CAPÍTULO 24

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UM DIA QUE NÃO ACABA
       
Jéssica

Abro o olhos e vejo o sol entrando pela janela. Escuto barulho do chuveiro, olho o relógio da cômoda são quase meio dia.
Me espreguiço e sinto todo meu corpo doer. Sento e encosto na cabeceira da cama. Escuto a voz de Heitor, ele desliga o chuveiro e sai todo molhado só com a toalha na cintura, falando ao telefone.
    
— Como não tinha? — ele conversa ao telefone. — Eu vi Alceu, tem que procurar novamente, o cara já acordou. — vou até ele tiro sua toalha e começo a enxugar seu corpo. — Certo. — ele continua sua conversa, eu levanto seu braço para enxugar, ele tem o corpo todo malhado, mas não vejo ele fazer exercícios. Porque para homem é tudo mais fácil? — Assim que a balística terminar você me liga que vou para delegacia, e o Dom tá por aí?
       
Começo a enxugar suas pernas, tem pernas musculosas, mas sem ser exageradas. Ele tem tudo na medida certa até a quantidade de pelos pelo corpo. Ele termina a ligação e joga o celular na cama. Olho para ele ainda estando ajoelhada no chão.
       
— Você malha?
       
— Como?
       
— O que você faz pra manter o corpo? — ele joga a cabeça para trás e ri.
       
— Meu Deus Jéssica, depois de ontem hoje sua primeira pergunta é se eu malho. — ele segura no meu braço e me puxa para cima.
       
— Na verdade eu já estava para te perguntar, mas esqueçi. — ele ri e me beija.
       
— Bom dia primeiro. Como você está? — abraço sua cintura.
       
— Bom dia estou bem. — ele alisa meus cabelos e arruma atrás da orelha.
       
— Malhar malhar eu não malho, mas tem um exercício que gosto muito. —olho para ele então ele ri. Um sorriso safado, entendi a resposta.
        
— Seu besta não é desse tipo de exercício que tô falando. — ele me abraça.
        
— Estava falando de nadar, mas esse gosto muito mais. — dou risada e beijo seu peito e vejo ele arrepiar, beijo mais uma vez e sinto um leve tremor no seu corpo olho em seus olhos. — Já te falei como reajo a você.
       
— Eu sei, mas vamos tomar café estou morta de fome. — ele concorda.
       
—Tenho um dia cheio hoje. —  Ele teve que colocar a mesma roupa, agora que eu me toquei, como Cléia deve ter dormido? — Assim que chego na sala vejo todos.

César, Luciana e Cléia sentados vendo noticiário local. Cumprimento a todos, Heitor para pra olhar e eu vou direto para cozinha.
         
— Como você está? — me pergunta Cléia. Me viro e dou um abraço nela.
         
— Estou bem, e você como dormiu? — ela ri.
         
— Dormi com Luciana, amanhã já vou procurar um lugar. — olho para ela com cara feia.
         
— Não precisa ter pressa ontem foi uma noite atípica. — pego uma garrafa de suco e uns biscoitos.
         
—  Eu sei, mas tenho que correr atrás das minhas coisas. — Heitor entra na cozinha.
         
— Bom dia. — fala para ela. — Preciso ir você vai ficar bem? — concordo com a cabeça porque estou coma boca cheia de biscoito. — Se alimenta direito. — me dá um beijo e sai se despedindo de Cléia.
         
— Ele tem um jeito de ser muito cuidadoso com você amiga. — ela fala me dando um sorriso.
         
— Ele é. — engulo em seco. — As vezes eu até tenho medo, de acordar de um sonho.
         
— Saí, tira esse pensamento amiga. — ela vem e me abraça. — A vida sorriu pra você.

          Heitor

Saí da casa da Jéssica e fui direto para delegacia tenho roupa lá. Alguém bate a porta quando estou terminando de me trocar.
    
— Entra. — Silvia entra.
    
— Bom dia Heitor, como você está?
    
— Bem. — respondo e vou ate minha mesa. — E você? Faz tempo que não nos falamos. — ela senta na cadeira a frente.
    
— Estou bem agora você quase não tem mais tempo para os amigos. — olho para ela sério, tudo que não preciso hoje é cobranças. — Esqueçe não está aqui quem falou. — Volto minha atenção ao computador.
     
— O resultado da balística já chegou?
     
— Não.
     
— O corpo tinha alguma passagem conseguiram dar um nome ao vagabundo? — ela se levanta e me olha séria.
      
— Você sabe que não estou no caso, tem que perguntar para o encarregado que você deixou. — paro de digitar e a encaro.
      
— O fato de você estar ou não no caso nunca lhe impediu de estar informada Silvia. — me levanto e saio atrás do Alceu.
       
— Vim ver como você estava, fiquei preocupada quando soube. — paro e me volto para ela.
       
— Eu estou bem como falei. — passo a mão no cabelo. — Me desculpa tá bem, estou bem, mas poderia não estar quero descobrir quem está por trás disso. — ela vem até mim e passa sua mão no meu braço por cima da camisa no local onde levei o tiro.
       
— Você não foi pra casa eu poderia ter cuidado de você. — olho para ela tiro sua mão sem ser grosso. — Mas agora você tem quem cuide não é mesmo?
      
— Sim eu tenho e tenho muito trabalho então se me der licença tenho que trabalhar. — saio deixando ela para trás e surpreso com seu comentário.

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