Capítulo Doze

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As coisas não estão indo bem, mas com fé em Deus tudo vai melhorar. A Esther graças a Deus, já está bem melhor, e até já me convidou para ir tomar um sorvete agora de noite, mas infelizmente terei que cancelar, pois a Aninha tem aula de violão com o Marcio. Por falar nele, meu celular vibra e a chamada é dele.
— Oi. — digo animada.
— Olá. — Marcio diz sorrindo.
Sorrio, também.
— Então. Não me diga que ligou para dizer que, vai cancelar a aula?
—Virou adivinha? — Marcio rir. — Mas liguei para isso mesmo. Vou precisar sair, mais amanhã pode ser? A gente aproveita e dá uma passeada pelo parque.
— Claro tudo bem. — respondo.
Acertamos os últimos detalhes e desligamos o telefone. Sem perder tempo, ligo para Aninha, que não recebe bem a noticia, então a chamei para tomar um sorvete junto com a Esther e o Samuel. E logo ela ficou feliz.
Liguei para Esther para avisar que iria encontrar com ela, na sorveteria, mas ela mal me deixa falar e me manda entrar no facebook. Sem entender, ligo meu notebook, e rapidamente ele inicia. Digito a senha e o e-mail. E espero ele abrir, enquanto isso não acontece vou á cozinha pegar, um copo de suco.
Uma vez que estava de volta ao quarto. Sentei na minha cadeira de rodinhas de cor de rosa. E a coisa que vejo na tela do computador quase me faz engasgar com meu suco:
Em um relacionamento sério com Alana Moraes.
Sério?
Eles se conhecem a menos de um mês. E já estão namorando?
Meus olhos começaram a pinicar. Esfrego os olhos com força, não iria chorar, não iria. Tarde de mais. Já estava chorando.
Como o Davi pode fazer isso?
A janela com nome BFF. Abriu, mais eu não queria conversar com a Esther, não queria conversar com ninguém. Precisava chorar em paz.
Desliguei o computador, nem sem mesmo fechar o facebook. Deitei na cama e fechei o os olhos. E chorei por um tempo.
Será que as provas já estão começando? Será que eu iria suportar?
O meu Deus dá-me força, para vencer essa tribulação.
Meu celular vibra novamente, não consigo enxergar direito por conta das lágrimas. Limpei-as com a costa da mão. Era uma mensagem da Cláudia.
Cliquei no link. E o vídeo começou a carregar. E de repente a música encheu o meu quarto:
Por mais que você tenta esconder
Teus olhos me revelam outro alguém,
A alma grita forte e em silêncio você se declara.
Coração partido em mil, sonhos que o vento levou
Mais parece um grão de areia na beira da praia.
Vida de mal a pior. Reduzido quase a pó,
Ouça o que Deus pode fazer por você:
Essa música descrevia tudo o que eu estava sentindo. Sim! Meu coração estava partido em mil pedacinhos.
Quando o refrão chegou comecei a chorar culposamente.
Ninguém pode apagar o que ele mesmo escreveu,
Esse sofrimento é página virada,
Deus falou: “Te provei porque te amo.
Nada foge dos meus planos; filho vou agir.
Sou teu Deus e reconheço o valor que você tem,
Se deleita nos meus braços, não te troco por ninguém.
Hoje enxugo suas lágrimas,
E isso já é o bastante, vou te abençoar!
Continuei a chorar, mais a lágrimas não eram de tristeza, e sim de felicidade! Deus estava comigo, e não tinha que temer a nada, pois tudo que acontece é permissão de Deus. Não cai, uma folha da arvore, sem a permissão de Deus.
O Senhor sabe que sou a princesa dele, e ele conhece o meu coração. Sabe dos meus sentimentos pelo Davi. E se for da vontade dele irá acontecer. Tenho que aprender a confiar no Senhor.
Determinada, pego minha bíblia, e abro no livro de João capítulo 33.
Começo a lê-lo. Quando chego ao último versículo, tem a mensagem que toca profundamente:
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
Com o maior sorriso, me ajoelho para agradecer a Deus, por tudo que ele tem feito na minha vida. Pelas provas que tenho passado, pois não existe vitória sem luta.

