Capítulo 8 - Rosas vermelhas.

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"Bonito! Você ainda tem aquele salto preto?"
Suspirei e sorri.
"Tenho. Acho que combina"
Eu estava falando com a Flávia pelo FaceTime, ela tinha um gosto incrível para moda.
Peguei meu sapato de salto alto e coloquei nos pés.
Caminhei até o espelho e fiquei olhando.
" Você está... maravilhosa"
Flávia disse para mim.
Virei o celular para mim e perguntei.
"Acho que está faltando algo"
"A maquiagem... ah não, você é horrível se maquiando, Annabel"
Olhei com cara de brava para minha melhor amiga.
" Então pegue agora um avião e venha aqui para São Paulo para me maquiar " falei rindo.
Flávia suspirou.
" Bem que eu queria, agora vou ter que ficar umas três semanas sem poder ir visitar você..."
"O Rodrigo vai sentir saudades... eu também"
" Eu sei... certo. Chega. Faz a maquiagem, depois me manda uma foto para eu aprovar, beijos"
E Flávia desligou.
Fui até a cômoda que eu guardava as maquiagens e peguei-as.
Fiz uma maquiagem leve com um delineado gatinho e um batom bordô.
Quando deu oito horas da noite Flávia me mandou uma mensagem.
"Você está linda, Annabel. Não deixe ninguém te dizer ao contrário. Essa noite é de vocês dois.
Fláh"
Eu sorri, eu realmente tenho sorte de ter a Flávia em minha vida.
Meu celular apitou. Era uma mensagem de Raphael.
"Estou aqui na frente"
Peguei minha bolsa e sai do apartamento.
Entrei no elevador e cliquei para ir ao térreo.
Eu estava nervosa. Eu iria ter um encontro com Raphael Lanchini. É óbvio que eu ficaria nervosa.
A porta do elevador abriu e eu suspirei.
Sai do térreo, a lua iluminava a piscina, e no final do caminho estava Raphael, segurando um buquê de rosas vermelhas.
— Eu amo rosas... — eu disse quando me aproximei e peguei o buquê — Eu amei!
Raphael sorriu para mim.
— Você está linda, Annabel.
Eu fiquei vermelha.
Raphael pegou minha mão e beijou. Estendeu o braço para mim e eu segurei.
Andamos até o carro dele.
O carro de Raphael é bonito! Na verdade, Raphael é bonito... muito bonito!
Olhei pela janela e vi as casas e prédios correndo ao meu redor, a lua nos acompanhava e iluminava a noite em São Paulo.
Olhei para Raphael e percebi uma covinha, instantaneamente eu sorri.

                                         ***

— Aqui, por favor — Raphael puxou uma cadeira e indicou-a para mim.
Sentei enquanto contemplava o restaurante muito bonito. Tudo naquela noite estava perfeito.
— Raphael... este lugar é incrível! — eu falei sem fôlego.
Ele sorriu para mim.
— Você que é incrível, Annabel.
Eu corei. Raphael está me impressionando cada vez mais. Peguei o cardápio e procurei algo que me interessasse.
Arqueei as sobrancelhas quando vi que do outro lado estava uma incrível variedade de Sushis.
— Sushi? — olhei para ele.
— Ah sim, eu adoro — ele respondeu sem desviar o olhar do cardápio.
Eu não respondi, olhei pela janela. Senti uma brisa que me confortou.
— Você já comeu sushi não é?
Virei ao ouvir a voz do garoto.
— Não...
Ele me olhou espantado.
— Certo. Vamos jantar sushi então.
Eu sorri.
Raphael pediu alguma coisa que eu não entendi muito bem, e ele me explicou que era uma espécie de barquinho que vinha com uma variedade de comidinhas japonesas.
Ficamos conversando sobre internet até chegar nossas bebidas. Pedimos coca-cola, eu não bebia álcool e Raphael quis me acompanhar.
— Se você não trabalhasse com internet, o que gostaria de ser? — perguntei entre um gole e outro.
Raphael pareceu pensativo.
— Eu iria trabalhar com algo relacionado, com certeza.
Era difícil imaginar a internet sem Raphael Lanchini.
Eu sempre quis ser igual aquelas personagens de filmes que se envolvem com um famoso, que parecem em revistas e ganham milhões de seguidores, mas não tenho certeza se na prática isso seria tão legal assim.

Não demorou muito para nossa janta chegar. Eu estava com muita fome. Achei os sushis muito bonitos naquele barquinho, tirei uma foto e mandei para minha mãe.
Raphael começou a rir, pegou seu celular e tirou uma foto também.
— Vou postar no Instagram.
Fiquei olhando para ele enquanto mexia no celular. Foi quando reparei o quanto ele era lindo de perto. Na verdade, lindo é pouco. Raphael é extremante charmoso, elegante... maravilhoso.
Talvez eu tenha ficado olhando fixamente, mas quando percebei ele também estava me olhando. E eu sorri.
— Certo, vamos comer.
Peguei os hashis e tentei equilibrar um hossomaki nele.
Deixei cair dentro do molho.
Raphael riu de mim e eu brinquei que fiquei brava.
Coloquei o hossomaki na boca desajeitadamente e me surpreendi.
Era muito bom!
Eu saboreei e suspirei, eu não esperava gostar tanto de comida japonesa, Raphael tinha razão, era muito bom.
— Você gostou? — Raphael me perguntou, rindo ao ver minha cara de quem tinha adorado.
— Eu adorei! — falei.
Nós jantamos e conversamos, o que durou umas três horas.
Nós dividimos a conta. Saímos do restaurante e eu senti uma brisa leve, muito confortável.
Raphael caminhou do meu lado enquanto íamos em direção ao seu carro. Cliquei no botão de início do meu IPhone para ver que horas eram. 23 horas. Quando eu ia guardar o celular ele apitou. Eu me surpreendi quando vi que havia um total de 95 notificações das redes sociais.
Entrei com Raphael no carro dele e verifiquei para ver o que estava acontecendo, normalmente eu recebo umas 30 notificações a essa hora da noite.
Entrei no meu Instagram e vi que haviam 29 marcações minhas.
Eram fãs de Raphael, eu cliquei na foto, que era a mesma que todos estavam marcando, a que Raphael tirou do barco de sushi.
Vi que aparecia minhas mãos e um pouco da minha roupa. Comecei a suar frio.
Fui ver os comentários.
"Quem é essa?"
"Oq está acontecendo???"
"Gnt essa é a @belanna "
Subi e carreguei mais comentários. Fiquei pasma ao ver que haviam pessoas me xingando.
Provavelmente Raphael percebeu minha expressão, pois me perguntou aflito:
— Anna? Está tudo bem?
Não consegui responder. Apenas desliguei o celular e pressionei os lábios.
Raphael ficou intercalando o olhar entre a rua e eu.
Sorri amarelo e respondi:
— está tudo bem.

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