Capítulo 43 - Manuela

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     Acordei com uma fresta de luz que passava por uma abertura na cortina. Me remexi na cama, irritada por ter que me levantar. Abri os olhos lentamente e quando me dei conta de que estava no quarto de Lorenzo, sorri, me virando para o outro lado.

     Ao me virar, vi Lorenzo, ele estava apoiado sobre seus cotovelos, me observando com um sorriso largo no rosto:

     ― Oi. –Ele murmurou, seu olhar esbanjando um encanto todo especial.

     ― Oi. –Sorri- Por favor, não me olhe assim, devo estar horrível. –Disse tímida, lembrando como era a minha aparência assim que acordava.

     ― Você está linda. –Ele disse, parecia não se importar com meus cabelos desgrenhados ou o meu rosto amaçado- Tão linda que desde que acordei, não consegui tirar os olhos de você.

     ― Ah Lorenzo. –Sussurrei emocionada, levantando minha mão e a levando ao seu rosto, acariciando sua barba.

     Lorenzo fechou os olhos, saboreando meu toque e depois apanhou minha mão, a levando até sua boca e a beijando:

     ― Estar aqui, com você, foi tudo o que eu sempre quis, obrigado por não ter desistido de mim, não sei o que faria se tivesse te perdido para sempre.

     ― Você nunca vai me perder, já estou envolvida demais.

     ― Envolvida quanto? –Ele se aproximou, encarando meus lábios.

     ― Ao ponto de não conseguir mais viver sem você. –Disse com sinceridade.

     Os olhos de Lorenzo brilharam e ele uniu seus lábios aos meus, me beijando lentamente:

     ― Eu ainda não pedi perdão. –Ele murmurou por entre meus lábios.

     ― Não há o que perdoar, nós estamos juntos e é isso que importa, certo? –Ele assentiu.

     ― Eu vou tomar um banho, você vem comigo? –O convidei, esperando de verdade que ele aceitasse.

     ― A proposta é tentadora, mas acho melhor não, quero guardar minhas forças para algo que estou planejando.

     ― Mesmo? Fiquei curiosa agora. –Disse provocante.

     ― Espere até a noite e você verá.

     Sabia que Lorenzo estava preparando algo especial para nós, por isso não insisti, não queria acabar com o encanto do que estava por vim, tanto que enquanto banhava, ele permaneceu na cama, mexendo no seu Macbook, tentando se informar sobre o que estava acontecendo na sua empresa.

     Depois de me vestir sob seu olhar atento e sexy, caminhei até a cozinha, onde abri a porta de todos os armários a procura de ingredientes que me possibilitassem ao menos preparar dois sanduíches para nós, mais tarde, teria de lembrar de ir ao mercado.

     Felizmente, encontrei pão de forma, presunto e mussarela, que para minha sorte, não estavam vencidos, depois de montá-lo, o coloquei na sanduicheira elétrica e enquanto esperava que nosso café da manhã ficasse pronto, ouvi a campainha do apartamento tocar.

     Estranhei que o porteiro não tivesse telefonado avisando que alguém subiria, caminhei até a porta e ao olhar pelo olho mágico, vi um entregador, com um buquê de rosas vermelhas enormes em suas mãos:

     ― Bom dia, posso ajudá-lo? –Abri a porta, o atendendo.

     ― Na verdade sim, a senhorita é Manuela Duarte? –Ele perguntou.

O que acontece em Vegas, nem sempre fica em VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora