CAPÍTULO 8

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SEM PALAVRAS

Sinto um leve toque no meu rosto. Abro lentamente os olhos, sou recompensada com os olhos mais lindos que já vi. Heitor está deitado ao meu lado, fazendo leve carícias com as pontas dos dedos. Ele tira os fios de cabelo que estão no meu rosto.

— Está bem? — Me pergunta, com voz baixa e rouca.

 — Acho que sim, estou viva, isso é um bom sinal. — O sorriso que ele dá, é um verdadeiro poster de propaganda de pasta de dente.

— Sim, está ótima e continua respondona. — Tento me mexer, mas meu corpo está todo dolorido, ele repara na careta que eu faço ao tentar me virar.

— Espera, deixa que eu cuido disso. — Ele fica de joelhos na cama e começa a retirar a lingerie.

Tira os sapatos, as meias, me vira com cuidado, retira o espartilho, agora estou nua. Ele se levanta e me pega no colo.

— Vou te dar um banho bem quente e você vai se sentir melhor. — Me leva para o banheiro, me colocando de pé dentro do box, mas me segura com uma das mãos.

Entramos em baixo a água realmente está muito quente, mas é um verdadeiro bálsamo para meus músculos. Ele aperta delicadamente todos os músculos do meu corpo.

Depois ele passa sabonete me lavando. Ele passa rapidamente nele também, e depois de tudo feito, voltamos para cama novamente. Estamos deitados, me lembro do horário.

— Que horas devem ser? — Pergunto olhando pela janela, e noto que está começando a escurecer. Ele pega o celular que estava na mesinha.

— São 18:30, cedo ainda. — Me aninho a ele, sem vontade de ir embora.

Queria ficar aqui para sempre. Nesse momento o celular dele toca, ele olha o visor e não atende, passa alguns minutos, e novamente toca ele olha e desta vez atende.

— Alô. — atende e escuta o que a outra pessoa fala. — Como vocês fizeram isso? — ele senta-se, na cama. — Não, não façam nada, estou indo agora, mantenha tudo no sigilo. — Fala e continua escutando. — Estava marcado para outra semana, como isso vazou caralho? — responde alterando a voz. — Não façam nada, daqui uma hora estou aí. — Falando ele desliga, jogando o celular na mesa, respira fundo e passa as mãos na cabeça.

— Problemas? —Pergunto, ele vira-se para mim.

— Sempre. — Só responde isso.

Levanta indo até suas coisas que estão jogadas num sofá de canto, pega uma cueca boxer, e veste. Me arrasto para fora da cama e começo a me trocar, pego uma calcinha fio dental preta e coloco, não estou achando o sutiã. Deixo para lá, pego uma camiseta  regata preta colocando.

Vou para o banheiro, escovo meus dentes arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo. Pego minhas coisas que estão por la, levo para mala. Heitor está parado de pé perto da cama, passo por ele e guardo as minhas coisas, pego uma calça jeans. Quando estou prestes a colocar reparo que ele está me olhando.

— Que foi? — pergunto.

Ele me olha, faz sinal com o dedo para que eu vire. Sem entender nada faço o que me pediu. De costas para ele, refaço a pergunta.

— O que foi Heitor? — Olho por cima do ombro. Ele senta-se na cama.

— Definitivamente, preto combina mais com você. — Olho para ele sem acreditar no comentário. Reviro meus olhos, e começo a colocar a calça.

— Eu pensando que você estava falando de algo sério! — Fecho zíper me viro para ele.

— Para mim é muito sério. — Fala mordendo o lábio inferior. Vou até ele e o puxo pelo braço.

Um Único Olhar [Re-postando]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora