"O desastroso encontro"

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A grande floresta estava agitada naquela noite. Sob as estrelas, enguanto dois jovens desconhecidos se ajudavam, outros dois fugiam desesperadamente da cidade. Logo mais a frente nunca imaginariam que iriam se cruzar, ainda mais em tão pouco tempo. Os quatro jovens que estavam na floresta a noite tinham suas particularidades diferentes, mas também tinham uma coisa em igual que era o fardo pesado de se carregar o legado dos pais. Essa é minha história favorita, eles serão os meus heróis, foi para isso que eu uni o time perfeito. E foi exatamente nesse dia que tudo começou.

Depois de um bom tempo de caminhada à procura da gata em fuga, os dois recentes amigos pararam para descansar, Hãnsel havia dado seu sinal a gata, e agora precisava marcar um território fixo para ela encontrá-lo Sentaram-se juntos em um tronco cortado sobre o chão da floresta escura e a essa  hora da noite ficaram esperando a Moon. O tempo passava precisamente na mente da garota que aprendeu a ler as horas com sombra da lua como seu relógio.

Hãnsel encarou a menina que a pouco tempo havia derrubado ferozamente, nunca foi tão fácil para ele socializar-se com alguém.

– Como sabe que ela virá até você?
– Indagou entediada.

– Ela vai vir, simples! – Respondeu ele recebendo uma careta duvidosa de Mary. – Estamos juntos a uma semana, dezesseis horas e vinte e oito minutos.

Ela sorriu mesmo sem entender. Por um momento seus pensamentos vagaram até Pópia, o que a fada estava fazendo? Será que se preocupara com ela? Suas indagações  foram interrompidas por um miado baixo. A gata saiu de uma árvore e pulou no colo de Hãnsel, que sorriu alegremente por ter encontrado-a, fazendo com que Mary sem perceber sorria de novo. Porém Moon não estava calma, olhou nos olhos de Hãnsel e ele entendeu que havia algo de errado, a garota ao lado o ajudou pegando a gatinha no colo para ele analisar sua pata ensanguentada. Hãnsel levantou-se rápido e começou a andar na direção ao qual a gata tinha vindo com Mary logo atrás.

Atrás de uma grande pedra os dois ouviram risadas de trolls, trolls que por sinal fediam a metros de distância. A cena seguinte despertou súbita raiva na garota, havia dois adolescentes pendurados em uma grande armadilha e logo eles virariam jantar de troll. A meia hora atrás Jonny e Will estavam executando o plano de ir embora da cidade quando viram uma pequena gata pisar em um montante de folhas que disparou uma armadilha bem bolada e incrívelmente alta. Os dois se aproximaram para ajudar o pobre animal e foram pegos no flagra pelos donos da armadilha, a última coisa que lembram é apenas de uma surpreendente dor na cabeça antes de acordarem a seis metros de altura da superfície, e Will não estava nada contente com essa distância, pois era acrofobico.

– Jo-jonny eu acho-cho que vou dees-desmaiar – A voz dele carregava profundo medo e desespero.

– Se calma vai! Estamos do lado da gata, eu acho que consigo desatar o nó para soltar ela.

– E quem va-vai soltar a genteee?

– Não tinha visto por esse lado! – Ele parou para pensar. – De qualquer modo tenho que desatar o nó, daí você segura ela senão quando a rede se desfazer ela vai se esborrachar no chão. – Explicou Jonny e Will arregalou os grandes olhos verdes.

– Só tem um pe-pe-pequetitito problema. Eu tenho ailurofobia também, lembrastes? – Will agarrou-se ainda mais na rede tentando manter máxima distância da gata.

– Droga, Will! Você não deveria falar que tem medo de gatos antes da gente impulsivamente resgatar um gato?

– E-eei! Eu já havia te falado antes, lembra do gato da Ivy quando éramos menor?

Jonny revirou os olhos lembrando de como havia parado numa armadilha a seis metros do chão tentando resgatar um gato com um garoto acrofobico e ailurofobico, talvez não devesse ter comprimentado o ruivo a 12 anos atrás quando se conheceram.

As Crônicas da LoucuraNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