Capítulo 10

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— Obrigada, tia Mia.— uma das crianças me abraçou quando me despedi dela.

Era algo que eu amava, cuidar das pessoas, de acordo com Oliver eu adquiri essa "mania" dos meu pais biológicos.

O meu plantão já havia terminado mas eu tinha ficado mais um pouco, além de querer fugir da aula e tentar entender por que aquela doença era tão estranha e por que ela só atingia as meninas. Neste momento eu estava na biblioteca estudando registros antigos, mas não estava achando nada.

— Posso dar uma sugestão?

Eu quase congelei de susto. Do nada uma voz surge e aparece um ser na minha frente.

— Credo, alfa. Me mata do coração logo! O que você quer?— volto atenção para os registros.

— Te dizer que está perdendo tempo.— tira minha atenção dos q. O ponho na mesa e olho atentamente para Oliver. Ela pega um livro do seu bolso e o põe na mesa.— O que acontece é uma reação, as meninas órfãs perderam as mães, elas tem sangue ômega, por isso estão aqui, por que foram rejeitadas e como eles exercem mais poder pela sua companheiras mandaram para cá! Vim perceber isso quando as observei mais de perto. Se quiser pode ver esses registros! São registros de garotas e lunas que foram rejeitadas. Além disso você já passou por isso, eu sei como é. Então, você não pode fazer nada.— fala calmamente. Como se aquilo fosse normal!

Ele era louco por acaso?

— E você não vai fazer nada? O olhei abismada.

— O que eu posso fazer? É melhor para elas, ficarem aqui e serem bem cuidadas.— se levanta indo em direção a porta, mas eu o impeço trancando a porto e o empurrado na poltrona que ficava num canto qualquer.

— Você precisa resolver essa situação!—começo a andar um lado para o outro.

— Não, eu não posso!

— É claro que pode, inventa algo é as mande de volta para suas alcatéias

Ele reclinou na poltrona e me olhou seriamente.

— Coisas acontecem quando companheiras são encontradas antes de 14 anos. Não são coisas boas. Ele raspou a garganta, como se estivesse incomodado.

— O que acontece? — Puxei uma poltrona para deixar ficar frente a ele.

— Você é muito curiosa.— bufou. — Os lobos ficam confusos, não sabem discernir o ódio de amor, não sabem dizer se estão preocupados ou não! Eles ficam confusos por ter que proteger algo tão minúsculo e tão indefeso como uma menina que não sabe nem mamar, ele fica com medo de não saber lidar com uma companheira daquele jeito. No geral acabam enlouquecendo. E fazendo coisas que jamais fariam! Por isso eu digo que se elas estiverem aqui será melhor, eu sei que vai doer, mas elas podem ser mortas estando lá. Talvez não tenham bruxas intrometidas que impedem besteiras.– falou a última frase em tom quase inaldivel, provavelmente para ele, mas eu escutei.

— Oliver...você me odeia por essas razões? Eu realmente precisava saber.
Vi ele sorrir de lado.

— Vá para aula, Mia.

— Me responde!

— Tudo bem, eu levo você.

Abriu a porta e saiu me puxando eu direção a faculdade. Por onde passava as pessoas olhavam e sorriam, diferente da maioria das vezes. O que tava acontecendo?

— Oliver, você não vai me levar! O que vão pensar de mim? — me solto da mão dele.— Não, já pensam demais de mim. Vai embora!
Por algum motivo minha loba gritou por mim, por algum motivo eu estava com raiva. Mas por quê? Oliver me olha compreensivo e então pega novamente na minha mão e sussurra alguma coisa no meu ouvido que eu não entendo, apenas durmo. Talvez seja o cio.



Prometida Ao Supremo [Parada] Where stories live. Discover now