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— Ele está olhando novamente.

— Pare de encará-lo!

— Mas ele fica olhando o tempo inteiro!

— Problema dele.

— Ten, ele está vindo para cá.

— Puta merda.

Ten suspirou, tomando um pouco de seu refrigerante pelo canudo. Ao seu lado, Sicheng mordia seu pedaço de pizza nervosamente, devorando tudo em poucos segundos, observando Lee Taeyong se aproximar da mesa.

— Poxa Ten, por que não me cumprimentou hoje? Pensei que éramos amigos.

— Vai se foder, Taeyong — retrucou Ten, pegando sua bolsa. — Não somos amigos, nunca vamos ser.

— Pensei que depois de ontem, você iria amolecer seu coração e dar uma chance para mim — respondeu Taeyong, massageando os ombros do tailandês. — Você tem uma boquinha tão gostosa...

— Aquilo foi um grande erro, que eu não gostaria de relembrar agora. Vamos, Sicheng.

— Quer repetir a dose hoje mais tarde?

— Nem fodendo.

Ten se levantou da mesa rapidamente, seguido por Sicheng, que andava a passos rápidos enquanto sugava o líquido doce da sua caixinha de suco. Taeyong observou Ten sair do refeitório, olhando para aquela bunda maravilhosa que desejava a tanto tempo. O garoto era teimoso demais, tinha que admitir, mas Taeyong não era daqueles que desistia fácil.

— Vocês só se beijaram, certo? — perguntou Sicheng. — Porque do jeito que ele disse...

— Foram só beijos, confie em mim. Eu nunca faria uma coisa dessas com o idiota do Lee. E você — Ten se virou para Sicheng, apontando o dedo. — Fique longe do amiguinho dele, está me ouvindo? Se mantenha puro e inocente até achar alguém que valha a pena, vai por mim.

— Até parece que você é o meu pai.

— Mas sou seu irmão, então, me obedeça.

Sicheng bufou, batendo os pés no chão e segurando a alça de sua mochila. Ten riu da atitude do irmão, e bagunçou seus cabelos, o que o deixou ainda mais irritado. Ele adorava provocar Sicheng, pois ele era fofo até mesmo com raiva.

— Yuta é fofo, apesar de não parecer — replicou Sicheng. — Mas não se preocupe, não quero nada com ele.

Ten sorriu, passando seu braço ao redor do irmão, o abraçando. Ele sempre protegia Sicheng de tudo e de todos, pois sabia o quanto o garoto era frágil e sensível, e se esforçava muito para ser o melhor irmão possível.

— Vá para a sua aula, você vai se atrasar — disse Sicheng, empurrando Ten ao ver Yuta passar.

— Não quero nada com ele — respondeu, imitando a voz do irmão. — Estou vendo o seu desinteresse.

Sicheng mostrou a língua para Ten, e correu até seu armário, para fingir que estava sozinho. Ten soltou uma risada baixa, e seguiu para a sua aula de história. Durante o caminho, viu Taeyong entrar em uma das salas, andando calmamente enquanto desfrutava de um de seus tão conhecidos pirulitos sabor cereja. Os cabelos recém pintados de rosa estavam bagunçados e suas roupas largas pendiam de seu corpo. Ten o viu piscar em sua direção, enquanto seu professor gritava atrás de si para que ele não se atrasasse, e rolou os olhos.

Ele sabia muito bem que o garoto não sairia de sua vida por um bom tempo. E aquilo estava o dando nos nervos.

cherry bomb - lty. + tcp.Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum