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Acordei com o meu alarme tocando como se fosse o fim do mundo. Estamos no Rio ne, não duvido nada.

Sai do meu quarto, já indo pra cozinha e avistando meus avos sentados na mesa conversando uns assuntos bem nada haver. Apenas passo direto e saiu de casa.

Nesses dois meses eu não vi meus pais, nem por ligação, nem nada. Meus avós falam que eles ligam quando eu estou dormindo, mas é claro que não acredito.

Nem tinha percebido que estava andando pela praia, ate já estar na praia, eu to tão que com tudo. 2 meses sem meus pais, o garoto de São Paulo na verdade é bandido, e agora eu ando de ônibus. Quantas horas eu dormi para que minha vida pudesse mudar tão drasticamente?

Continuei a caminha ate avistar um morro, acho que era o morro do alemão. Só em me lembrar do que passa no jornal, me da calafrios.

Continuei a andar com passos mais rápidos. Mesmo saindo apenas para andar, eu sempre ando muito arrumada, de salto e bolsas de marca. Não to afim de ser roubada.

Tarde demais

-Dona, passa a bolsa. AGORA!- eu e a maldita da minha boca

É claro que eu n ia ficar sem minha bolsa. Não tinha visto muita gente ao meu redor, então fui dando a bolsa com cuidado e assim que estava perto de entregar, eu taquei meu joelho na barriga do idiota, peguei a arma e taquei lá na China. Corri tanto. Mas os salto não ajudaram.

Bom, deu ruim. Ele tinha amigos perto dali, assim que viram a cena, vinheram com tudo. Continuei correndo. Mas cai. Valew Mia.

-a patricinha tem muita coragem-disse o assaltante-pena que vai morrer- congelei na hora, por que eu tinha que da uma de batma?

-o que porra tá acontecendo aqui?-de primeira não acreditei, mas sim, era o cara de olhos azuis-o que acham que estão fazendo?- disse ele olhando fixamente para mim

-eu fui assaltar a dona, mas ela fugiu e ainda me deu uma joelhada- disse o assaltante, enquanto eu dava uma risada de deboche, bem baixinho. Mas o idiota de olhos azuis começou a rir. Tipo muito.

-não acredito que uma mimada fez isso-disse ele, olhando fixamente para mim, que estava toda arranhada e caída no chão

-fez, mas agora morre-disse o assaltante, colocando a arma novamente na minha cara

-não-disse ele, e sim, eu quase tive um treco-ninguém toca nela.

-mas chefe..-o assaltante tentou se defender

-já disse que não- disse ele, me fitando, com um olhar preocupado?

-sei muito bem me cuidar-disse eu, na verdade eu não sei. Mas nunca iria admitir-obrigada pela intervenção. Tchau.-disse olhando para o moço de olhos azuis.

Sai andando como se nada tivesse acontecido. Eu posso estar morrendo de medo, com a respiração terrível, mas é mais que obvio que eu não ia permitir me rebaixar a esse modo.

Ate que novamente sou puxada para um beco, estou começando a ter um relacionamento serio com esses becos.

-o que pensa que esta fazendo? Quer morrer?-disse Enzo me fitando, era quase impossível o ver daquela forma e não atacar aquela boca.

-e quem você acha que é pra falar assim? Ta louco?-disse eu dando uma de forte, mas na verdade estava tremendo

-se acha muito corajosa né princesa?-disse ele, mas dessa vez com as mãos em minha cintura. É HOJE QUE MORRO.

-eu tento-disse eu, com cautela para ele não perceber minha voz embargada.

-não mudou nada desde São Paulo, não é?-disse ele me questionando com o olhar.

-ah, cala boca-disse eu, de primeira ele não entendeu, mas eu atraquei no sei pescoço. De primeira ele recusou, mas depois de um tempo ele aceitou. E começamos um beijo feroz com calma. Que beijo da piola.

Quando nossos lábios se afastam, olhei o mesmo que sorria de uma forma encantadora. Sorri junto e após perceber o que eu tinha feito, sai dali. Eu? Com um idiota bandido? Claro que não.

Ele não me seguiu. Adentrei ao meu quarto e passei o resto do dia deitada pensando na merda que tinha acabado de fazer. Logo dormi.

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