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Noruega, 18 de novembro
Vénus

Noruega, 18 de novembro• Vénus

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[11:30pm]

Suspirei de alívio.

Apressei-me a sair do carro, deixando o mesmo mal estacionado, ao encontrar a minha irmã e o Chris.

Estavam ambos no chão, Chris sentado e a minha irmã adormecida, apoiada na perna do rapaz, fazendo-a de almofada, o que era muito estranho.

Porém, não deixei de me sentir aliviada por estar bem. E segura.

- Onde é que a encontraste?

- Na discoteca. - Apontou para o outro lado da rua. - Está perdida de bêbeda, o Francis é que a encontrou.

- Obrigada Chris. - Sentei-me perto do moreno, também no chão.

- Não tens que agradecer.

Voltei a passar as mãos pelos cabelos, sem desviar o olhar da Magna. Percebi, pelas marcas do rímel pelo rosto, que a rapariga tinha chorado. Senti que parte da culpa era minha.

Nunca devia de ter deixado a minha irma embarcar nesta aventura sozinha, a escola afetava a maioria dos alunos ao ponto de os mudar.

Sentia que tinha acontecido isso com a Magna, pois deixou de ser a miúda que me ligava todas as noites.

E todos os dias, a todo o instante.

- Vénus? - Encarei o Chris, sentindo as minhas bochechas húmidas.

- Não sei o que fazer. Desde que voltei de Londres que não me encaixo aqui. É como se tivesse falhado com ela. Parece que não a conheço Chris! Sinto-me tão culpada, não imaginas.

- É uma fase. Tu já a tiveste, tal como eu. A Magna precisa de a ter, é a forma que se encontra para crescer.

- Com bebedeiras? Revoltas? Nunca fui assim! Não quero que ela seja. Devia de ter estado aqui, acompanhado tudo. Eu falhei como irmã.

- Os teus pais falharam como pais?

Encolhi os ombros, acabando por negar a sua pergunta depois.

- E sempre estiveram por perto. A culpa não é deles e muito menos tua. É somente da tua irmã.

- Não sei se é bem assim...

- Porque achas isso? Estás a ser dura contigo mesma e não há necessidade de o fazeres. Tinhas direito de recomeçar, de procurar uma saída.

Franzi as sobrancelhas. Como é que ele sabia sobre o meu suposto recomeço ou saída? Nunca mencionei.

Talvez a Eva o tivesse mencionado.

- Aconteceram umas coisas... - Ignorei o que disse. - Com o meu pai. A Magna provocou, ele exagerou.

- Ouvi comentar. - Encolheu os ombros e encarou-me. - Mesmo que agora ache ter motivos para beber, não tinha antes ou das primeiras vezes. Foi curiosidade e talvez alguma influência.

Voltei a suspirar, acabando por desviar os nossos olhares. Por mais estranho, a presença dele acalmou-me.

Principalmente as suas palavras.

- O que quero dizer com isto, é que não és a culpada de nada.

- É difícil pensar assim, quando a tua própria irmã te ataca e ainda te diz que nunca devias de ter voltado.

Encolhi os ombros.

Levei as mãos ao meu rosto, secando as lágrimas que insistiam deslizar. Quanto mais falava, mais vulnerável me sentia, o que detestava.

Estas confusões não faziam parte da minha personalidade. Não escolhi viver em Londres só porque sim.

- Está na altura de a acordar.

- Não adianta falares com ela hoje... A bebedeira, bem, tu sabes.

- Foste impecável comigo Chris, estou mesmo agradecida. - Beijei o rosto dele rapidamente. - Fico a dever-te uma! - O rapaz apenas sorriu.

Arrastei-me para junto da Magna, de modo a conseguir desperta-la. O corpo estava tão mole.

Pedi a Chris para a levantar e deitar no meu carro, nos bancos de trás.

Voltei a agradecer.

- Estás a dever-me uma!

- Não abuses! - Pisquei o olho, ligando o motor do carro. - Ainda quero saber o que sabes sobre mim.

- Pode ser que algum dia saibas. Nunca se sabe o dia de manhã.

Acabei por lhe sorrir.

(...)

Isto está muito à toa eu sei, mas por alguma razão acabei de escrever cinco capítulos seguidos

Trinta capítulos já escritos 👀

VANEDANNENDE  ➛   CHRIS SCHISTAD (A SER EDITADA)Where stories live. Discover now