Capítulo 47 - Safira

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— Você é um libertino — passo por ele, mas não antes que o mesmo impeça meu caminho.

— Libertino? — seus lábios se curvam em um sorriso — Está lendo muitos livros anjo — beija meus lábios lentamente.

Apoio minhas mãos em seus ombros largos dando um leve aperto, seus braços enlaçam minha cintura trazendo meu corpo de encontro ao seu.

— Mãe, pai — ouço a voz do Nicolas e nos afastamos.

Me viro para a porta e encontro meu menino olhando para nós envergonhado.

— Estamos prontos — avisa.

— Claro filho, eu e sua mãe iremos descer — diz Diogo com uma calma espetacular.

Quando Nicolas se retira do quarto coloco a mão no rosto envergonhada.

— Amor, isso é normal, logo será ele beijando sua mulher — provoca.

— Não ouvi nessa sua frase as meninas também beijando seus homens — arqueio uma sobrancelha.

— Ouviu certo, e isso só irá acontecer daqui uns trinta anos anjo — faz uma careta.

— Eu tenho vinte e três anos senhor McDemott — cruzo os braços e vejo o seu desespero.

— Um pequeno detalhe amor.

— Não pense que deixarei você prender as meninas — falo séria.

— Amor — resmunga.

— Não ouse fazer nada Diogo, elas merecem serem felizes e encontrar um amor igual o nosso — acaricio sua mandíbula — Elas não serão crianças para sempre, sei que deseja que sim, confesso que eu também desejo apenas para não as ver sofrer por amor ou com as maldades do mundo. Mas sempre estaremos ao seu lado Diogo, como pais e amigos.

— Sei que sim meu amor — beija meus lábios e acaricia meu rosto com admiração — Apenas não queria que sofressem, mas você está certa, elas encontrarão alguém que as ame igualmente ou até mais do que eu amo você. Eu te amo Safira Rothwell, em breve senhora McDemott.

— Em breve e sem algum pedido ainda — sorrio contra seus lábios.

— Mero detalhe — sinto seu sorriso.

— Igual o de namoro? — me afasto e quase rio da sua careta.

— Espere e irei te surpreender quando menos esperar — seus olhos se tornam indecifráveis.

[...]

— Esses enjoos que está sentindo é normal no primeiro trimestre, creio que você saiba disso querida — sorri Laura — Não me canso de repetir o mesmo para minhas pacientes enfermeiras, acho que algumas sentem vontade revirar os olhos.

— Laura os anos de faculdade somem com essa nova fase, eu mesma não me liguei aos meus sintomas — respondo com cumplicidade — Aceito de bom grado cada uma das suas instruções.

— Não gosto de ver meu anjo tão debilitada — resmunga Diogo.

— Amor isso é normal, a Laura acabou de confirmar — aperto sua mão e meus olhos percorrem seu rosto tenso.

Ele não está assim apenas pela a consulta, antes de sairmos ele teve que atender uma ligação, depois que voltou não estava mais aquele Diogo brincalhão, estava sério, mesmo que a todo custo tentava disfarçar sua tensão, eu sabia que a notícia que recebeu não era boa. Deixamos as crianças na casa da Eleonor e a mesma perguntou para o filho se estava tudo bem, ele logo desconversou, mas ela sabia que algo estava errado. Nos despedimos das crianças e viemos para o hospital em completo silêncio, tentei perguntar o que aconteceu, mas ele disse que mais tarde iríamos conversar em casa.

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