Capítulo 5. ¤°Bob°¤

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Estou sentada segurando minha mochila, fico olhando a cada minuto para a porta esperando Hart. Parece uma eternidade levanto ando ao redor da cama impaciente. Abro a mochila conferindo novamente todos os meus pertences estão aqui, não mudou nada em vinte minutos.Escuto a porta abrir e de imediato uma voz masculina me supreende. Eu congelo, esperava Hart.

—Oi —Diz o rapaz — Hart pediu para ser seu guia.

Reparo na altura dele, nos seus cabelos cor de trigo, seus olhos castanhos esverdeados,ele tem aquele ar mistério, de alguém que guarda algum segredo. Esqueci de mencionar ele é bonito, muito lindo, já falei que ele é bonito mencionei o rosto e as sobrancelhas levemente arqueadas dele, ai gente tem mais ele está vestindo um uniforme militar. Não. faço idéia dos motivos, mas homens vestindo uniformes militares deixam qualquer pessoa maravilhosa, imagina quem já é maravilhoso. Deveria ser considerado um crime, fique registrado um crime.
Não consigo desviar meus olhos dele, dos musculos, dos bíceps marcando o uniforme. Estou tentando achar algum defeito nele, simplesmente não consigo. Preciso dizer alguma coisa, qualquer coisa, vamos garota você consegue.

—Tttudoo bemm.— Eu gaguejei, não acredito estou sendo ridícula.
—É nossa. —Consigo falar.- Ooii.

Sou mesmo ridícula agora tenho absoluta certeza.

-Sou Robert Wilson.- Continua dizendo o soldado animado diante do meu embaraço.- Pode me chamar de Bob se quiser.

Não gaguejei de novo, fico dizendo a mim mesma. Acho que estou roxa de vergonha, ele está olhando estranho deve achar que sou louca.

-Ssofia Ccarson.- Gaguejei novamente.

Ele sorri gentilmente dessa vez, seu rosto possui aquela simetria perfeita e um furinho no queixo. Isso não é justo meu guia é um gato e está vestindo um uniforme, definitivamente não é justo.

-Você está pronta? - Ele olha para as paredes, enquanto passa suas mãos pelos cabelos loiros - Tem muitas pessoas querendo te conhecer.- Ela fala sorridente.- Você vêm?

As palavras pegaram de surpresa, pensava de outra maneira acreditando que numa base repleta de pessoas uma a mais passaria despercebido. Robert notou a surpresa.

— A escolha é sua, posso mostrar onde fica seu quarto pulando as apresentações.

—Não eu adoraria conhecer o outros moradores. - Falo rapidamente.

-Estão vamos Sra Carson ou posso chamá la de Sofia?

-Pode me chamar de Sofi. - Consegui falar sem gaguejar. - Se quiser. — caramba estou forçando, espero não ter falando em voz alta.

Ele contínua olhando no meu rosto, pelo jeito eu não falei alto, sorte. Permanecemos parados alguns minutos constrangedores sorrindo um  para o outro feito dois bobos.

-Devemos ir então. - Ele diz enquanto começa a caminhar para saída da enfermaria.

Robert abre a porta saímos em um longo corredor, rumo ao desconhecido. Ele começa a explicar sobre o local, o funcionamento, do toque de recolher. Que por sinal é as 21:00 achei cedo porém optei não comentar afinal regras são regras.

Caminhamos por várias alas, ele seguia explicando o lugar todo funcionamento a importância de cada ala, onde ficavam as saídas de emergência, os lugares dos extintores finalizando falando dos protocolos de segurança.

Estou perdida no meio de tantas informações e acabo não reparando que Robert parou de andar e nos esbarramos. Desajeitada peço desculpas. Ele fica olhando.

—Ainda não consigo entender como sobreviveu ? —Ele questiona.— Como?

Estou surpresa diante dessas palavras. Hart faz o mesmo comentário. Eu mesma não acredito que sobrevivi tanto tempo.

Asas da destruição.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora