Entro na pequena sala, as paredes são brancas, não tinha janelas, havia um sofá vermelho felpudo e em frente a este havia um varão, na parede oposta está um radio e uma mesa com uma garrafa de vinho e dois copos.
O homem que está à minha espera encontrava-se sentado no sofá o olhar para o nada e com um copo de vinho na mão. Ele era velho, o seu cabelo era grisalho e os seus olhos eram pretos, nunca tinha visto uns olhos tão escuros.
- Olá! - digo envergonhada pois era a primeira vez que fazia algo do género.
- Surpreende-me - diz de forma autoritária, os seus olhos negros percorriam o meu corpo e um sorriso malicioso formava-se nos seus lábios.
Ligo o radio e começo a dançar eu queria despachar aquilo, não é que tivesse medo do homem, mas é que não me sentia muito confortável estar fechada numa sala com um homem excitado.
Já estava a dançar a algumas horas, estava cansada mas quando tentava parar ele dizia para continuar e eu lá acatava a ordem.
- Faz-me um strip! - pede e eu paro imediatamente de dançar, estava chocada com aquele pedido.
- Eu não vou fazer isso. - rapidamente respondi mas quando olhei para ele reparei que não está muito contente.
- O teu patrão nunca te disse que os clientes tem sempre razão, como eu estou a pagar-te tu deves-me isso.
Que homem mais nojento mas ele não tem família? A aliança está no seu dedo, o que quer dizer que é casado e quase de certeza que tem filhos, mas que raio de homem é este que em vez de estar em casa com a sua velha mulher e a cuidar dos seus netos está neste bar a pagar para uma rapariga dançar para ele e agora pede-lhe para se despir. Ele é sem duvida um tarado.
- Começa! - ordena.
- Nao e vou-me embora. - digo saindo daquela sala que estava bastante quente.
- Cabra! - ouço-o a sussurrar mas nem me dei ao trabalho de lhe responder.
Começo a andar para o meu camarim preciso de tomar um banho estou toda suada e cheia de calor. Pego na minha mala que continha a minha roupa, objetos para tomar tomar banho e um toalhão de banho. Entro na casa de banho, não era muito grande nem muito pequena mas era moderna, ligo a agua e enquanto esta aquecia começo-me a despir.
Estava a demorar mais do que tinha pensado mas é que tinha imensos pensamentos que me estavam a assombrar tais como o facto de alguém descobrir o que faço, se isto que aconteceu esta noite vai acontecer sempre e eu um dia vou ser obrigada a ceder e se isto tudo se descontrola. Ângela tu és uma bailarina e não uma prostituta, não precisas de ir para a cama com todos os teus clientes para ganhares mais dinheiro. Pensamentos como este invadiam a minha cabeça. Começo a esfrega-la com mais força para ver se eles iam embora e se está a resultar. Não não está a resultar.
- Emma demoras muito? - Summer pergunta batendo à porta.
- 5 minutos.
Saiu do banho e depois de me secar começo me a vestir, calço as minhas sandálias saindo logo de seguida da casa de banho.
- Finalmente! - Summer afirma levantando as mãos para dramatizar um pouco mais a situação e eu acabo por me rir daquela sua reacção.
Arrumo as minhas coisas para sair, quando toquei no telemóvel para ver se tinha alguma mensagem ou chamada reparo que já são 2 da manhã e amanha tinha de me levantar as 7.30, mas para minha felicidade amanhã iria sair as 15.30 e não precisava de vir para cá, vou matar as saudades das minhas princesas.
- Adeus Sam! - digo antes de sair pela porta que dava acesso as traseiras.
- Adeus Emma! - ele sabia o meu nome verdadeiro mas eu tinha-lhe pedido para nunca me chamar de Ângela aqui dentro, nunca sabemos quem pode ouvir.
Hoje a rua estava novamente deserta o que me causou um arrepio apresso o passo e dirijo-me para o meu carro, tudo o que eu mais quero agora é deitar-me na minha confortável cama.
[olá a todos queria agradecer por lerem e votarem. Amanhã não vou puder publicar nem no fim de semana pois vou estar fora e sem net :(. Obrigada pela compreenção e espero que gostem. Adoro-vos <3]
