— Não entendi.
— Henrique — diz tão baixo que se eu não estivesse perto dela nem iria escutar.
— Interessante. O que ele queria?
— Perguntar quem iria nos levar até o hospital, já que nosso carro ficou no estacionamento.
Nossa, até esqueci dele.
— No caso ele irá levar você, irei um pouco mais tarde para o hospital.
Bebo mais um pouco de café, assisto com certo prazer o exato momento que ela compreende as minhas palavras. Seus olhos se arregalam ao perceber que irá ficar sozinha com o Henrique.
— Safira!
— O que? — pergunto inocentemente.
— Não seja má. — Geme.
— Estou de licença.
— Mas irá visitar o Diogo — acusa.
— Ele irá receber alta a tarde, posso ir em qualquer horário visitá-lo. — Seguro o sorriso quando ela geme mais uma vez.
— Que péssima amiga — resmunga.
— Não sou. — Sorrio.
Um toque no seu celular nos interrompe, quando ela pega e lê algo nele suas bochechas se tornam vermelhas.
Jade corando? Isso é algo chocante.
— Ele está aqui embaixo.
— E você está esperando o que para descer? — provoco.
— Safira, tenho 24 anos e não sou uma adolescente em seu primeiro encontro.
— Hilário! — Solto uma risada, e se um olhar pudesse matar eu estaria caída no chão. — Você que está dizendo a palavra encontro. — Ergo meu braço bom em rendição.
— Engraçadinha. — Revira os olhos antes de seguir até o sofá para pegar sua bolsa. — Confesso, aquele homem é lindo demais para o seu próprio bem.
— Nisso eu tenho que concordar.
— Diogo iria amar escutar isso.
— Não sou cega — replico. — Henrique pode ser bonito, mas aquele moreno prendeu a minha atenção de jeito. — Solto um suspiro.
— Olha ela! —Se aproxima e beija minha bochecha. — Irá ficar bem?
— Sim, não se preocupe. Daqui a pouco tomarei outra dose da medicação, tentarei dormir mais um pouco antes de ir para o hospital.
Ao notar a verdade em minhas palavras ela beija minha bochecha mais uma vez antes de sair do apartamento. Quando escuto ela trancar a porta, levanto rápido e caminho até a janela. Tenho em mente que é feio espionar, mas não me aguento. Ao abrir uma pequena fresta da cortina encontro o Henrique encostado contra seu carro em toda sua glória masculina.
— Nossa, esse homem parece um modelo.
Um sorriso se forma em meus lábios quando Jade surge e ele beija sua bochecha quando está próxima, posso estar um pouco longe, mas tenho a certeza que minha irmã deve estar corada. Ele abre a porta do carro para ela, quando fecha a porta, noto um sorriso discreto em seus lábios.
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Uma Chance para Amar (01) | ✓
Romance•| Irmãos McDemott - Livro 1 ➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), tortura explícita e palavras de baixo calão. ➜ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS | Não permito que façam adaptações ou a utilize para outros fins. O que fazer quan...
Capítulo • 29
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