Sempre Vou Estar Aqui

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Eu não sabia o que dizer, pois não tinha o que falar, eu não sabia como podia ser a dor de perder uma mãe, pois eu não havia passado por essa dor ainda, não tinha palavras que tampasse o buraco aberto no peito de Estevam. Buraco aberto pela morte de seu pai a cinco anos atrás e agora escancarado pela morte de sua mãe, apenas ele poderia se curar ao longo do tempo com forme amadurecesse. Coloco o braço em seus ombros e o levo para sua casa. Para minha surpresa Ítalo se encontrava lá, deveria imaginar que isso era possível já que agora Estevam e a irmã mais nova estavam sozinhos. Abraço Estevam e choro com ele por certo tempo, choro por ver sua dor e sofrimento, e porque tinha muita, muita consideração por sua mãe, a senhora Willer era umas das melhores pessoas que eu conhecia, mesmo não conhecendo muita gente, ela iria fazer falta.
Ao deixá-lo em casa, vou embora. Chego por volta das 19:40, horário muito diferente para quem sempre chegava as 18:00. Penso que a casa estava vazia, mas descubro que meus pais já haviam chegado, subo sem passar pela cozinha, que era onde eles estavam, e vou direto para meu quarto. Meus pais não se importaram muito comigo, eu nunca jantava junto deles pois era sempre briga que saia em volta da mesa, e por isso passei a chegar da escola e ir direto para meu quarto, minha mãe perguntou apenas no primeiro dia o porque da minha ausência na janta, mas depois deixou de lado. Tomo um banho mais prolongado do que eu imaginei, e caio na cama com se alguém tivesse me nocauteado e me surrado o dia inteiro, fico olhando para o teto do meu quarto, pela primeira vez pensando em outro alguém sem ser Hanna, mas não demora muito, adormeço.

A Garota do Ônibus Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang