Capítulo 10 ~ A planta e o pássaro

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~ My dear readers... sorry por ter ficado tantooo tempo sem publicar nada. Mas foi chegando os trabalhos finais da escola, e Enem, e outros vestibulares, e mais estudo... ai, foi tanta coisa que eu tava enlouquecendo, por isso que não deu pra escrever mais. Mil perdões, mas agora que já passou prometo que vou escrever com mais frequência.

XOXO

With love, Bruno ~ 

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— Como assim estamos todos enfeitiçados? — Ron não conseguia acreditar no que a namorada estava dizendo.

— Pela última vez, Ronald Weasley: pela gravidade dos eventos ocorridos antes de destruirmos Voldemort, o ministério da magia aprovou, em sigilo é claro, o uso da veritaserum nos alunos em casos extremos. As pessoas ainda estão amedrontadas, temem a própria sombra. Qualquer coisa é motivo de pânico. É claro que eu acho inadmissível extrair a verdade sem nosso consentimento, mas convenhamos se você soubesse que tinha soro da verdade na sua bebida você iria beber? Não! Por isso que eles estão mantendo em sigilo. E não ousem espalhar isso por aí, ou nosso castigo será muito mais do que uma simples detenção.

— Duas perguntas — começou Ron —. Primeiro: quanto tempo você sabia disso? Segundo: — ele se virou para Harry nesse momento — porque diabos você beijou Draco Malfoy?

— Eu também não sei — respondeu Harry sem conseguir conter as palavras, ainda sob efeito da porção.

— Há um par de dias, mais ou menos.

— O QUE? E VOCÊ NÃO CONTOU PRA GENTE?

— Eu já disse Ron, eu não podia arriscar que vocês espalhassem por aí; e também... eu... eu precisava saber se você andava me traindo. Por isso não contei nem para o Harry, porque eu sabia que ele ia te contar e você não ia beber e eu não iria saber a verdade.

— Hermione Granger eu não acredito que você duvidou da minha fidelidade, se você quiser eu tomo um caldeirão inteiro de veritaserum, mas eu pensei que não fosse necessário uma porção para provar que eu te amo, achei que você já sabia disso.

— E eu sei Ron, eu sei. Por favor me desculpe. Eu não sei o que passava na minha cab...

— Como você descobriu? — Interrompeu Harry.

— Na nossa primeira noite de detenção nós fomos colher samuscos, que é uma das plantas mais usadas em todas as porções; até aí e por esse motivo era muito difícil determinar para que eles iam usar as plantas, foi quando nos reencontramos mais tarde. Lembra como Hagrid estava? Todo ferido e com um saco de pano sujo de sangue e penas pretas e cinzas presas em sua barba. As penas eram bem características, mas eu tive certeza quando lembrei dos pássaros que ele ficou observando antes de sair para sua tarefa. Lembra do pio? Era como se o pássaro estivesse tentando imitar a voz de Hagrid. Chegaram a uma conclusão? — Hermione olhava para os dois com ansiedade, esperando que pelo menos um soubesse decifrar tudo. — Penas escuros, pio que imita voz... — continuou olhando depois das dicas, mas nenhum dos dois respondeu. — Francamente muito me admira que estejam no sétimo ano. Os pássaros eram Dedo-duros, ou como é mais conhecido Tordo. E você só caça o um Dedo-duro para duas coisas: comê-lo ou usá-lo no preparo de uma única porção: a veritaserum.

— Como você consegue guardar tudo isso na sua cabeça? Eu não lembro nem o que acabamos de jantar — Ron olhava a namorada como se ela fosse de outro planeta.

— Hermione... então você está dizendo que todo mundo no salão comunal bebeu da porção?

— Exceto os professores — concluiu a garota.

— Então quando minerva perguntou se alguém...

— Sim, significa que nenhum aluno fez aquilo. Foi um professor.

— Então não foi Clarckson quem...

— Não, não foi.

Harry olhou para amiga, depois para o amigo e simplesmente saiu correndo.

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Harry estava ofegante quando chegou a mesa da sonserina, encontrou Draco com olhos tão esbugalhados que parecia que iam pular de seu crânio, um grupinho de meninos na mesa olhava para ele e gargalhavam.

A risada aumentou assim que Harry chegou, alguns até apontaram para os dois.

— Draco, solta essa taça de suco, vem comigo, rápido.

Potter puxou Malfoy pelo braço e juntos os dois saíram do grande salão.

— Você não via acreditar. Lembra quando eu disse que os professores estavam tramando algo? — Draco não respondeu, apenas continuou com aquela expressão de incredulidade. —Eu estava certo, eles colocaram soro da verdade no nosso suco de abobora para descobrir quem estava sumindo com as pinturas e os fantasmas. E foi tudo feito como aprovação do ministério. Você não pode contar pra nin...

— Então foi por isso? — Draco perguntou mais para si mesmo que para Harry.

— Por isso que o quê?

— Emilia Bulstrode¹ me perguntou porque eu estava tão feliz e eu disse que foi porque eu tinha te beijado. E eu não entendi porque eu disse, simplesmente saiu. Ela deu risada e cochichou com as outras meninas. A situação piorou quando os meninos souberam, eles se aproximaram do outro lado da mesa e começaram a me zoar. Me chamaram de mulherzinha² e perguntaram se eu sou sua namoradinha. E outra vez, sem entender porque, eu simplesmente respondi...

— E o que você disse?

Draco finalmente piscou, virou a cabeça na direção de Harry e olhou para ele ainda meio hipnotizado quando respondeu:

— Eu disse que não era, mas que amaria ser porque eu... eu... estou apaixonado por você.

E dessa vez foi Harry quem arregalou os olhos.



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¹Hermione tentou se transformar nela, sem sucesso, em a câmara secreta. No fim era um pelo de gato, lembram?

² Pelo que se sabe a maioria dos bruxos aceita com naturalidade relações entre casais do mesmo sexo, mas sempre tem aquele pessoal meio retardado né non? 

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora