Capítulo Dois

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Quando finalmente chego  em casa. Jogo minha mochila no sofá e corro para o banheiro. O calor de hoje está insuportável. E essa de ficar vindo andando do colégio para casa, nesse sol quente, não dá. Esse prefeito tem que regularizar o transporte o quanto antes.
Uma vez que estava de banho tomado e devidamente vestida. Fui para cozinha. O relógio da parede já marcava 12h15min. Fiz meu prato e coloquei nas micro-ondas. Enquanto esperava a comida esquentar, resolvi preparar um suco, para acompanhar meu almoço.
Ter a casa só para mim, não é lá tanta vantagem. Como sou a caçula de três irmãos. Ainda moro com meus pais que estão trabalhando. Então tenho que me virar no almoço. Coisa que eu não gosto muito.
O micro-ondas apita, quando termino de preparar meu suco de laranja. Com a ajuda de uma luva, pego meu prato no micro-ondas e sento-me á mesa para enfim poder almoçar.
~~¨~~
Acordo com o telefone tocando. Esfrego meus olhos e levanto da cama meio cambaleando. E vou em direção à sala, onde o telefone está tocando estritamente.
— Alô. — falo quando pego o telefone da base.
— Acorda Bela adormecida, te ligo a meia hora. — Esther diz do outro lado da linha.
— Que horas são essas?
Com telefone na orelha vou até a área de serviço pegar a vassoura. Tenho que dá um jeito na casa, antes que meus pais cheguem.
— Três e quarenta e cinco amor! — Esther diz.
Abafo um bocejo, nossa como eu dormir.
— As horas hoje voaram, tenho que dá um jeito na casa, antes que mamãe chegue. — falo de volta na sala.
— Viu só te liguei para te lembrar da atividade avaliativa amanhã.
Franzo a testa. Que atividade? Que eu não estou sabendo? Vendo meu silencio Esther diz:
— Esqueceu não foi bonita?
Dou uma risada sem humor, é bem melhor do que admitir que não saiba que prova é essa.
— Matemática florzinha. E você está precisando de bastante ponto. Acho que sua simpatia não deu certo. — Esther riu.
— Não teve graça. — resmunguei.
Mais a bobona, não parava de rir.
— Como era mesmo?
— Tchau Esther. Tenho que dá um jeito na casa antes que meus pais cheguem.
Desligo e coloco o telefone de volta na base. Ligo o som bem na hora que já está iniciando uma música em uma estação evangélica, que a mamãe ama ouvir. Acabei gostando da melodia, então resolvo deixar nessa mesma estação.
A música que está tocando é conhecida, a Esther tinha no celular dela. Ou tem não sei, mas ela não parava de escutar, pois ela dizia que a letra era muito bonita e é mesmo. O refrão chegou e eu comecei a cantar com ele:
Não despreze a sua cruz
Ela tem sua medida, Deus um dia calculou.
Ele conhece a força e a fraqueza de um pecador
No calvário declarou
Com o sangue de Jesus
Para o mundo o seu valor
Não despreze a sua cruz.
A renúncia é o braço de equilíbrio pra você
Hoje você não entende, mas um dia irá saber.
Que as pegadas de Jesus
São o mapa do tesouro
Deus tem recompensa pra você.
Cantei meio atrapalhado, mas cantei. Quando a música acabou não me conformei e fui procurar na internet. Colocando o refrão da música encontrei: O mapa do tesouro. — Anderson Freire. Já ouvi falar desse cantor, mas nunca soube que ele cantava tão bem. Coloquei a música para repetir diversas vezes enquanto limpava casa. Não ia descansar até aprendê-la.
Meus pais chegaram e me viram cantando em frente ao espelho com a vassoura na mão.
— Lindo louvor filha. — mamãe elogiou gritando alto por cima da música.
Assenti e continue cantando, não sabia toda. Atrapalhava-me entre uma estrofe e outra. Até que a música acabou. E baixei um pouco o volume da caixinha de som.
— Oi mãe. — falo logo depois de beijar sua bochecha.
Mamãe sorriu e retribuiu o beijo.
— Oi filha. Como foi hoje na escola?
Sentei á mesa da cozinha, e contei a ela do meu dia. Enquanto ela preparava nosso jantar.
— Mãe hoje descobrir o significado do meu nome. — falo entusiasmada.
Minha mãe sorriu e sua bochecha saliente escondeu um pouco o seus belos olhos verdes.
— E você gostou do significado?
— Como não gostar Naty? A Sarah é minha princesinha. — meu pai entra no assunto beijando o topo da minha cabeça.
Sorrio, e quando eles me perguntam quem me contou sobre o significado, pois eles me conhecem muito bem. E sabe que eu não me importo com esse tipo de coisa. Meu sorriso cresce ainda mais ao falar do Davi. E como imaginava; eles quiseram saber de tudo. Contei, sem deixar de sorrir.
Conversamos mais um pouco. Então o jantar ficou pronto e jantamos. Uma vez que tinha acabado. Beijei meus pais. E fui para o meu quarto. Tomaria um banho e iria estudar um pouco. Amanhã tenho uma prova da pior matéria do mundo.
~~¨~~
O papai entrou no meu quarto o relógio do meu notebook marcava 21h30min. Ele beijou minha cabeça uma mania que ele tem e eu amo. Ele sentou ao meu lado. E o colchão desceu um pouco com seu peso.
— Conseguiu aprender alguma coisa? — papai pergunta.
Balanço a cabeça e sorrio fraco.
— Um pouquinho. Amanhã tenho uma atividade dele, mas acho que vou bem. — respondo confiante.
Pai pega meu caderno e meu lápis se ajeita em cima da minha cama. E já sei que ele está pronto para me explicar o assunto.
O dono Alberto é um mestre na matemática, tanto que ele trabalha em contabilidade na empresa do meu avô Francisco.
— Fecha esse computador e vamos aprender como os velhos tempos.
Obedeço prontamente. Fecho o notebook, e o coloco em cima do meu criado mudo, junto ao meu celular que não parava de vibrar. Resisto á vontade de pega-lo, para ficar a par das novidades dos grupos que faço parte, mas sei que o papai me dará a maior bronca se eu fizer isso.
Esquecendo por hora o celular, foco nas aulas do meu pai.

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*Deus ama você!

Princesa do ReiWhere stories live. Discover now