As tão merecidas férias de Natal, uma das épocas mais bonitas para mim, pois a família reunia-se.
Chegavam familiares da Itália, os pais e irmãos do meu pai. Assim como os pais e irmãs da minha mãe, apesar de serem noruegueses, eram de longe. Apenas os víamos nas férias.
Tanto de Natal, como a Páscoa e Verão, às vezes até em aniversários.
Contudo, éramos próximos. Três vezes ou mais por semana, passavam horas a falar ao telemóvel. Trocavam presentes entre eles várias vezes.
O pior das férias, eram as notas.
Sofria por antecipação, visto que tinha baixado nos testes. A segunda ronda foi bastante difícil para mim.
Não me conseguia concentrar nos estudos, devido à pressão constante do meu pai por causa de Connor. Após ter contado o que aconteceu, insistiu todos os dias para fazer queixa.
Para além de começar a controlar mais as minhas saídas de casa.
Começava a sufocar.
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- Sim! - Tomei a iniciativa. - Os meus pais chegam tarde, portanto podem vir jantar comigo.
Encarei a Eva um tanto matreira, pois o Jonas também ia jantar.
A rapariga riu-se, aceitando o convite, tal como as restantes quatro. Sem saber a resposta delas, avisei os meus pais e a minha irmã de manhã.
Fazíamos quase sempre o jantar e o pré-festa em casa da Eva, desta vez, fui quem tomou iniciativa. Nunca as tinha convidado para nada, sendo convidada para tudo o que faziam.
- Mas essa relação avança ou não?
Decidi perguntar-lhe diretamente, pois queria saber a sua versão.
- É complicado... Trai o Jonas com um dos melhores amigos dele agora... Não deve ser fácil para ele.
- Sim, foi uma situação péssima.
- Lembro-me de me ter ligado a contar, custou-me a acreditar.
- Estava vulnerável, pensei que tivesse estado com a Ingrid. Quando percebi as coisas, senti-me tão mal. Para além do Chris ter namorada!
Levou aos mãos ao rosto, ao relembrar o que aconteceu há dois anos. As coisas mudaram imenso.
- Se ele não conseguir confiar em mim, vou ter que compreender.
- Ele gosta de ti, é óbvio.
- Ás vezes o gostar não basta Chris. É preciso muito mais. - Murmurei baixo, encarando a rapariga. - Uma relação à base do gostar não aguenta.
- Sim, não digo o contrário. É algo que a Eva vai ter que reconstruir. - Assenti, concordando.
- Já estiverem mais longe de voltar um para o outro, não é impossível. Tenho a certeza que vais conseguir conquista-lo, só precisas de calma.
- Ontem tivemos mais íntimos, mesmo com alguma insegurança.
- Envolveram-se?
- Não dessa forma Sana. Senti-me tão bem, não imaginam. - Sorriu. - E notei que ele também.
Sinceramente, estava bastante feliz por eles. Mereciam-se.
Ao fim de longos minutos, saímos do restaurante perto da escola. Antes de ir para casa, ainda passei pelo mercado e fiz algumas compras. Sem saber o que levar, liguei a Jonas.
Perguntei-lhe se tencionava convidar os rapazes para jantar. Confirmou, pois a Magna ia sair. Um voto de confiança por parte dos nossos pais.
Acabei por comprar pizzas, massas, carnes e saladas. Podíamos fazer tanto churrasco, como saladas frias.
Era para todos os gostos.
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Acabei de saber que o Jonas convidou os rapazes. Agradeço que não me deixem a fazer de vela
Convida o Yousef Sana, sei que és fiel e não me abandonas
Guardei o telemóvel.
Após pagar as compras, voltei para o carro e conduzi para casa. O Jonas saiu para me ajudar.
Quando comecei a adiantar algumas coisas, é que comecei a pensar no facto de receber os rapazes. O Chris passou-me pela mente. Não voltamos a falar, a indiferença era imensa.
Passamos de zero a dez e rapidamente voltamos para o zero.
