Asas da destruição.

Capítulo 13: ΦEnterroΦ

-Soldado resta quanto tempo de viagem? - Pergunto pela milésima vez impaciente - Quanto tempo soldado?

Ele deve se fazer de surdo,só pode ser ou quer irritar.

-Dr falta duas horas no mínimo- responde ríspido o soldado no volante dirigindo lerdo feito uma lesma.

-Senão tivermos nenhum imprevisto Dr.

Merda de soldadinho achando que eu desconheço,entendo os imprevistos, eles são tantos que fica difícil chegar na base antes do enterro.
Meu estado de saúde não colabora precisamos parar cinco vezes enjoado e vomitando,a culpa é caminhão e do soldado ele faz questão de passar em cada vala ou buraco. Sorte dele não estarmos sozinhos e estar desarmado, seria rápido um tiro no olho.

Ter vindo nessa viagem foi a pior decisão, mas precisava prestar a última homenagem ao meu primo, éramos como irmãos. Devo a vida à ele, jamais estaria na base sem ajuda dele.
Vou exigir a morte do culpado, caso Stuart recuse meu pedido, vou pessoalmente pedir audiência com Samuel. Ele irá atender qualquer exigência realizei muito trabalho sujo por ordens dele.
posso conseguir chegar, não tenho certeza de ter condições para retornar. O veículo está muito velho e gasto, precisei colocar três camadas de cobertores para deixar um pouco confortável.

- Deseja parar Dr? - Questiona o merda do soldado - está área parece segura, podemos montar um perímetro ao redor.

A gentileza dele irrita deve estar debochando.

- Não podemos prosseguir Soldado - pronunciar as palavras doem meu corpo protesta diante do esforço, contudo preciso colocar o soldadinho no seu devido lugar.- Entendeu soldado.

-Sim senhor.

-Perfeito, agora preste atenção na estrada desejo chegar inteiro para variar.

-Entendido senhor.

- Chega de conversa e faça seu trabalho direito.

Suportei incansáveis duas horas a bordo do caminhão infernal, os cinco soldados designados para escolta estavam enlouquecendo falando nas moradoras da outra base.
Nenhum deles mencionou a morte Carrel, ninguém lamentou, dei pêsames, essa escória inútil.

Chegando na base somos recebidos pelo Robert Wilson, rapaz prestativo e inteligente promissor aos olhos do Samuel. Ele é uma das poucas pessoas nesta base que não julgo inútil e dispensável.

-Meus pêsames pela sua perda Dr Wolowitz -Robert estende a mão e nos comprimentos, ele continua
- cansativa a viagem presumo Dr.

-Obrigado, Sr Wilson é bom ver você meu rapaz - falei sincero - pena ser nessa circunstância, realmente a viagem foi péssima.

- Não precisa chamar de Sr Wilson.

- Robert.

-Sim.

Precisava saber quem matou meu primo, vou fazer ele sangrar.

-Enquanto ao assassino quais medidas estão sendo tomadas.

-Foi legítima defesa Dr Wolowitz, nesses casos os protocolos são claros a pessoa é inocente.

Quanta decepção, justo ele sendo obtuso.

-- Os protocolos não se aplicam a pessoas do nosso escalão, Carrel e eu somos membros da mais alta cúpula - quase cuspo as palavras nele. - Não a ralé rapaz.

- Entendo sua reação Dr. - Robert pára seu rosto implacável. - Nesta base seguimos os protocolos não importa quem seja.

Fico pasmo o fedelho acabou de dizer na minha cara que não importa meus status.