Capítulo 9 - Quero fazer coisas más com você

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Demi fitou-me por um instante, como se soubesse que aquele momento era decisivo para nos colocar um passo adiante ou encerrarmos a conversa por ali.

- Tudo bem, pode cantar para mim.

Cheguei perto do seu ouvido e quase como um sussurro, comecei a cantar:

Am I out of my head? (Será que perdi a cabeça?)

Am I out of my mind? (Será que estou ficando louca?)

If you only knew the bad things I like (Se você soubesse das coisas más que eu gosto)

Don't think that I can explain it (Não acho que consigo explicar)

What can I say, it's complicated ( O que posso dizer, é complicado)

No matter what you say (Não importa o que você diga)

Don't matter what you do (Não importa o que você faça)

I only wanna do bad things to you (Eu só quero fazer coisas más com você)

So good, that you can't explain it (Tão bom que não dá para explicar)

What can I say, it's complicated (O que posso dizer, é complicado)

Assim que parei ela virou sua cabeça e me agarrou com força, nossas línguas se entrelaçaram e nosso beijo ficou ainda mais selvagem.

- Nunca escutei essa música antes. – Demi disse ofegante, parando de me beijar por um segundo.

- Fui eu que inventei. – respondi e tornei a beijá-la.

Fomos caminhando para o quarto sem nos desgrudarmos, tratei de fechar a porta e a empurrei na cama.

- Você gosta de selvageria?

- Não imagina o quanto. – falei enquanto tirava minha camisa.

Minhas mãos procuraram seus seios e começaram a acaricia-los, não parávamos de nos beijar um segundo sequer, seus anseios me engoliam, assim como meu sexo estava ávido por ela.

Quando de repente ela me empurrou e começou a vomitar por todo o quarto, fiquei desesperada, coloquei minha camisa para procurar ajuda, ela com certeza estava tendo algum tipo de derrame intestinal, na minha cabeça pelo menos fazia sentido.

Fiquei eufórica quando achei Normani, puxei-a pelo braço e disse:

- Vamos, eu preciso de ajuda!

- O que houve?

- Não posso falar, venha!

Ela me seguiu preocupada, até se deparar com a cena e ficar tão chocada quanto eu.

- Eu sei, parece o filme do exorcista, mas não é. Há não ser que você tenha encontrado essa amiga em um culto satânico.

- Agora não é hora de piadas Camila, vamos me ajude a coloca-la na cama!

Deitamos Demi na cama, enquanto Normani foi buscar água e algo para limpar a sujeira, acariciei seu rosto e disse que ia ficar tudo bem, mesmo achando que provavelmente ela morreria, porque não era possível.

Normani voltou e quando limpávamos aparentemente Demi voltou a seu estado normal, sem necessidade de chamarmos os paramédicos, melhor assim.

- Camila, você se mete em cada uma! – Normani riu passado o susto.

- Nem me fale, ás vezes acho que tem alguém muito sádico controlando minha vida.

- Tem mesmo, você!

Rimos de sua constatação, enquanto nos dirigíamos a pia do banheiro, o problema é que o espaço ficou um pouco apertado para nós duas.

- Acho melhor você entrar primeiro – Normani sugeriu.

- Assim está bom. – eu disse ficando por trás dela, encoxando-a delicadamente enquanto lavávamos os panos.

- Camila, você não presta. – ela disse rindo.

- Você gosta. – respondi no seu ouvido.

Ela virou-se para mim e ficamos mais perto uma da outra, seus lábios estavam implorando para ser sugados e eu apenas queria satisfazer o seu desejo.

- Isso é muito errado... – Normani disse.

- Dinah não precisa saber. – respondi.

Nossas cabeças começaram a se inclinar e nossas bocas ficaram muito próximas, senti seus lábios e enquanto buscava uma abertura, escutei o que mais temíamos.

- Mas que merda é essa?

Era Dinah e eu estava acabada.

Meus pensamentos foram dissipados com alguns gritos de Normani:

- Camila? Alô? Planeta Terra chamando?

- Desculpa, falou comigo?

- Sim, perguntei se você queria o whisky para beber ou admirá-lo.

Em um gole só dissipei todo o álcool, precisava de coragem e mais do que isso, não tinha a menor noção de onde estava me metendo.

- Você teve sorte, eu e Dinah estamos de férias.

- Não que eu tenha sido bem recebida.

- Camila, você precisa dar um tempo para ela, por que não me avisou? Assim poderia prepara-la.

- Porque se eu tivesse sanidade para avisar você, com certeza eu não teria vindo.

- E posso saber o que está fazendo aqui?

Era Dinah, ela tinha acabado de entrar na sala, seu tom não era nada bom e eu gelei.

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Atualização de segunda a sexta!

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