"Dois amigos e uma nova aventura"

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Jonny e seu melhor amigo estavam de novo pregando peças nas pessoas. O sol já se esvaia atrás das nuvens e a noite estrelada surgia quando Will atendeu o chamado do garoto de mente engenhosa, desta vez o jovem Jonny aprimorou sua pegadinha com os velhos cachaceiros, que estão mais para bastante cachaceiros do que velhos. Essa brincadeira nada educativa deu início hoje de manhã, o velho Barney e alguns de seus amigos estavam humilhando e se aproveitando da mãe de Jonny que trabalhava no mesmo bar, então nada melhor que uma pequena "demonstração de carinho" da parte do garoto.

E aconteceu: Ao se levantarem para pegar mais cerveja no balcão o simples movimento acionou um barbante debaixo da cadeira, o barbante desprendeu baldes de lata escondidos sob a viga do telhado e os baldes acertaram o velho, com mais alguns elementos surpresas espalhados pela varanda a única saída para eles era uma bela poça de lama onde os porcos de Izzy se divertiam. O engraçado sobre Barney é que na época natalina ele ganhava dinheiro sendo o papai Noel da praça, se não fosse pelo bafo de cachaça, a cara de bêbedo-que ele obtém mesmo sóbrio, e o caráter nada amigável, ele até poderia ser contrato para papéis maiores.

– Sinceramente garotos! Gora, Gêre
e Gara não merecem ocupar a mesma poça de lama que o Barney. – Izzy apareceu fingindo estar indignada com o ocorrido, mas sorrindo travesso logo depois.

– Já não está tarde para a mocinha ficar andando por aí ? – Perguntou Jonny também sorrindo.

Izzy era incrivelmente bonita, seus longos fios negros caiam como cascata sobre a coluna, e a cor dos olhos eram de um azul oceânico, também carregava sardas fofas no rosto. Não tinha quem não se encantava com sua simpatia e destreza, ela deu-lhe um soco fraco no braço e endireitou o cropped azul marinho antes de se sentar para assistir os amigos correndo de um Barney furioso.

Mais tarde a cor dos cachos de Will tremeluzia diante da fogueira, ora vermelho, ora laranja. Ele e Jonny resolveram deitar no quintal de casa enguanto conversavam noite a dentro. Quando mais novo, Will sofrera bullying e as vezes agressões na escola, um passado que só o melhor amigo conhece. Ele era gordo e baixinho, com certeza um dos alunos mais gentis da escola o que o tornava alvo fácil também. Depois que conheceu Jonny seu caráter mudou totalmente, não liga muito para os sentimentos de outras pessoas e passa por cima de qualquer um que o ponha para baixo. Ainda assim a amizade entre Will e Jonny os fortalecem, nenhum dos dois se encaixa no padrão isolado da cidade, o plano é sumirem juntos quando der.

Jonny acretida em algo mais, seu instinto defensor e forte o guiavam para uma vida de aventuras pelo resto do mundo, ele era um garoto tímido com fama de herói que tirava o fôlego de quase todas as garotas e até de algumas senhoras assanhadas. Talvez o coração do garoto já tivesse uma dona, mas tampouco se importava com beleza ou dinheiro. Seu pai o mostrara que não dar valor as mulheres era algo rude a se fazer, mas desde que se lembra é apenas ele e a mãe, a mãe e ele.

– Ei cara, vai assar marshmellos ou queima-los cruelmente até a morte? - Will brincou - Se for a segunda opção me avisa pois também vou querer experimentar esse sentimento macabro.

– Eu só estou pensando em finalmente sair daqui. Mas qual o motivo da luva de box? - Reparou no que o amigo havia retirado da sacola que carregou a tarde inteira .

– Meu pai. Ele quer que eu treine e me torne mais competente.

– Eu não entendo essa obsessão dele. Carmela que descanse em paz, você ja causou problemas demais para ela. E Dona Geovana pode ter um infarto.

Carmela era a falecida mãe de Will, costumava a ser paranóica e doidinha, mas com um filho como aquele é de se compreende. Já dona Geovana era basicamente babá dele, o pai que é dono apenas de um açougue diz ser ocupado demais para "baboseiras" diárias do filho. Will sorriu dramaticamente e voltou a atenção para o amigo.

