Pokémon: O Lado Sombrio

Tamini, A Cidade Da Tentação

Dois dias de incessante caminhada e chegamos em Tamini, aquela era sim uma cidade muito bonita... e muito brilhante à noite. Assim que chegamos estava tarde, então decidimos nos hospedar em algum hotel para se alocar e logo depois, procurar por Denis. Depois de eu e Tabita perguntarmos a várias pessoas um hotel bom para ficar, nos recomendaram o Legendary Hotel. Era um hotel bonito, lustres e candelabros de ouro, papel de parede rústico. Algo bem estilo anos 1850 em pleno século 20. Fomos ao balcão do check-in e a atendente perguntou se seria um quarto para o casal, então meio sem jeito Tabita disse sim e eu disse não. Algo bem parecido com filmes românticos, um pouco constrangedor. Então para tentar consertar eu disse sim e por sua vez, Tabita disse não. Nos contradissemos duas vezes seguidas. No final nós pegamos um quarto de casal cujo número era...
— 2017, tome a chave do seu quarto e se divirtam! — disse a atendente do check-in. Estranhei um pouco com o porquê de ela ter dito "se divirtam" e não "tenha uma boa noite" ou algo do gênero.
No final eu deixei passar, já que não iríamos ficar lá. Ou eu achei que não iríamos ficar, porque ficamos sozinhos em um lugar onde ninguém vê nada. Claro que não fizemos nada, tudo bem crianças, eu e Tabita só tivemos uma longa conversa. Uma longa e deliciosa conversa sobre nossas capturas e o quão bons são nossos arremessos de bola. O "papo" estava tão bom que, na manhã seguinte, tivemos que fazer o check-out e sair procurando o Denis, antes que saíssemos da linha de novo.
Então procuramos, passamos pelos bares, hotéis, motéis e até casas de "jogos" (mais conhecidos como bordéis). Então Tabita olhou no horizonte e viu, aquela cidade tinha um Ginásio Pokémon, então a possibilidade de Denis estar naquele ginásio se tornou altíssima.
Corremos, literalmente, em direção a esse ginásio. Está certo que no meio do caminho paramos e nos beijamos, Tabita é tão boa nisso, sempre uma boca suave num beijo agradável. Éramos namorados àquele ponto, então podíamos. Chegando finalmente no ginásio, a porta estava aberta. Entramos e começamos a chamar pelo Denis. Logo eu pude ouvir uns sons de Eevee chamando, era minha Eevee. Eu senti tanta falta dela, então segui o som da voz da Eevee e cheguei até o banheiro masculino. Esse banheiro não era um banheiro comum, estava mais para aqueles banheiros enormes com passagens secretas em Hogwartz. (Já li Harry Potter a propósito, achei uma boa ficção...) Eu entrei e tirei Persian da bola, pedi a ele que me ajudasse a achar Eevee e Denis. Nos dividimos e começamos a procurar. No banheiro, não encontramos nada, ou quase nada. Persian tinha encontrado uma alavanca enorme dura de puxar. Seria isso uma passagem secreta? A resposta é sim.
Persian me chamou quando encontrou, então eu fui lá, puxei com toda a minha força e nós dois passamos para o outro lado da parede. Nesse momento vimos Eevee acorrentada por uma coleira de ferro, então eu corri até lá e fui tentar soltar Eevee. Foi muito assustador aquela cena, principalmente porque eu não consegui abrir a coleira. Persian então literalmente me empurrou e deu um ataque na coleira, esse a despedaçou e libertou Eevee. Só não contávamos com uma coisa, lá tinha um alarme, e esse disparou. Com isso, por impulso, recolhi meus pokémon e tentei correr até a alavanca de novo, mas dessa vez ela não ia.
Preocupada comigo, Tabita foi até o banheiro e encontrou, no mesmo lugar uma alavanca nas mesmas condições da que me fez entrar ali. Eu senti algo se mexer, então percebi. As alavancas ficavam do outro lado, não dando chance para que quem entrasse, pudesse sair. A não ser que outro alguém entre. Resumindo, eu fui para o lado de fora e Tabita ficou presa do outro lado.
Muito assustado e desolado em pensar que perderia minha namorada desse jeito. Até que me veio uma ideia tão estúpida que poderia dar certo. Então lancei Ho-oh e pedi que ele apertasse a alavanca. Um pássaro gigante com certeza daria conta de uma alavanca gigante, não é mesmo? Ele fez isso e a plataforma começou a girar. Então eu suguei ele de volta para a bola e a plataforma terminou seu giro. Tabita estava livre de novo e, de novo, demos um beijo de namorados com saudades depois de pensar que nunca mais se veriam.
Decidimos estudar aquela passagem, para ver o que tinha atrás dela e como poderíamos atravessa-la sem problemas. Mas isso vai ficar para outro capítulo. Até o próximo!