Coragem

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Eu estava totalmente ansioso e não podia ver um ônibus passar que eu achava ser o mesmo que me levava para o colégio todos os dias, estava disposto a perguntas àquela garota qual era o seu nome e pelo menos ter uma conversa nem que fosse de três minutos, mas já seria um belo começo. Eu estava sozinho no ponto, a senhora Wyler não se encontrava e aquilo era estranho, ela nunca perdia um dia se quer de poder ir à feira, mas provavelmente ela faltou por um motivo maior dessa vez, poderia perguntar para Estevam no colégio. Quando entro no ônibus vejo que o único lugar que tinha era ao lado da deusa, "será o destino?" pensei. Sento-me ao lado dela sem ao menos a olhar, eu estava nervoso e tremendo, nunca havia me disposto para falar com uma menina, principalmente se ela fosse o motivo da minha completa falta de senso.

-Oi.

Escuto uma voz doce e gentil, mas ao mesmo tempo calorosa e tentadora, e ao me virar olho para dois lindos e formosos olhos azuis me fitando. Eu não podia a creditar! Em vez de puxar assunto esperei por ela? Que falta de cavalheirismo e ao mesmo tempo educação! Envergonhei de mim mesmo.

-O-Oi!
Não estranho minha voz ter saído meio rouca, eu estava ficando loucos de desejo daqueles lábios carnudos e avermelhados que rossavam um no outro.

-Vi você ontem, mas não tive a oportunidade de me apresentar, sou Hanna, Hanna Howel, e você?

Eu não acredito, ela avia me notado ontem! E melhor, ela estava se apresentando e conversando comigo! Não sei se sou um idiota, ou se essa reação é porque nunca falei assim com uma garota, pelo menos nunca falei com uma, doido para beija-la.

-Eu também a notei ontem- "e como notei"- mas não tive como me apresentar- "corrigindo, não tive coragem de me apresentar"- sou Pytar Enhel e é um prazer conhece-la. - "e quanto prazer.".

- O prazer é meu, você...

A conversa durou todo o tempo que fiquei no ônibus. Senti-me meio tonto, pois era apenas uma garota, mas meu próprio cérebro repreendia esse tipo de pensamento, afinal, ela não era só uma garota, era a garota, linda, extrovertida e extremamente legal. Aqueles foram os quinze minutos mais felizes da minha vida, eu estava encantado a vendo falar de sua vida aqui em Londres, ela havia se mudado para cá há pouco tempo, e morava apenas com a mãe porque tinha perdido o pai aos sete anos em um acidente de carro indo para a praia, ela e a mãe sobreviveram, mas o pai morreu na hora, não me aprofundei muito no assunto pois percebi o desconforto dela. Ela estudava em outra escola que ficava a dois bairros longe da que eu estudava, não tinha muitas amigas, pois muitas garotas a olhava de forma estranha como de não gostasse dela, "porque ela é mais bonita" pensei.
Quando chego a meu ponto me despeço dela, desço e entro na escola. Por instinto saio à procura de Estevam, mas não o encontro em lugar nenhum e suponho por isso que ele poderia ter faltado. Isso não era normal, a senhora Wyler não foi à feira e Estevam falta na escola no mesmo dia, ele não perdia o grupo de estudos por nada, o que será que havia acontecido? Estevam sempre foi meu melhor amigo, e isso concerteza me deixou preocupado, ele havia me dito certa vez que sua mãe estava doente mas não parecia ser nada grave, por mais que eu não quisesse imaginar tal situação suponho que a senhora Willer tivesse passado mal e Estevam estava cuidando dela,mas não demora muito minha mente é invadida por meus pensamentos e acabo esquecendo mais uma vez  que havia lições e tarefas para serem feitas, e passo o resto do dia pensando naquela linda garota qual tinha um espaço reservado em minha cabeça apenas dela.

A Garota do Ônibus Where stories live. Discover now