Capítulo 12 - Você deixa minha língua tão fraca

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- Ela é maravilhosamente linda e extremamente encantadora.

- O que mais você sabe sobre Lauren, além dela ser cantora e propriedade da Lucy?

Propriedade da Lucy, a nomeação daquilo me fez ferver e quase quebrei a xícara de café que estava em minhas mãos.

- Sei que ela mora no Brooklyn e aparentemente tem uma dívida eterna com a dona dela.

- Então você já sabe o que fazer...

- A esqueça. – Normani disse enfaticamente.

- Não, Camila não pode desistir assim.

- O que você quer que ela faça?

- Faça Lauren Jauregui ter uma dívida ainda maior com você.

Sorri diabolicamente, afinal fazia todo o sentido.

(...)

Mal cheguei em casa e senti meu telefone vibrar, era Lauren, demorei um pouco para colocar meus sentidos em ordem e respirei fundo antes de atender.

- Alô Lauren...

- A verdade é que você deixa minha língua tão fraca que ela esquece a linguagem que fala. – ela sussurrou.

Suspirei e sentei em minha cadeira, friccionando as pernas, em uma tentativa em vão em apagar o fogo do meu sexo.

- Você está realmente gostando do livro...

- Rupi Kaur é genial, como nunca tinha lido isso antes?

- Talvez você nunca tenha se atentado a poesia.

- Poesia é para os frescos e para os pedantes, o amor não existe meu amor.

- Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra a guerra.

- Foi ela que disse isso?

- Não, Pablo Neruda.

- Já pensou em ser poetiza?

- Nunca achei ninguém que me inspirasse para tal feito.

- A sua amiga que estava do seu lado, ela era o problema que tinha que resolver aquele dia?

- Sim.

- Fico imensamente feliz que tenha resolvido, uma alma triste como a sua precisa de companhia.

- Como sabe que me sinto dessa forma?

- Seus olhos Camila... Estou obcecada por eles.

Era difícil me manter concentrada, da mesma forma que sempre me senti forte em flertar com mulheres, Lauren despia todas as minhas armaduras e provocava ardor em minhas partes intimas quase sem esforço, queria devorá-la, mas precisava medir minhas palavras ou pelo menos acreditava nisso.

- Você vai à festa da Lucy?

- Alguma coisa me diz que ela não me quer muito lá.

Lauren riu, o que me fez rir também.

- Eu quero você.

Assim, um simples você, inundado de sentimentos e tantas palavras não ditas, ela simplesmente não me queria apenas lá, ela me queria, de corpo, de alma, seja lá o que seu interior mais profundo desejasse, apenas uma certeza tínhamos, era que Camila também estava encruzada até em suas entranhas.

(...)

É engraçado como conhecer alguém novo pode te trazer novos hábitos e uma perspectiva diferente de ver a vida. Sempre admirei as belezas da poesia, porém também a achava ilusória e dramática demais, causava-me paixão e ao mesmo tempo repulsa por acreditar que alguém poderia se entregar de corpo e alma para outro ser humano selvagem que poderia esfacelar seu coração em mil pedaços. Se fosse em outro dia comum provavelmente chamaria duas modelos para vir em casa, onde brincaríamos de mamãe e mamães, tudo seria uma diversão regada a álcool e sexo culpado, mas ultimamente não queria me prender a isso. Estava cansada dessa superficialidade e de certa forma conquistar Jauregui me trazia novidades e algo nunca antes sentido por mim, perigoso, mas que eu estava a fim de explorar.

Control (COMPLETA)Where stories live. Discover now