Capítulo • 29

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— Não entendi.

— Henrique — diz tão baixo que se eu não estivesse perto dela nem iria escutar.

— Interessante. O que ele queria?

— Perguntar quem iria nos levar até o hospital, já que nosso carro ficou no estacionamento.

Nossa, até esqueci dele.

— No caso ele irá levar você, irei um pouco mais tarde para o hospital.

Bebo mais um pouco de café, assisto com certo prazer o exato momento que ela compreende as minhas palavras. Seus olhos se arregalam ao perceber que irá ficar sozinha com o Henrique.

— Safira!

— O que? — pergunto inocentemente.

— Não seja má. — Geme.

— Estou de licença.

— Mas irá visitar o Diogo — acusa.

— Ele irá receber alta a tarde, posso ir em qualquer horário visitá-lo. — Seguro o sorriso quando ela geme mais uma vez.

— Que péssima amiga — resmunga.

— Não sou. — Sorrio.

Um toque no seu celular nos interrompe, quando ela pega e lê algo nele suas bochechas se tornam vermelhas.

Jade corando? Isso é algo chocante.

— Ele está aqui embaixo.

— E você está esperando o que para descer? — provoco.

— Safira, tenho 24 anos e não sou uma adolescente em seu primeiro encontro.

— Hilário! — Solto uma risada, e se um olhar pudesse matar eu estaria caída no chão. — Você que está dizendo a palavra encontro. — Ergo meu braço bom em rendição.

— Engraçadinha. — Revira os olhos antes de seguir até o sofá para pegar sua bolsa. — Confesso, aquele homem é lindo demais para o seu próprio bem.

— Nisso eu tenho que concordar.

— Diogo iria amar escutar isso.

— Não sou cega — replico. — Henrique pode ser bonito, mas aquele moreno prendeu a minha atenção de jeito. — Solto um suspiro.

— Olha ela! —Se aproxima e beija minha bochecha. — Irá ficar bem?

— Sim, não se preocupe. Daqui a pouco tomarei outra dose da medicação, tentarei dormir mais um pouco antes de ir para o hospital.

Ao notar a verdade em minhas palavras ela beija minha bochecha mais uma vez antes de sair do apartamento. Quando escuto ela trancar a porta, levanto rápido e caminho até a janela. Tenho em mente que é feio espionar, mas não me aguento. Ao abrir uma pequena fresta da cortina encontro o Henrique encostado contra seu carro em toda sua glória masculina.

— Nossa, esse homem parece um modelo.

Um sorriso se forma em meus lábios quando Jade surge e ele beija sua bochecha quando está próxima, posso estar um pouco longe, mas tenho a certeza que minha irmã deve estar corada. Ele abre a porta do carro para ela, quando fecha a porta, noto um sorriso discreto em seus lábios.

Uma Chance para Amar (01)  | ✓ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora