesse na taça.

Draco, que durante o ultimo ano esteve mais tempo com Harry, Ron e Hermione, do que com o pessoal da Sonserina, estava em uma das arquibancadas da Grifinória, ao lado de Hermione; os dois gritando incentivos para seus respectivos namorados.

Ron já tinha defendido três arremessos e quase tinha sido derrubado da vassoura pelos balaços rebatidos pelos batedores da Sonserina.

Gina já tinha marcado três gols, e com os outros quatro marcado pelos outros artilheiros, a Grifinória estava na frente por setenta a trinta.

Goyle, que ainda era batedor, arremessou com um golpe um balaço contra Gina, acertando a garota na barriga, derrubando-a da vassoura e fazendo a torcida da Grifinória gritar em protesto.

Rony abandonou os aros e voou para o meio do campo, gritando: "Seu covarde, brutamontes, filhote de trasgo".

Grande parte do time da Sonserina se aproximou, fazendo Hermione ficar preocupada.  Mas quando pareceu que a coisa ia ficar feia para Ron, toda a torcida grifinoria começou a gritar de excitação ao ver Harry passear pelo campo com o pomo de ouro nas mãos.

"E a Grifinória ganha a taça de quadribol!", narra um estudante da Lufa-lufa.

Harry sorria, animado, enquanto voava até a arquibancada onde Draco estava, se aproximando do namorado e da amiga. O grifinório segurou com firmeza o cabo da vassoura e deixou o peso de seu corpo faze-lo rodar sob o objeto, ficando de cabeça para baixo.

Preso ao cabo de madeira pelas pernas e pelo braço, Harry encostou o rosto no de Draco e o beijou, fazendo a multidão gritar e aplaudir.

—  Essa foi pra você — falou Harry.

— Senhor Potter! Sr. Potter — naquele momento um homem com vestes cinza e laranja, e uma capa de veludo azul marinho se aproximou, vindo da parte de trás da arquibancada elevada. — Eu sou Amnancio Grennet, sou treinador dos Cannons Cunets, e gostaria de conversar com o sr. e com os dois Weasleys.

Harry quase caiu da vassoura ao ouvir aquilo. Se endireitou e foi voando chamar Gina e Ron; excitado com a possibilidade do dia ficar ainda melhor.

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Amnancio contou a Harry que tinha conhecimento de que ele era conhecido por toda escola como o melhor apanhador que a Grifinória já teve; e que tinha conseguido, em seu primeiro ano, o feito de se tornar o mais jovem apanhador do século. Por isso convidou ele e os dois amigos (que notou que jogavam excelentemente bem) a participarem de testes para entrar para o time júnior dos Cannons, e os três tinham aceitado, marcando de comparecerem aos testes marcados para agosto.

Três dias depois de terem ganhado a Taça de Quadribol, a Grifinória ganhou também a taça das casas, por muito pouco; afinal os feitos de Draco na noite em que salvou Harry tinha lhe rendido muitos pontos.

Harry, Draco, Ron, Hermione, Neville, Luna e Gina estavam agora todos espremidos nos assentos de uma única cabine no expresso de Hogwarts, que avança cada vez mais rápido em direção a Londres.

Pensar que não voltaria a Hogwarts no próximo ano deixava Harry triste, mas lembrar de tudo que tinha mudado em sua vida e tudo o que tinha conquistado nesse último ano o fazia esquecer rapidamente essa tristeza.

Ao seu redor seus amigos gargalhavam experimentando feijõezinhos de todos os sabores, e ele riu também quando na sua vez pegou um com gosto de tripa de bode.

— Eca! Chulé — Draco fez uma careta e cuspiu o feijãozinho. — Ah, vai ficar rindo é? Vai ter que aguentar meus beijos com bafo de chulé — brincou, ao ver Harry rir de sua má sorte.

E assim eles foram, sorrindo e brincando, durante toda viagem até Londres.

Quando chegaram, Harry foi logo apertado pelo abraço de Molly Weasley, que os esperavam na plataforma. A mulher devia estar por dentro das coisas, porque abraçou até mesmo Draco, sorrindo para ele enquanto dizia:

— Se magoar ele — e apontou para Harry —, farei Você-sabe-quem parecer uma fada madrinha perto de mim.

Draco corou e esbugalhou os olhos; Harry, Ron, Hermione e Gina riram ao ver a expressão do sonserino.

— Bom, então vamos garotos, Arthur está nos esperando logo ali. Hermione querida, virá nos visitar na próxima semana?

— Sim, Sra. Weasley, preciso apenas acertar umas coisas.

— E onde estão seus pais, não vieram busca-la?

— Ah, não. Eles provavelmente...

Harry se afastou do restante do grupo e se aproximou de Draco, desacelerando o passo.

— Escuta... não sei como está a situação em sua casa; com seus pais. Não sei como vão lidar com o fato de você estar namorando o garoto que destruiu o mestre deles e tirou tudo o que eles prezavam, mas... Se precisar de um lugar para ficar, ou quiser apenas passar alguns dias comigo, eu usei parte do meu ouro do Gringotes para comprar uma casa. Fica próximo à Toca. Não é uma mansão nem nada, mas é aconchegante...

— Harry — começou Draco, suavemente. — Quantas vezes mais eu terei que dizer, para você entender, que estar com você me torna a pessoa mais feliz do mundo? Eu não estou preocupado com mansões, dinheiro e honra; eu só quero estar com você; ao seu lado para o que der e vier. Eu vou adorar passar uns dias com você. Já estou tão acostumado a te ter por perto. Estava com receio que fôssemos ficar distantes durante o verão...

— Eu também estava — admitiu Harry. — É um alivio saber que você vai estar comigo. Eu te amo, Doninha. — Harry encostou o rosto no de Draco e inspirou lentamente o cheiro do namorado, em seguida o beijou. — E como amo.

— Eu também te amo, Cicatriz — respondeu Draco, sorrindo levemente.

— Andem garotos, rápido, Gina ainda não pode aparatar — exclamou a senhora Weasley, se virando para chamar Harry e Draco.

Os dois sorriram para a mulher apressada e deram as mãos; e juntos, Harry Potter e Draco Malfoy, caminharam em direção a uma nova aventura, repleta de amor e felicidade.



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......fim (?).

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora