Capítulo 9 ~ Perguntas e respostas

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A mão de Draco se encaixou perfeitamente na nuca de Harry, o loiro segurava firmemente a cabeça do outro enquanto suas línguas se entrelaçavam dentro de suas bocas.

A cada suspiro que Harry dava ele apertava os cabelos de Draco e o puxava cada vez mais, até o ponto de seus corpos se juntarem em uma confusão de tecido negro e mãos em movimento.

Os olhos de ambos estavam fechados, parecia que até mesmo as corujas dentro do corujal tinha ficado quietas, o único som que ecoava ali era o estralo que suas bocas faziam quando se soltavam e os gemidos que eles davam entredentes.

Harry começou a soar, como se o lugar estivesse esquentando, ele sentiu um desejo imenso de tirar seu roupão e até mesmo de desabotoar sua camiseta.

Com Draco não era diferente, se pudesse ele já estaria sem camisa, o calor estava ficando cada vez mais forte.

Então Harry escutou uma risada debochada e um miado familiar, o som estava ficando cada vez mais perto.

Indo contra o desejo dos dois, eles se soltaram, seus rostos avermelhados, cabelos grudados na testa com o suor, respiração ofegante; Draco não conseguiu não notar o volume na calça de Harry.

Os dois puxaram seus roupões para a frente, para tampar o volume, no exato momento que Filch abriu a porta, seguido de sua fiel companheira, Madame Nora.

— Eu espero que vocês estejam cobertos de penas e cocô de...

Filch parou assim que viu os dois completamente limpos.

— Para sua infelicidade nós conseguimos sair a tempo, e fizemos nosso trabalho, não temos culpa que elas chegaram e sujaram tudo de novo — a respiração de Draco continuava ofegante. — Agora se nos dá licença temos aula de...

— A sua sorte é que a diretora está chamando todos os alunos no grande salão, imediatamente, se não eu os fazia limpar tudo outra vez, mas dessa vez usando suas línguas.

— Eu tenho coisas melhores para fazer com minha língua — respondeu Harry, um pouco surpreso de ter dito aquilo. Outra vez aconteceu. — Vamos Draco.

E juntos os dois seguiram para o grande salão, o tempo todo olhando para frente, mas bem pertos um do outro, suas mãos se tocando a cada passo, os dedos de Draco roçando os dedos de Harry.

Eles se separam assim que chegaram ao grande salão, cada um indo para sua respectiva mesa.

— Você tá vermelho — observou Ron assim que o amigo parou ao seu lado, bebendo um pouco do suco de abobora.

— Acho que... que é alergia a cocô de coruja. Enfim... cadê Hermione? — Harry pegou sua caneca e também bebeu, para diminuir o som da sua respiração.

E como se tivesse escutado seu nome, Hermione entrou pela porta lateral do grande salão, determinada.

— Você beijou alguém? — foi a primeira coisa que ela disse quando parou de frente para os dois amigos.

— Sim — responderam Ron e Harry em uníssono.

A pergunta era só para Ron, mas Harry não conseguiu não responder.

O olhar de Hermione se estreitou.

— Quem? — perguntou ela outra vez para Ron.

E Harry outra vez não conseguiu não responder.

— Você — disse Ron.

— Draco — disse Harry.

Mas para sua sorte ninguém prestou atenção. Hermione continuou o interrogatório.

— Além de mim... você beijou alguém além de mim? — ela olhou para o namorado com determinação.

— Não, por que eu faria isso? Eu te amo.

— Ótimo — disse ela por fim, aliviada. — Agora larguem suas canecas e parem imediatamente de beber esse suco.

— O quê mas por quê?

— Espera... — Hermione se virou para Harry —... você disse que beijou Draco!?

— Disse — Harry não estava conseguindo controlar as palavras.

— WHATFUCK? — Ron estava incrédulo.

— Silencio! — gritou Minerva, o som de sua voz ecoando pelo salão. — Eu quero que todos prestem atenção em mim. Ouçam bem o que eu vou perguntar! Alguém aqui nesse salão roubou as pinturas do castelo e sumiu com os fantasmas?

Silêncio total, foi toda a resposta que ela conseguiu em troca.

— Outra vez: Alguém aqui pegou as pinturas e os fantasmas do castelo?

Silêncio novamente.

— Ninguém? — seu olhar varreu todo o salão. — Então estão dispensados.

Um burburinho começou, Hermione segurou um braço de Harry com uma mão e o braço esquerdo de Ron com a outra e puxou os dois garotos salão afora.

— Você beijou aquele ser imundo, falso, nojento, f...

— Quieto Ron! — gritou Hermione. — Calem suas bocas.

— Não vou calar nada...

— Se vocês não calarem vão acabar dizendo o que não querem e estragar nossa amizade...

— Por que nós diríamos algo que não queremos? — perguntou Ron.

Harry sabia que provavelmente diria algo que não devia, ele tinha feito isso praticamente o dia todo.

— Porque vocês estão sob efeito da veritaserum.

Harry e Ron fecharam suas bocas imediatamente.

Eles sabiam, graças a pior diretora que o colégio já teve (Dolores Umbridge), que veritaserum era a mais potente porção da verdade.

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora