- Que tal você apenas fechar a boca? - falei pra Mani.
- Que tal você apenas considerar a possibilidade dela gostar de você?
- Mani... - ela não me escutou e continuou falando.
- Cara, ela cuida de você como nunca cuidou de alguém antes, claro, do jeito dela - fez careta.
- Você fala como se ela fosse uma pessoa horrível - acabei rindo. - Ela é minha amiga. - okay, nem eu acreditava nisso, mas não custava despistar essa louca.
- Ata - revirei os olhos. - Vocês vão se ver hoje? - dei de ombros. - Porque daí você poderia dizer que não se importaria de dar pra ela - abri a boca incrédula e joguei meu estojo nela que riu.
- Você é doida! - acabei levantando.
- Lauren! - ela falou gritou rindo da minha cara de indignação e vindo atras de mim.
- Ouch! - reclamei quando choquei com algo.
- Jauregui - aquela voz deixou minha mente e corpo em alerta. - Deveria olhar pra frente - e de novo lá estava ela com um cigarro entre os dedos.
- E você deveria não se tão irritante - revirei os olhos e isso só a fez se divertir mais.
- Opa, atrapalhei o casal - Mano chegou sorrindo maliciosa. - Não se preocupem, já deixo vocês a sós - ela saiu rapidinho. Bufei.
- Ela está te irritando, né? - ela falou caminhando ao meu lado.
- Ela está tirando sarro da minha cara, isso sim
- Não dê bola - e eu a olhei.
- Estou nem aí - dei uma risada nasal.
- Então, você vai fazer alguma coisa mais tarde? - meu coração acelerou.
- Por que? - perguntei tentando soar desinteressada.
- Vai ter uma festa na minha fraternidade, queria que fosse - ela era direta, se quisesse falar algo, ela falava na lata. Não enrolava.
- Ahn... acho que não tenho nada - falei pensando se seria uma boa ideia. - Ok, eu vou - ela assentiu. - Maas, quero um favor seu - ela me olhou.
- Diga
- Pra terminar aquele trabalho, preciso tirar uma foto com a minha inspiração - ela acabou sorrindo e sabia que era uma desculpa.
- Ok, vá em frente - ela colocou o óculos escuros e se aproximou de mim e peguei rapidamente minha câmera
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- Deu, sua inspiração está aí - ela sorriu.
- Obrigada, Camz - acabou saindo do nada.
- Camz?
- Um apelido - dei de ombros tentando não fazer grande coisa.
- Suponho que deveria te dar um apelido também?
- Se você quiser... meus amigos e família me chamam de Lolo - ela riu.
- Isso é fresco demais - lhe bati. - Eu posso arrumar um melhor
- Duvido - ela cerrou os olhos em minha direção e sorriu. - Nunca duvide de mim, Jauregui - ela ficou frente à frente comigo, nossos rostos próximos e sua respiração batia no meu rosto. Seu hálito era de menta e ela tinha cheiro de cigarro.
- Tudo bem, até ela noite você terá que criar um apelido pra mim - lhe empurrei e continuei andando com ela atrás.
- Sério isso? Isso é ridículo - ela bufou me fazendo rir.
- Ué, a bad girl da faculdade não consegue criar um simples apelido? - zombei.
- Não me teste
- Então crie - ri de sua cara. - Camz - ela deu um sim nasal após sentarmos em um banco lado a lado. - Não doeu fazer tantas assim? - falei levantando sua camiseta nos braços para ver as tatuagens.
- Depois que fiz a primeira me acostumei - dei de ombros. - Não dói tanto assim
- Eu queria fazer uma - ela me olhou.
- O que gostaria de fazer?
- Uma libélula na nuca - ela pareceu surpresa.
- Por que?
- Eu acho que tem haver com a minha avó - dei de ombros. - Ela gostava de libélulas e isso me faz lembrar dela
- É um gesto bonito de se lembrar de uma pessoa para sempre. Libélulas tem vários significados nas culturas mas a que mais me cativa é o fato de que ela pode ser considerada renovação, coragem, e as vezes representa maturidade e amor - acabei sorrindo com sua fala e ela acariciava meus braços. Ela passou suas mãos pelo meu corpo mas de uma maneira maliciosa e sim como se estivesse me conhecendo por fora, me admirando, seu olhar transmitia carinho.
- Você é linda, Lauren - ela falou baixo se aproximando.
- Você é mais - ela acabou sorrindo.
- Quis dizer que você é linda, tanto por dentro como por fora, é impossível alguém não gostar de você - falou levando sua mão até meu rosto.
- Existem várias que não gostam de mim - acabei rindo.
- Então são consideradas idiotas para mim
- Por que você não me beija de uma vez? - perguntei cansada dela me enrolar e ela apenas sorriu.
- Não quero que ache que quero me aproveitar de você
- Não acho isso
- Então espere a hora certa - bufei.
- Sério? Se você não quer apenas diga - tentei sair mas ela me segurou e nossos olhares estavam presos um no outro.
- Acredite, eu quero fazer isso desde que eu te conheci - arqueei as sobrancelhas. - Ia dar uma impressão errada chegar e te beijar sem ao mesmo saber seu nome - acabei rindo.
- Tem razão, eu ia te dar um fora de fosse uma babaca
- Tenho certeza disso - ela colou nossas testes e ficamos assim por um tempo. - Você vai à festa comigo? - assenti meio perdida.
- Você vai me buscar? - perguntei quase num sussurro.
- Claro - ela acabou beijando o canto da minha boca e meu coração acelerou. - Acho melhor você ir agora, Mani está quase arrancando os cabelos nos olhando - olhei pro lado e mais pra frente ela estava com namorada quase pirando.
- Não quero nem pensar no surto que ela vai dar - ela gargalhou. - Culpa sua, Cabello
- O que aconteceu com o Camz? - corei.- Eu tenho que ir - ela levantou e isso me deixou desesperada.
- Nos vemos mais tarde então? - ela assentiu.
- Se cuida, Lern - acabei rindo com seu apelido.
- Você foi rápida - ela sorriu e foi se afastando e me deixou lá que nem uma boba sorrindo. Tarde demais, ela me pegou de jeito
