VOLTANDO A ROTINA

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FABI

A professora estava alegre com a presença de Liza, as meninas não, e isso logo era percebido por seus olhares, a melhor da turma estava de volta!

—Liza, por favor, me diga que vai participar da apresentação. — A professora estava extremamente esperançosa com a volta de Liza.

Ela abaixou a cabeça e coçou um dos braços, ela deveria estar fazendo suspense?

—Infelizmente não. — Respondeu Liza ainda com a cabeça baixa.

O que? Olhei para o lado e o rosto das meninas brilharam.

—Ta louca Liza? — Indaguei.

— Fabi, eu não sinto mais vontade de dançar, me desculpe professora. — Ela me fitou sem graça.

Ela saiu para fora, eu a segui quando já estava saindo da porta a professora segurou meu braço.

—Por favor. Convença ela, Fabi.

Concordei e prossegui atras de Liza.

LIZA

Eu não iria conseguir dançar novamente, estava sem jeito.

—Liza espera. —Olhei para Fabi que vinha correndo.

—A Liza, como assim você não quer mais dançar?

Virei-me para a rua.

—Deixa o tempo passar um pouco, depois eu vejo, não se preocupe comigo, se preocupe com sua apresentação.

Ela sorriu e me deu um beijo no rosto.

—Vamos comer um lanche na tia Cida?

—Ainda existe a tia Cida?—  Fazia muito tempo que não vistava a lanchonete da Tia Cida. 

Ela sorriu e me puxou sorridente.

VICTOR

Estou começando a me irritar com essa história, minha cabeça não para de doer e todo esse drama já me encheu. Preciso sair e não posso, que inferno! E desde quando o sol tem algum problema comigo? São Paulo é muito abafado, minha pele esta pinicando, desde que busquei-a na frente do colégio. 

Preciso achar, entregar para as malditas. Quebrar esse elo. 

LIZA

Subi para o quarto e fui tomar um grande e longo banho, quando já estava pronta me deitei. Havia sido um dia cansativo e de fortes emoções e por isso não demorei muito e acabei cochilando. 

Meu celular tocava estridente, procurei com os olhos fechados, atendi ainda sonolenta.

—Victor e Liza, dois lindos. — Fabi gritou do outro lado.

—Fabi, eu vou te matar! Eu já estava dormindo.

—Ai Liza, que lindo. Ele preparando o almoço.

Sorri lembrando à tarde de hoje. Victor tinha sido muito legal, ate sorriu. Aquele palhaço.

—E o Carlinhos, esta bem?

Pude ouvir o alivio em sua voz, provavelmente eles já tinham se acertado.

—Esta sim. Estou tentando o fazer aprender a dançar samba.

Não pude evitar uma curta risada.

—Ele deve esta adorando.

Ouvi uma voz nos fundos "A gente poderia tirar a roupa de uma vez?".

—Opa, o clima esta esquentando?

Fabi riu.

—Você esta melhor?

—Bem — me arrumei na cama — Estou!

—Vai dar certo, pode ter certeza.

Sorri e me senti bem de ouvi-la dizer aquilo com tanta certeza.

—Olha, vou voltar aqui com o Carlos, amanhã a gente se fala.

—Tudo bem.

Ela desligou o telefone, levantei e fui ate a cozinha olhar a geladeira, Inferno, não havia nada para comer de gostoso.

Voltei para cama, me ajeitei e cochilei novamente.

Quando era de madrugada ouvi alguém na sacada dei uma olhada e... Era o Victor sentado perto da minha cama, eus olhos fluorescentes observando-me, tomei um grande susto, limpei os olhos e voltei a olhar, preparada para gritar, quando os abri já não estava lá. 

Pesadelo! Graças a deus era sábado e não tinha aula, e não ia ser necessário enfrentar a humilhação que o mijão do marcos tinha me feito passar, e estranhamente ele não me parecia mais um príncipe e sim um grande idiota, hoje minha mãe tinha combinado de nós duas irmos para Minas buscar o meu computador, e outras papeladas que a gente tinha deixado lá.

Eu já estava pronta só esperando ela ligar o carro, e lá estávamos nos voltando a Minas, ela sorridente falando, descontraidamente sem parar do serviço.

********** Notas Finais da Autora

Queridos, espero que gostem desse pequeno capitulo. Em breve vou postar o próximo, não vou demorar tanto igual tinha feito esses dias. Amo cada comentário, cada visualização, e A CASA DA RUA DE TRÁS esta crescendo, vocês estão a alimentando com tanto carinho.

Obrigada de coração. 

Ate breve.

A Casa da Rua de TrásOnde as histórias ganham vida. Descobre agora