Cap 13

17.5K 1.6K 129
                                    

WILLIAM.

Acordo pela primeira vez em anos, todo molhado. Sim, meu querido, precioso filho fez questão de dar bom dia de um jeito diferente. 

- Ótimo. Carinha, acho que vamos tomar um banho.  - sussurro para não assusta-lo ao acordar.

Ele lentamente abre os olhos, boceja, esfrega os olhos e olha para mim. É, não sou o único que não gosta de acordar molhado, não é mesmo?
Coloco ele no chão tiro a camisa. Direto para a máquina de lavar. Ando até a lavanderia e tiro toda a minha roupa e coloco dentro da máquina. Scott demora para chegar, mas quando chega, faço o mesmo com as suas. Vejo um sorriso em seu rosto quando ele percebe que está pelado. Esse moleque é tão pervertido quanto eu.

- Vamos para o banho. - falo para ele me seguir.

Ando até seu quarto, abro uma das sacolas e pego o chinelo verde que ele me fez comprar. Eu tenho a leve impressão de que eu não deveria dar atenção a seus gostos.
Jogo o par de chinelos no chão e ele os calça. Enquanto isso, tento pensar em qual dos banheiros vamos tomar banho.

- O meu tem banheira. O que você acha? - pergunto. Ele decidiu tanta coisa hoje, que o banho não ia ser um problema.

- Banheira. Banheira. - ele responde.

- Decidido então.

Ando em direção ao meu quarto e ele me segue em seus passos curtos. Ligo a água para encher a banheira e tento adivinhar qual dos sais que Nat usa para que o banho fique bom. Abro o armário e vejo vários potes com diferentes sais e...

- Parece que vamos ficar só na água e sabão, cara.

Saio do banheiro e do encontro encostado no vidro da janela. Um frio percorre toda a minha espinha e corro para tirá-lo de lá.

- Ei cara, você não pode fazer isso. Você podia ter caído. - aviso ele com uma voz calma.

- Saudades. - ele sussurra.

Olho para seus olhos que estão cheios d'água e seu rosto triste. Acho que essa é uma das partes difíceis aqui. Eu não sei nada sobre ele e vice versa. Agora temos que criar laços porque a louca da mãe não dividiu as novidades. Cadê a Natalie nessas horas?

- De quem?

- Da mamãe - ele responde e começa a chorar, mas não como um bebê, como um adulto que não quisesse sentir o que está sentindo. E tudo isso é uma merda, porque não posso fazer nada sobre isso. Não posso apagar a mãe da sua cabeça.

- Olha, lembra que a vovó te levou naquele lugar onde as pessoas usam roupas pretas? A sua mamãe não vai voltar, infelizmente. - tento não soar irônico. - Sei que é tudo muito novo para você, mas eu também estou tendo que me acostumar com um monte de coisa aqui, então me deixa tentar. Eu prometo que se até os cinco anos eu achar que comprometi toda a sua educação eu deixo você com sua avó. - sorrio.

Mas é óbvio que eu não deixaria. Como é possível em poucos dias de convivência e um mijo em mim, eu já não consigo imaginar as coisas sem ele.

- Estou me tornando uma mulher, que merda. Bom, vamos para o banho na banheira.

Pego ele no colo e vamos até o banheiro. Com cuidado entro na banheira com ele e o coloco de frente para mim. Obvio que não pude deixar de trazer alguns brinquedos para entretê-lo. 

- Eu não acredito que ela me escondeu isso. É tipo, falta de respeito com a nossa amizade! - minha noiva entra no quarto obviamente nervosa e então me lembro que antes de dormir, alguém tinha parado no hospital e pelo tom de voz de Nat, sei que foi Carrie.

Diamante Imperfeito Onde as histórias ganham vida. Descobre agora