— Você está bem mesmo amiga? — Esther pergunta pela terceira vez essa noite.
— Estou. Fique em paz. — respondo.
Limpo a boca da Ana, que está suja de chocolate, e tomo o meu milk-shake de napolitano. Sempre quando venho a essa sorveteria do bairro, só tomo desse sabor. Esther sempre implica comigo, diz que eu devia deixar das mesmas mesmices e experimentar algo novo. E eu sempre digo: um dia. E esse dia nunca chega.
— Olha titia o Davi.  — Ana grita.
Viro para trás discretamente, e vejo-o e Alana, entrando de mãos dadas. Nossos olhares se cruzam por um breve momento. Azuis encarando verdes. Olhando ele nos olhos, vejo que o Davi que conheço ainda está lá, mas ele insistir em enterrar. Ele desvia o olhar, e olha para todos da mesa, e dá um pequeno sorriso, antes da Alana, puxar ele para a mesa mais distante de nós.
— Volto em dois minutos. — Samuel diz, enquanto levanta.
Esther tenta segurar o braço dele, mas o Sam, já está longe. Ele vai em direção á mesa do Davi. Desvio o olhar, não quero que o Davi me veja olhando para eles.
Enquanto isso; sinto alguém colocar a mão no meu ombro. Olho para as mãos assustada e reconheço que o Marcio graças à cicatriz que ele tem no dedo indicador.
— Pode se sentar Marcio. — falo.
Escuto sua risada, e ele puxa uma cadeira de outra mesa, e poe seu violão no chão, para sentar senta entre mim e Aninha.
— Oi, Sarah, oi Esther, oi Aninha. — Marcio diz.
Todas nós respondemos em uníssono. Um “oi” animado.  Apesar do Davi está na mesa ao lado, o Marcio me faz feliz. Por isso amo sua companhia.
— Como você sabia que estávamos aqui Marcio? — Esther pergunta com os olhos semicerrados.
— Passei na casa da Sarah. A mãe dela disse que você estava na casa do irmão. Fui lá. E a Claudia disse que vocês estavam aqui. — Marcio explica a Esther.
Samuel retorna para nossa mesa, com cara de poucos amigos. Mas a Aninha, o distrai pedindo para ele cantar uma musica para ela, com o violão que o Marcio trouxe.
— Não, eu fiquei sabendo que você sabe tocar. Então cante pra gente. — Samuel diz.
Aninha olha para ele sorridente.
— Esse violão é grande Sam. — Ana diz com o mesmo sorriso no rosto.
Ela quer ouvir o Samuel tocar.
—Tá bom, mas você vai me ajudar a cantar fechado?
Minha querida sobrinha assente.
— Vamos cantar ninguém explica Deus. — Ana informa.
E o Samuel começa a dedilhar o violão. Ao invés de só Belinha cantar, todos nós cantamos juntos. Admiro-me quando vejo Marcio cantar, ele não é evangélico e sabe cantar metade das musicas que conheço. As pessoas que estavam na sorveteria olharam para nossa mesa, inclusive o Davi e a Alana que ao vê que estava olhando começaram a se beijar. Esquecendo o resto e me concentrando na minha mesa. Canto com todo meu coração.
A música acaba, e o violão é passado, para o Marcio que canta: colisão de Anderson freire. Ficamos na sorveteria até ás dez, pois tínhamos que ir para casa, e a Aninha já estava caindo de sono.
— Até amanhã Sarah. — Marcio beija minha bochecha.
— Até, Marcio e obrigado! — digo e beijo sua bochecha também.
Abraçamo-nos desejando boa noite. Eu subo a escada e ele segue para casa.

*E ai, o que estão achando?
*Não se esqueçam de votar e comentar.
*Jesus te ama.

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