18: Welcome to the jungle

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"Bem-vinda à selva. Nós a enfrentamos dia após dia. Se você a quiser você vai sangrar, Mas é o preço que você paga."
- Guns N'Roses

Cassy.

Cassy sentiu que vomitaria se fizesse aquilo novamente e seu corpo caiu no chão como se suas pernas não existissem. Ela não quis abrir os olhos, porque sabia que tudo só pioraria e que talvez viria então a terrível vertigem.

Odeio portais. Ela pensou, enojada.

- Ela está bem? – escutou a voz de Vick, a irmã mais nova de Max, a mesma que ela acreditou ser a namorada dele.

- Ela só não se acostumou. – Cassy escutou a voz de Max, antes do mesmo a segurar nos braços e leva-la para cima das próprias pernas dela.

Cassy abriu os olhos quando sentiu firmeza em suas pernas, mas elas ainda estavam trêmulas e seus os olhos estavam ardendo. Ela queria dormir, descansar e que tudo isso desse certo. Estava lidando com uma coisa que não tinha explicações, uma parte dela recebia cada informação de uma forma excitante e controlada, já sua outra parte recebia cada nova informação com medo e descrença. Essa confusão era o que mais a deixava louca.

Louca. Pensou, curiosa. Talvez, ela acreditou, se tomasse seus remédios, ela acordaria daquele pesadelo. Suspirou quando notou estar sem sua bolsa. Precisava dos remédios, além disso, sua dor de cabeça estava aumentando.

Ela limpou uma gota de suor quando se movimentou perto de Max. Ele estava rígido, olhando para frente de uma extensa parede daquela rua vazia. Cassy também olhou para a parede e sem entender ela soube: seu irmão estava perto.

- Jake... – ela deu um passo para frente, quando Max a impediu.

- Espere. É perigoso. – ele falou, preocupado.

- Eu vou olhar em volta. – Vick disse, pisando delicadamente e sem fazer barulho algum.

- Ela irá sozinha? – Cassy sussurrou preocupada.

Max não reagiu – Vick é telepata, ela saberá quando alguém estiver por perto.

Cassy cruzou os braços, como se abraçasse a si mesma. Perto demais de toda aquela situação ela soube que aquilo era arriscado e Esther Vangere tinha razão. Vick e Max estavam se colocando em risco por causa de Cassy e Jake, pessoas que eles nem sequer conheciam. Cassy não queria negar a ajuda, não podia, por Jake, mas não conseguia se sentir bem de imaginar que algo de ruim poderia acontecer com aqueles dois por causa dela.

Quando o medo bateu em seu peito, ela apertou o colar e fechou seus olhos. Precisava que tudo desse certo e que ninguém saísse machucado.

Um barulho de carro a despertou. Ela olhou para trás, onde o carro de Maëlis estacionava um pouco distante de onde Cassy, Max e Vick saíram do tal redemoinho. Maëlis foi a primeira a descer do carro, mas não estava, como antes, no banco do motorista e sim no banco de trás.

Dois rapazes, idênticos, desceram da parte da frente e Maëlis deu a mão para o que vestia jaqueta. O outro estava apenas com uma camiseta vermelha como sangue, bem justa.

- Você os chamou? – Cassy sussurrou para Max.

Ele apenas acenou que sim, antes de responder:

- Raymond e Simon não perderiam uma briga.

Raymond, Simon e Maëlis se aproximaram dos dois.

- Cassy, - Maëlis falou – esses são Raymond e Simon. Vieram nos ajudar.

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