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— O quê? — sussurrou Ten de volta, ainda de olhos fechados, extasiado pelos lábios alheios.

— Esse é o meu pedido... Eu quero... Que seja meu namorado...

Ten não estava prestando muita atenção nas palavras de Taeyong, estava preocupado demais apreciando a sensação deliciosa de roçar seus lábios contra os dele, e de ter seus corpos próximos um do outro. Não podendo aguentar mais, o tailandês silenciou as palavras de Taeyong com mais um beijo, deitando-se por cima de seu corpo. O garoto logo acatou o beijo, colocando seus braços ao redor de seu pescoço, num ósculo lento e excitante, que ambos adoravam. Lentamente, Ten direcionou suas mãos até a barra da camisa de Taeyong, a puxando para cima lentamente a fim de tirá-la. O garoto de cabelos rosados sorria entre o beijo, um sorriso verdadeiramente feliz e lindo, que fez com que Ten sorrisse de volta, e retirasse sua camisa também. O tailandês deixou um último beijo nos lábios cheios de Taeyong, para voltar a sua atenção para seu pescoço macio e deliciosamente branco do mesmo, começando a distribuir leves beijos pela região. A cada toque dos lábios de Ten, ele podia ouvir os suspiros sôfregos de Taeyong, que eram como música para seus ouvidos, e não podia evitar de sorrir. De repente, Taeyong deu um pequeno tapa em suas costas, e saiu debaixo de seu corpo.

— Tem alguém vindo! — sussurrou, vestindo sua blusa.

Rapidamente Ten tentou ajeitar seus cabelos bagunçados por Taeyong e vestiu sua blusa. Antes que seu pai abrisse a porta, pegou um caderno de sua mochila e fingiu mostrar algo ao garoto.

— Ten? Posso entrar? — perguntou seu pai, abrindo a porta lentamente.

— Claro pai, pode entrar.

— Sua madrasta pediu para perguntar se seu amigo vai ficar para o jantar, ela quer cozinhar algo diferente hoje.

Ten olhou para Taeyong de soslaio, e viu o garoto sorrir com a oferta.

— Fico sim, vai ser um prazer. Aliás, meu nome é Taeyong, senhor — respondeu, com um sorriso simpático.

— Ótimo! Então vocês poderiam ir ao mercado para mim? Não vai demorar muito, prometo.

— Vamos sim, só um minuto.

— Obrigada, Ten. Foi um prazer Taeyong.

— O prazer foi todo meu.

Assim que seu pai saiu, Ten deu um tapa no ombro de Taeyong, com uma expressão séria em seu rosto.

— Que história é essa de jantar aqui? Ficou maluco? — perguntou.

— Eu estou com fome, e minha casa fica longe daqui pra esperar por tanto tempo pra comer. Fora que gosto de passar um tempinho com você, docinho — respondeu Taeyong, dando uma piscadela. — Podemos continuar onde estávamos?

— Mas não mesmo.



— Já pegou os tomates?

— Já falei que sim, estou procurando pimenta.

— Ela pediu pimenta?

— Pediu, se você tivesse prestado atenção e anotado o que ela disse teria se lembrado, docinho.

— Você é insuportável.

— E você gosta.

Ten revirou os olhos pela décima vez só naquele supermercado, o que arrancou um riso abafado de Taeyong. Só faltavam mais alguns produtos para pegarem, e Ten já estava subindo pelas paredes com as provocações de Taeyong, mal podia esperar para saírem de lá para que o maldito jantar acontecesse e Taeyong fosse embora o mais rápido possível.

— Espera! Eu vou pegar mais uma coisa! — disse Taeyong, enquanto eles iam para o caixa.

— Só não demore!

Enquanto Ten passava as compras pelo caixa, Taeyong foi buscar uma caixinha de cerejas que estava na promoção. Quando o tailandês viu as frutinhas em sua mão, fez uma careta tentando lembrar se sua madrasta as havia pedido.

— Elas vão ser a nossa sobremesa, só pra nós dois — disse Taeyong, explicando. — Não se preocupe, vou pagar com o meu dinheiro.

— Odeio essas suas surpresas, Lee Taeyong.



Tudo havia ocorrido perfeitamente no jantar. Taeyong foi muito bem educado, mantendo uma conversa agradável com os pais de Ten e quase o ignorando por completo. Não fez nenhuma gracinha, não insinuou nada e afirmou que ambos eram apenas bons amigos. Ten sabia que aquilo era só uma faixada, mas não deixou de ficar aliviado ao ver que pelo menos na frente de seus pais Taeyong o respeitava. Depois do jantar, Taeyong ajudou com a louça e com a mesa, sempre mantendo um sorriso no rosto e uma conversa animada. Sua madrasta acabou perguntando se Taeyong não gostaria de dormir ali mesmo, já que eram mais de onze da noite, e para desespero de Ten, ele havia aceitado mais uma vez. Sicheng ainda não havia chegado, então Ten estava vulnerável mais uma vez.

— Da última vez que você ficou aqui, as coisas não deram muito certo, lembra? — disse Ten, arrumando o colchão de solteiro ao lado de sua cama, onde Taeyong aparentemente dormiria.

— Deram sim, acabamos aos beijos no chuveiro. Se seus pais não estivessem aqui, eu adoraria repetir a dose — respondeu Taeyong, rindo. — Vou pegar as cerejas, você quer?

— É o mínimo que você pode fazer.

Taeyong pegou as cerejas que estavam em sua mochila e as levou até a cama de Ten, onde o mesmo se encontrava sentado. O tailandês nunca vira ninguém tão feliz por comer alguma fruta como vira Taeyong comendo cerejas. Ele parecia uma verdadeira criança, mastigando as frutinhas com um largo sorriso no rosto, lambuzando sua boca e seus dedos. Ten sorriu levemente vendo a cena, vendo o quanto Taeyong podia ser agradável quando queria.

— Então? Você aceita?

— O quê?

— Ser meu namorado.

— Que história é essa, Taeyong? — perguntou Ten, pegando uma das últimas cerejas da caixa.

— É o meu pedido, lembra? Eu quero namorar com você — respondeu Taeyong, limpando seus dedos, aparentemente envergonhado.

— Você não estava falando sério.

— Eu já disse Ten, eu não brinco quando se trata de você. Poxa, é tão difícil assim aceitar que eu gosto de você?

As palavras de Taeyong atingiram Ten com um soco certeiro em seu estômago. Em todo esse tempo, ele não podia acreditar que Taeyong realmente nutrisse algum tipo de sentimento para com ele, aliás, ele não conseguia aceitar aquilo. Mas com Taeyong ali, dizendo aquilo na sua frente, mudava toda a situação.

— Taeyong, eu não...

Ten foi interrompido por seu celular, com uma ligação de Sicheng. O garoto suspirou e atendeu, irritado por ter sido interrompido.

— Hyung? Pode vir me buscar? Eu acho que... Yuta não está passando muito bem.

cherry bomb - lty. + tcp.Where stories live. Discover now