C22

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Dia de voltar para a casa, nem sei descrever o alívio que estou sentindo, desde ontem, não quero e evito falar com todos, estou tentando não pensar em tudo, como o quão idiota eu fui, ou nojenta para querer ficar com alguém como David, como o quão feliz fiquei por Grayson ter brigado com ele, e quão brava eu fiquei quando pensei em todas as vezes que me chamaram de gracinha, e que os únicos que me chamavam assim, era David, Gregg e os dois assassinos de meu pai.

- perdão por todo esse transtorno tia - digo ao dar tchau.

Chegando em casa eu queria passar o dia no consultório conversando com a Ester, fui logo me trancar no quarto, dês de o ocorrido ontem, Elizabeth me olha com fúria, sei que quer me interrogar, foi uma história mal contada depois da briga, o que a deixou mais incabulada do porque seu namorado brigaria por nada? Grayson tentou se aproximar e tenho certeza de que vai fazer perguntas que não quero responder no momento, só estou tentando digerir tudo isso, Mary não me olha, tia Bell deve ter ficado chateada com a situação e Alessia, estava preocupada, achando que tudo isso foi pela conversa que David teve com Elizabeth que é mais um enigma, quero entender quais eram os assuntos que ambos tinham para conversar.

- não quero conversar - digo ao ouvir alguém batendo na porta.

- o delegado esta vindo, se não conversar comigo vai ter que conversar com ele - diz Grayson.

- sério isso? Eu acabei de chegar, e você já está querendo me irritar aqui? O que te dá o direito? - me sento na cama segura de que não irei abrir a porta.

- o que me dá o direito? Eu te tirei dos braços do David duas vezes, me parecia que você não estava conseguindo de soltar sozinha, o que aconteceria se eu não tivesse aparecido? - ouço sua mão e seu rosto encostando na porta.

- provavelmente você já sabe o que teria acontecido - sorrio e olho para a janela que está aberta já, até que apareceu o sol, e estava começando a arder meu rosto.

- o delegado vai fazer perguntas a você, acho bom estar preparada para pelo menos responder a ele - escuto o som de seus pés caminhando ate a escada.

Tenho certeza de que as gêmeas já estão dormindo, durante a viagem deu para perceber que estavam bem cansadas, já os gêmeos estam bem agitados.

Rapidamente pego no sono, e sou acordada por um rosto familiar.

- senhorita Kayla, precisamos de sua presença na sala, o delegado a espera - a voz do policial ecoa pela minha mente, ascendo meu celular para verificar a hora e já me levanto.

Ao chegar na sala, percebo que o delegado está conversando com Grayson, e então penso que provavelmente deve ter sido ele a chamar.

- delegado - roubo a atenção de todos.

- Kayla, como foi a viagem? - o delegado me cumprimenta.

- muito bem, qual a preocupação? Como vai o caso? - me sento ao lado de Ethan, e Grayson se levanta.

- muito bem Kayla, precisamos saber de alguns detalhes, sobre aquele dia, já se passaram dias, acho que está na hora de conversamos mais sobre isso, você percebeu algo diferente, a cor do cabelo, tatuagens, voz, objeto, roupa, frase que para você é algo diferente??

- gracinha - penso alto demais.

- gracinha? - todos presente falam em uníssono.

- o que? - pisco e sorrio.

- Kayla, você acabou de dizer gracinha, o que isso tem a ver? - Ethan pergunta confuso.

- que? Eu... Olha, eles usavam capuz, então não dava para ver nada do rosto, muito menos o cabelo, a roupa, eram as mesmas, preta, um era mais baixo que o outro, nenhuma tatuagem, e so tinham a arma em suas mãos. - digo por fim.

- e falavam o tempo todo gracinha - Grayson completa meus testemunho.

- do que você tá falando, você nem estava lá.

- Kayla o David te chama assim, então me fala, eles diziam gracinha? - pergunta irritado.

- quem é David? - o delegado indaga me olhando.

- não é ninguém - minto.

- ele estava namorando a Kayla -- Ethan rouba a fala.

- que, claro que não.

- por que ninguém me falou sobre esse rapaz, onde ele está no momento? - o delegado já impaciente de levanta e dirige a palavra para Grayson.

- já disse que ele não é ninguém - me levanto e vou em direção à ele.

- ora minha jovem, não me parece que se trata de um "ninguém", onde ele está?.

Corro para meu quarto e o tranco, bato bem forte na porta o que acaba me fazendo sentir a dor em minhas mãos. Eles não sabem de nada, so eu estava lá, maldita hora que falei em voz alta, não é possível, eu não sou tão burra a ponto de ficar com alguém que fez isso. Não sou. Eu sei que não, essa palavra é só uma coincidência, isso não pode ser possível.

- Kayla, você acha que pode se trancar em seu quarto sempre que tem uma responsabilidade? - ouço Grayson atrás da porta.

- quem é você mesmo? Por que pra mim não é ninguém, eu fico no meu quarto quando eu quiser.

- Kayla como você tem coragem de mentir para a autoridade, mentir para mim e para si mesma? Uma hora vai cair a ficha, você não sussurrou aquilo para mim atoa - abro a porta ficando de frente para ele.

- sussurrei o que Grayson.

- que o David matou seu pai - diz ele em tom suave, querendo que eu não me desesperasse.

- O que? - vemos as gêmeas em frente a porta do quarto prestando atenção na conversa.

Gêmeos.Where stories live. Discover now