– Vai sair novamente?

– Sim. Só que dessa vez pode não ser só uma saída. – Jonny respondeu cauteloso.

- Você precisa parar de se arriscar assim Jonny, a gente não pode salvar o mundo. Você... não pode salvar o mundo!

– E você sabe que eles estão lá, você sabe que ele estão vindo. A gente não pode ficar simplismente sentados esperando outro castelo pegar fogo!

Eles tiveram a mesma discurssão milhares de vezes, a cidade não era mais uma simples cidade. Eles descobriram segredos obscuros que podem não estar preparados para lidar, mas a verdade estava a um palmo, nua e crua. Há alguns messes Will achou um livro antigo e empoeirado, nele havia criaturas que se escondiam nas sombras, histórias sobre a cidade e um mapa incomum.

– Por favor, Will. Sem você eu não consigo. Qualquer um nessa cidade sabe das coisas loucas e das criaturas místicas, só que ninguém é corajoso o suficiente para parar de fingir que um mico voador não aparece toda hora por aí! Eles vêm o problema e ignoram o problema, talvez nem seja problema, mas há um mal nisso.

– Me dê um motivo convivente para simplismente eu não me formar na escola e sumir daqui fingindo que não vi um macaco voador? - Pediu Will já sem argumentos.

- Eu não quero virar um bêbado esquecido como o meu pai! – As lágrimas que Jonny tanto impedia que caíssem finalmente saíram descontroladas.

Eles se encararam enguanto o ruivo tirava as luvas de box da mão e deu um passo a frente estendendo a mão para o amigo. Jonny sentiu-se acabado, mas o simples gesto o mostrou que ele não estaria sozinho.

– Eu tô dentro, Sr.Quero Mais. Quando partiremos ?

No dia seguinte os dois amigos sentaram-se no campo do bar e anilisaram todo o plano, Will leu e releu todas as folhas do livro antigo que carregava enguanto Jonny estudava outra vez a história do palácio em chamas. A cidade cujo moravam recebia poucos visitantes, e os poucos que ousavam se aventurar na floresta voltavam para casa sem conseguir falar por estarem rodeados de tantas visões fantasmagóricas. O reino tinha duas provinciais cercadas por uma floresta, a cidade central era a onde os "humanos" ficavam, já a outra continha um castelo que ficou em chamas a décadas e estava demarcada no mapa como "cidade estranhíssima". A floresta também fora dividida no mapa, havia locais assustadores como "fantaculos" e outros denominados apenas com a sigla MMTM, que mais tarde Will entendeu ser derivado literal de "Monstros muito Monstros" o que também fez o criador do mapa parecer um besta qualquer. Ao nordeste ficava uma pequena vila chamada Marius, ouvem-se rumores que lá existem seres sobrenaturais e alguns humanos amigos deles, foi o primeiro lugar que Jonny pensou em visitar.

– Partiremos hoje a noite. – Respondeu com convicção o garoto de mente engenhosa.

– Lembra na quarta série quando a Sra. Rã nos desafiou a cair em um buraco juntos? Ela queria dar uma lição de moral sobre fazermos tudo juntos.

– Sim, eu me lembro. Nós respondemos que um sempre estaria lá para o outro, um iria reeguer o outro a todo custo, não importasse a profundidade do buraco nós estaríamos juntos.

- Sempre juntos, porque não somos apenas amigos, somos os melhores irmãos. - Continuou Will deixando cair uma única lágrima.

– Ainda somos, sempre seremos.

Os dois sorriram juntos e continuaram com o plano, o mundo poderia desabar ali mesmo que eles não se separariam, qualquer criatura sobrenatural não os destruiriam se estivessem juntos.

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Oiiii leitores(as), tudo bom?

Então esse é o primeiro capítulo do nosso livro e espero que tenha gostado. Comentários são sempre bem-vindos e estrelinhas mais ainda!😊😉

Beijinhos, Beijinhos até o próximo capítulo 😘

PS: pedimos desculpas por qualquer erro ortografico!

As Crônicas da LoucuraOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz