SALVA PELO GONGO (Obrigada pelo 1k)

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LIZA

Cheguei em casa e fui assistir televisão, nem consigo saber o que esta passando, cabeça em outro lugar chamado Marcos. Isso não vai passar?  

Rapidamente deu a hora de o Idinho chegar.

— Oi Liza. — Sua voz animada me retirou do tédio do programa.

Olhei para ele.

— Oi. — Respondi com um pequeno sorriso.

— Bem. — Ele se sentou do meu lado — Sua mãe pediu para mim te avisar que ela vai chegar um pouco mais tarde. — Percebi que Idinho estava sem graça, talvez, por ele me dar a noticia.

— É. Eu já suspeitava. — Suspeitava mesmo, já estava acostumada com os horários malucos de minha mãe.

— É. O caso parece estar um pouco complicado. — Ele me olhou brevemente. Eu sabia que Idinho não gostava de ficar sem a minha mãe. Senti um pouco de pena, seus olhos brilhando para a televisão, vire e mexe observando a tela do celular, afim de ver se a hora passava mais rápida. Calma ela logo chega. 

Se passou dez minutos e ele se cansou, bocejou e subiu para o quarto, desliguei a TV e fui para o meu, peguei o meu livro e fiquei lendo, depois de umas dez paginas acabei cansando, tentei achar alguma coisa para fazer, minha vida era uma verdadeira chatice sem meu computador, fui para a varanda e me lembrei do Victor insuportável. Supliquei em pensamento que ele não estivesse em seu quintal, e graças a Deus, quintal vazio.

Fiquei um tempinho na varanda, mas com o quintal ficando mais escuro, fiquei com um pouco de medo e voltei para o quarto, estava um calor do inferno e eu que pensei que iria esfriar, o ar condicionado não estava pegando, resolvi fazer uma faxina no meu quarto, tirei um monte de coisa que não queria mais. Depois liguei para a Fabi, ficamos conversando até minha mãe chegar.

Jantei, e assisti a um filme de romance, que tristeza pouca é bobagem.

Minha mãe só assistiu ate a metade, ela parecia estar muito cansada.

— Vou dormir, e você já sobe pro seu quarto. — Ela subiu já brigando com o Idinho — Higor, por que não me lembrou do ar condicionado? — Fechou a porta e o som se abafou. Desliguei a TV e voltei para o meu quarto, me revirei na cama e o calor não passava. Tomei um banho. Voltei para o quarto, demorei muito para dormir. 

Acordei de manhã morrendo de calor, parecia que estava mais quente.

Tomei uma ducha e me aprontei para a escola.

Chegando na escola não olhei para os lados só andei rapidamente para a sala de aula de aula.

Antes que me sentasse à víbora, vulgo Dani, veio tirar satisfação.

— Você é surda ou burra? — Lá estava ela parada em frente a minha carteira, com a ponta de seus cabelos vermelhos batendo na capa do meu caderno, batendo um dos pés no chão.

— Como é que é? — Deus do céu, da terra, da natureza, dai-me paciência.

— É isso mesmo. Você não ouviu eu te falar que não queria você perto do Marcos?

— Do que você esta falando? — Percorreu rapidamente a hipótese de que ela estava falando do meu breve encontro na saída com ele, mas, impossível que Marcos tinha comentado algo. Ele não poderia ser tão sem noção.

— Não se faz de louca, to falando da sua carta!

Carta? Que carta? Ou não, minha carta! Será?

A Casa da Rua de TrásOnde as histórias ganham vida. Descobre agora