20° Mel?

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Olívia

Minha cabeça dói e não consigo enxergar muita coisa, aos poucos minha visão vai se acostumando a penumbra do recinto, estou em um ambiente sujo e fedorento, deitada em cima de um colchão velho com uma corrente presa ao tornozelo, tenho machucados nas pernas e nos braços, até pra respirar dói. Faço força para me levantar e sinto uma pontada no tornozelo em que está a corrente, pelo que percebo ele está com um tom meio roxo, meio esverdeado o que indica que faz uns três dias que estou aqui, e agora sinto as pontadas de dor um pouco mais fortes.

- feizi dodói moça!

Procuro ao redor e no lado esquerdo da sala de frente para mim ha uma menininha loira, ela está suja e com as roupas rasgadas.

- eu me chamo mel! Quem é você?- pergunta curiosa levantando e vindo se sentar ao meu lado, pois ao contrário de mim ela não está acorrentada, examino a mesma para averiguar seu estado, está com o rosto sujo os cabelos que antes eram loiros agora estão quase pretos.

- me chamo Olívia querida! Você está bem?- pergunto preocupada.

- só um pouquinho de fome, eles só me deixam comer uma veizinha tia Oli, acho que vou morrer de tanta fominha!- Rio de sua carinha que faz uma careta e as mãozinhas apertam a barriga.

- mel você sabe quem te pegou?

- foi a moça, ela diz que o meu papai não me ama, e que ele nunca mais vai vir me visitar igual fazia na casa da tia Sônia tia Oli isso é verdade? Eu não quero ser um incômodo pro meu papai, acho ele tão buito, parece os moços que eu via naquela tela grande, mas não quero mais ver ele se ele não quer me ver, você coinhece meu papai?- pergunta franzindo a pequena testa.

- não, meu amor não é verdade, seu pai te ama demais e vai vir te tirar daqui e sim eu conheço ele sim!

Escuto um barulho de passos, e alguns instantes depois a porta se abre revelando uma mulher alta, com rosto anguloso, cabelo e cara de vaca, Lídia está usando um vestido longo preto justo na cintura, que contrasta com o anel de noivado exageradamente Grande.

Quando a vê mel se aconchega em mim, como se ela se escondesse dela. percebo que ela teme a Lídia, e uma raiva descomunal me sobe ao pensar nas coisas que essa criança sofreu nas mãos dessa cobra.

- vejo que bela adormecida acordou, Clóvis bateu com um pouquinho mais de força que o necessário quando te pegou!- fala debochada.

- o que você quer de mim?

- quero você fora do meu caminho Olívia!

- eu não estou em seu caminho, é com você que ele vai casar!- exclamo.

- por que sequestrei a princesinha aí, eu tive tanto trabalho para ter esse casamento, e não é uma secretariazinha que vai me impedir!

- solte-nos sua maluca, Gael vira atrás de nós!

- quando ele as encontrar será tarde demais!

- do que é que você está falando? - perguntando em um gemido, pois Mel se aconchega em mim.

- vou vende-las, uns árabes precisam de escravas novas e me ofereceram uma boa quantidade de dinheiro pelas duas!- fala olhando para as unhas.

É louca só pode, além de sequestradora vai se envolver com tráfico humano.

- que remédio você parou de tomar querida Rivotril? Algum tarja preta? Por que só pode ser louca né!- falo rindo, mas com medo nos olhos.

- Félix, marreta.. levem elas!- faz um gesto com a mão e os dois brutamontes que estavam parados ali até então é eu não tinha sequer notado vem em minha direção e na de Melissa.

- não toquem nela imbecis!- grito, a protegendo o máximo que posso.

- não acha que te obedecerão acha?- ri Lídia.

Os homens riem junto com ela e se aproximam me agarrando com violência pelo cotovelo, e me pondo de pé em um solavanco, mel começa a chorar, e gritar por mim, sinto minhas entranhas se contraírem por medo, agarro um dos homens e chuto bem no meio de suas pernas, nesse momento ele me solta e eu caio gritando pela dor no tornozelo. Sinto uma pancada na cabeça e apago.

Gael

Andrew entra em minha sala com nossa equipe de segurança, todos os dez homens com uniformes completos e armas em punho, Scott está ao meu lado, e minha irmã também, ambos somos peritos em armas e lutamos algum estilo de luta, nossa organização tem cerca de duzentos homens altamente treinados e qualificados para o trabalho que fazem, defender a família Hamilton. A Scorpions foi fundada por nosso pai, e assim como a rede de empresas nós também a herdamos, Scott e eu dividimos a liderança dela, Rose é nossa garota de confiança ela é Franco atiradora, e uma das melhores que temos na equipe.

- certo homens, hoje faz três dias que minha filha e minha mulher foram sequestradas, as informações indicam que o grupo que as pegou trabalha no ramo ilegal do tráfico de mulheres, então temos cerca de três horas antes que elas sejam vendidas!- explico, expondo um mapa do cativeiro que conseguimos.- o local tem três entradas aqui, aqui, e aqui...- falo apontado para os locais no mapa.- e dois andares, no primeiro andar fica a sala de segurança deles, no segundo o local em que são colocadas as mulheres. Faremos uma entrada surpresa quero três homens em cada entrada, e vinte com cada um de nós!

- certo águia, tornado e o tempestade vão liderar as equipes que ficarão nas entradas, a ordem é de Matar qualquer homem que não seja dos nossos! - fala Scott

- quero a vaca da Lídia viva, ninguém encosta nela!- exclamo furioso.

- minha equipe ficará posicionada nessa parte do galpão, na porta dos fundos, seremos a primeira a entrar, seguidos por Gael e Scott!- fala rose apontado para a maior porta do galpão, a que dá diretamente na sala de segurança deles.

- esse pessoal não é brincadeira, então não os subestimem, olhos e ouvidos bem abertos!- digo.

- dispensados!- fala Scott.

Quando todos saem da sala, Scott se vira e me encara.

- sua mulher? Que eu saiba até três dias atrás você ia se casar com a Lídia Gael!- fala se sentando e cruzando os braços.

- vish briga de tostesterona! - fala rose rindo.

- não acho que isso seja da sua conta Scott!- falo revirando os olhos para o comentário de minha irmã.

- só não quero Olívia sofrendo, ela já passou por sofrimento demais!- fala levando e caminhando até a porta.- e se a fizer algum mal Gael, eu juro que te mato! - exclama e bate a porta ao sair.

- pelo visto você não é o único que vê Olívia de forma diferente meu querido irmão!- diz rose ao também sair pela porta.

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Meninas eu peço desculpas pela demora, e por ser um capítulo tão Curto, a verdade é que eu não fazia a menor ideia de como dar continuidade a este capítulo tentei por semanas e não obtive sucesso, então decidi que o melhor era postar esse pouco que eu já tinha.
Espero que gostem do capítulo, boa leitura minhas lindas ❤

O C.E.O irresistível -- livro 1 Chefes Indecentes ( completo )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora