Chegamos por volta das dez horas da noite. Quando puis os pés no meu quarto lembrei-me imediatamente de Fabi e Victor, o meu vizinho irritante e ultimamente um pouco, mais só um pouco, agradável.
Fui ate a sacada, pensei em chama-lo, mas não era certo, provavelmente ele ja estava prestes a dormir ou coisa parecida. O seu quintal escuro, logo me fez entrar para o quarto, odiava aquela sensação de medo, em ficar sozinha observando as arvores inquietas.
Então entrei, fui para a cama, fechei os olhos relaxando, em questão de minutos ouvi meu nome, era Victor , corri para a sacada.
—Olá sumida! — Seu sorriso estava assustadoramente brilhante, sua boca se fechou me desligando do brilho.
—Oi!— Respondi calma.
—Você sumiu, eu não te vi — Disse enquanto observava a minha sacada.
—É. Eu sai com a minha mãe, fomos para Minas. — Disse com desdém, observando seus movimentos lentos.
—Hum. — Arfou em resposta — Interessante.
Ele se encostou na mesma arvore que sempre se encosta.
—E ai qual são as novidades?— Ele me perguntou.
—Bate papo agora? — Sorrimos, ele e eu.
— E você esta melhor? — Ele franziu sua testa, aparentemente preocupado.
—Precisamos falar sobre isso? — Por favor, diga que não!
—Não só comentei, é que...— Ele fugiu o olhar para os seus sapatos, não terminou a frase.
— O que Victor? — Incentivei ele a finalizar.
—Fiquei preocupado com você!— Por fim ele levantou seu rosto, com um sorriso largo, um olhar bobo, coçando o queixo, observando a minha reação.
Senti um frio correr pelos meus braços, fiquei arrepiada. Não estava realmente frio, foi a surpresa de ouvir da boca dele, que de fato, ele esteve preocupado comigo. Me pegou de surpresa.
—Preocupado? — Fugi os olhos para o topo das arvores de seu quintal. — Obrigado!
—Pelo o que?— Ele estava sorrindo, conseguia sentir isso na sua voz, mesmo não encarando-o.— Por eu ter me preocupado com você? — Eu me arrisquei em olha-lo, lá estava seu grande sorriso. — Que isso qualquer um iria se preocupar com a vizinha — E era minha vez de sorrir. — Não é tão comum ter preocupação com vizinhos, em uma vizinhança onde mal se vê os moradores.
Ri junto a ele.
—Não é serio Victor, muito obrigado por se preocupar comigo. — Agradeci verdadeiramente, enquanto memórias de Victor me ajudando na frente do Aurélio preenchiam a minha mente.
—Ce n'était rien. — Disse com olhar vazio e com sua voz rouca, de todos os dias.
—Como? — Ué, Victor acabará de me xingar?
—Não foi nada—sorrindo ele explica— Frances Liza, lembrei de algo e respondi em Frances sem perceber, desculpe-me.
—Ah! — Arfei — Então você fala Frances? — Estava completamente surpresa.
—Qual é o problema?
—Nada ué. Só estou surpresa.
Ele começou a mexer em seu bracelete, em fim estávamos sem assunto.
—Que horas devem ser? — Perguntei, tirando-o de seus pensamentos.
Ele olhou para o céu e voltou olhando para sua mão.
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A Casa da Rua de Trás
VampireElizabete está finalmente voltando para sua cidade natal a qual ela é inteiramente apaixonada, São Paulo, onde tem um lindo namorado, e local onde pretende terminar o ensino médio. Na rua de trás de onde mora existe uma casa que lhe causa arrepios...