E mais falação e intromissão na minha vida, desloquei-me para fora do quintal, antes que Ricardo viesse falar e falar...

—Realmente, preciso acabar logo com isso. Ate sangue que não seja fresco esta me fazendo mal, este feitiço esta piorando.

LIZA

Ao terminar o meu banho, ouvi um barulho de passos em meu quarto,segurei o nó da toalha enrolada em meu corpo. O que Victor queria em meu quarto?

Os passos sumiram, abri levemente minha porta esperando ver sua silhueta, mas não tinha ninguém. Adentrei ao quarto e corri para fechar a sacada.


Acordei mais cedo, ouvi batidas na sacada, era Victor. Estou achando um absurdo, ele aparece quando quer, vai embora sem me dizer nada. Agora são seis em ponto, seis horas da manhã e ele esta me acordando, sem mais nem menos.

— Olha existe limites — Comecei falando   —Você entra e sai aqui, não me diz nada, nem se quer preocupa-se em me mandar uma mensagem, de sei la, bom dia, não te entendo Victor.

Parecia nem estar ouvindo o que eu dizia, só ficava olhando para parede sem ao menos respirar, cena absurdamente estranha.

  — Eu não sei o que esta acontecendo com o caso da Fabi, você conseguiu falar com o Ricardo —Ele permanecia me ignorando —Victor, esta me ouvindo?

Ele entrou no meu quarto e parou perto da cama olhando para cima, parecia procurar algo.

— Ontem você veio aqui super tarde, achei estranho, mas tudo bem, gosto da sua companhia, quando entrei no quarto ja não estava mais aqui.

Ele se virou para mim.

—Do que você esta falando?

—De você entrar e sair sem falar comigo, como ontem de noite.

—Liza, ontem eu não vim até seu quarto, estava com Ricardo.

—  Como não? Eu ouvi seus passos.

Ele se agachou perto da cômoda.

—Outro esteve no seu quarto, um vampiro, eu conheço esse cheiro.

  — Como assim? Outro quem?

Ele pegou um fio de cabelo do chão.

—Pacheco Oliveira?

  —  Quem? Victor eu não convidei ninguem para entrar. 

Ele segurou meu braço direito e respirou fundo.

  —  Eu preciso saber o que ela veio fazer aqui.

 Victor se direcionou para as escadas, indo em direção a porta, eu o segui, não ficarei sozinha em casa. Fomos ate a esquina de sua rua, ele acionou um botão em seus jogo de chaves, um carro soltou a luz dos faróis.

—  Victor, como tem outro vampiro entrando na minha casa?

—  Alguém convidou Elizabete.

   —  Impossível. 

Ele entrou no carro, eu entrei logo em seguida.

—  O que você quer aqui Liza?

—  Eu não vou ficar sozinha em casa, vou com você.

Ele baixou a cabeça e bufou.

—  Liza, ninguém virá atrás de você em plena luz do dia.

A Casa da Rua de TrásWhere stories live. Discover now