— Tudo bem pai. – sorrio pra ele e saímos.

Caminhamos até onde o carro de seus pais está parado, Edu começou a fazer aulas para tirar carteira de habilitação dois dias depois que fez dezoito anos e passou com maestria, acho que é a única coisa que ele sempre se gaba para os amigos que são mais novos, que ele pode dirigir um carro.

— Seus pais deixaram você pegar o carro pra sair comigo?

— Claro! Você não iria andar de Uber no dia do seu aniversário. – fala abrindo a porta e fazendo uma reverencia toda exagerada.

— Como você é idiota. – bato em seu braço antes de entrar no carro.

— E como você não pode escolher aonde vamos, te deixo escolher a musica. – brinca antes de dar partida no carro.

— Só se você cantar comigo. – sorrio quando Britney Spears começa a tocar.

— Você não sabe brincar. – me encara com os olhos serrados, mas vejo diversão neles.

— Vai Edu! Oh Baby Baby... – começo a cantar e ele sorri me acompanhando.

— Se você contar isso pra alguém eu mato você. – diz rindo enquanto eu começo a dançar.

Durante todo o caminho cantamos músicas e rimos falando sobre coisas divertidas, a minha amizade com Edu é leve e não temos filtros, falamos sobre qualquer assunto sem problema nenhum. Quando ele para o carro no estacionamento da La Fênix, meus olhos quase saltam do rosto, porque é uma das boates que mais comentei com ele que gostaria de ir, mas por ser menor de idade não era permitido.

— Não acredito! – olho para ele com as mãos na boca.

— A aniversariante merece. – ele pisca pra mim.

— Como vamos entrar? Quer dizer, como eu vou entrar? – admiro a fachada encantada.

— Digamos que tenho uma amiga que me deve um favor. – ele sai do carro e abre a porta pra mim.

— Você conhece alguém que trabalha aqui? – saio do carro e caminho ao seu lado até a porta.

— Sou amigo da Ester – ele fala para o segurança, que sorri e abre caminho para nós.

— Quem é Ester?! – falo mais alto devido ao som alto.

— Ela mora na minha rua e esses dias minha mãe conversou com a mãe dela e eu acabei escutando sobre a La
Fênix, daí você segue o roteiro. – dá de ombros.

— O típico "conheço um cara que é amigo de um cara". – brinco e ele concorda.

— Vem, vamos pegar algo pra beber. – me puxa pela mão indo até o bar.

Pegamos uma garrafa de Ice e dois energéticos, Edu por estar dirigindo pede também uma coca cola, mostrando sua identidade para o barman que olha e sorri, depois me olha e eu apenas pego o refrigerante da mão do Edu e mostro a ele, então ele acena e volta a atender outras pessoas. Caminhamos para uma mesinha alta do outro lado da pista de dança e colocamos nossas bebidas sobre ela, enquanto eu já começo a me movimentar no ritmo da musica.

Não sou muito de beber, mas acabo tomando duas garrafas de Ice e os energéticos, enquanto Edu fica só na coca cola. Dançamos e cantamos a maioria das músicas que o DJ toca, Edu fica ao meu lado e ao mesmo tempo olha para tudo a sua volta, no início penso que ele esta procurando alguém, até que percebo que na verdade ele está vigiando quem olha pra mim e começo a rir.

— Não precisa ser meu pai Edu. Já sei me defender. – me apoio em seu ombro e falo alto pra que ele me escute.

— Eu sei disso, mas a maioria dos caras não. – continua olhando ao redor.

Melodia do AmorWhere stories live. Discover now