Eu e Meus Conselhos.

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-Você está bem?- digo para Estevam ao perceber que um sorriso contagiante não desaparecia de seu rosto.

Fazia um mês que fomos aquele parque e desde aquele dia ele não parava de sorrir, não que eu não gostasse disso, era bom o ver melhor depois dos últimos acontecimentos, mas era estranho não saber nada do motivo de tanta alegria.

-Se estou bem?- ele olha para mim, seu olhar era divertido e seu sorriso almentava a cada minuto- estou ótimo!

-E será que eu poderia participar dessa alegria junto com você?- levanto a sobrancelha e dou um sorriso de canto.

-Nada de mais, eu acho- ele da de ombros. Mas não desisto.

-A então derrempente você tem uma crise de risadas diariamente, e ainda diz que não é nada? Por favor né!- dou um soquinho em seu ombro e ele ri mais alto dessa vez.

-Tá bom- ele fica em silêncio pensando nas palavras certas e depois logo diz- lembra da Maya?

Ao dizer o nome da garota, seu sorriso vai de orelha a orelha.

- Sim me lembro- na verdade eu lembrava mais era do dia em que a conheci, pois foi o mesmo dia em que me encontrei com Hanna.

- Eu e ela estamos conversando por mensagens depois daquele dia no parque, e eu acho a vou pedir ela em namoro.

Sua última palavra ecoa em minha mente. Namoro. Não vizia muito tempo que eles conversavam, e talvez ir tão rápido assim poderia estragar tudo.

-Olha gosto de te ver feliz desse jeito, é muito bom, mas é melhor você não ser tão precipitado.-

Ele me olha curioso e seu sorriso abaixa um pouco, pouco suficiente para perceber sua inquietação com minhas palavras.

-Porque precipitado? Eu tenho certeza do que quero.- ele diz com calma Mas dava para perceber que ele não estava contente.

-Você pode até ter, mas e ela? Vai ver ela quer algo mais devagar, sem correr, está indo tudo bem, deixa as coisas fluirem e você vai ver que tudo se encaixa perfeitamente no final.

Nunca havia dito palavras que fizessem tanto sentido, embora nem eu mesmo escutava meus propios conselhos amorosos ainda sim me considerava bom nisso.

-Você tem razão, melhor esperar, nada como aproveitar o momento.- seu sorriso algre volta. Ele me da um soquinho no ombro que, por sinal, doeu.

-Faça o que eu falo mas não Faça o que eu faço.- após dizer isso Estevam levanta seu olhar de encontro ao meu, e na mesma hora imaginei o que ele estava pensando, que arrependimento de ter dito isso.

- Porque meu caro, está sofrendo de amor?

Não seria amor a palavra certa, afinal teria que conhecê-la melhor para dizer ser amor, poderia dizer estar gostando dela, e acho que não preciso nem se quer dizer quem é. Nesse último mês mantive a conversa com Hanna, eu sabia que mesmo que tentasse não conseguiria esquece-la assim tão fácil, mas havia notado algo, ela estava ficando diferente, como se não quisesse conversar comigo. Muitas vezes eu chegava no ônibus e todos os lugares estavam vagos menos o do lado dela. Eu me preocupava com isso pois gostava de manter contato, mas nem minhas mensagens ela respondia, e quando retornava a resposta era curta e direta, tudo isso estava me apertando por dentro.

-Lógico quem não, afinal não tenho motivos para isso.

Por sorte antes mesmo dele poder abrir a boca, o sinal bate e entramos na sala. Mas eu sabia bem que ele não ia desistir até tirar de mim o que queria, por isso, era melhor estar preparado

A Garota do Ônibus Where stories live. Discover now