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Vénus

Despertei a meio da noite

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Despertei a meio da noite.

Ao desbloquear o telemóvel, percebi que eram quatro da manhã. Reparei no computador sem bateria e numa pessoa adormecida ao meu lado.

Deitado de lado, virado para mim, uma das suas mãos pesava na minha barriga e a outra por baixo da almofada.

Relembrava a conversa sobre a série e sobre algumas coisas aleatórias que um de nós se ia lembrando. Confesso que o Chris conseguiu surpreender-me, o que me preocupava.

Começava a gostar da personalidade do rapaz, da sua companhia. Era cativante e surpreendentemente agradável estar, falar e ouvir o Chris.

Virei-me totalmente para ele, deslizando as pontas dos dedos pela pele das suas bochechas.

Ouvia a sua respiração calma.

Era de facto atraente, bastante bonito e agora... Menos irritante.

- Não te apaixones.

Relembrei de imediato a primeira vez que adormecemos juntos. Lentamente um sorriso desenhou-se no rosto dele, assim como no meu.

Senti os seus braços rodearam a minha anca, juntando os nossos corpos. Fiquei um tanto pasmada.

Porém, a sensação de conforto impediu que me afastasse do Chris.

- Vamos ficar mal habituados.

- Vamos? - Retorqui baixo, roçando os lábios no queixo dele, devido à falta de espaço entre nós.

- Já começo a ficar Vénus. - Sussurrou, deixando um beijo no meu rosto. - E tu não te estás a importar, o que me deixa com algumas esperanças.

Soltou uma breve risada.

Aquilo que havia dito conseguia ter os dois sentidos que pretendia.

Verdades no meio de brincadeiras, de modo a que não levasse tão a sério. Ou expulsasse da minha cama.

- Não te imaginei tão meloso.

- Não te permitiram imaginar com tudo o que te meteram na cabeça.

Sussurrou, afastando-nos ligeiramente de modo a conseguir encarar-me. Senti as mãos quentes no meu rosto.

Estávamos ainda mais próximos.

Até tinha medo de lhe responder e acabar por roçar os nossos lábios sem a intenção de tal. Mesmo não parecendo tão má ideia de momento. Estar assim tão perto, tentava-me a tal.

Contornei lentamente os lábios dele, o que deixou o rapaz surpreendido. Senti os nervos a aumentar.

Era a primeira vez que me sentia nervosa perto dele, desde que adentrou pela janela do meu quarto e pediu que lhe contasse o que se passava.

O que fiz sem hesitar.

- Começas a fazer com que confie em ti Chris... - Murmurei baixo.

- Já está na altura. - Murmurou de volta, encostando os lábios ao canto da minha boca.

Não resisti à tentação.

Inclinei ligeiramente o rosto, de modo a levá-lo num beijo.

Uma explosão de emoções deu-se dentro de mim. Enquanto o beijava, as preocupações em relação ao Connor e à Magna desapareceram. Apenas ficaram as que Chris me proporcionava.

Apesar de indescritíveis, um tanto racionais. Mesmo que mostre ser uma pessoa diferente comigo, não apagava o que foi anteriormente.

Precisava de ter cuidado.

Afastei os nossos lábios, acabando por sorrir envergonhada. Cobri o meu rosto com as mãos.

Lutou contra os meus braços, para ver a minha reação ao beijo.

- E ainda tentas manter-te longe.

Comentou, voltando a agarrar-me. Não deixei de gargalhar, mesmo correndo o risco de alguém nos apanhar. Creio que o meu pai me deserdava.

Senti um beijo no meu rosto e outro na parte de trás do meu pescoço, visto que tinha o cabelo para cima.

Fechei os olhos, saboreando apenas o momento diferente.

- Espero que os teus pais não te venham acordar de manhã, porque vou continuar a dormir. - Sussurrou, podia perceber o cansaço.

- Não te preocupes com isso.

- Acredita, não estou nada preocupado depois de me teres beijado.

Murmurou convencido e orgulhoso.

- Assusta-me mais que sejas tu a meter-me na rua que os teus pais. - Confessou então, fazendo-me rir.

- Isso só vai depender das tuas atitudes a partir de agora Chris.

- Ou seja... Se continuo a dormir contigo ou no apartamento? - Assenti e ele voltou a rir. - Parece que alguém se está a apaixonar.

- Não cries esperanças.... Ainda te pode sair o tiro pela culatra.

- É isso que vamos ver.

VANEDANNENDE  ➛   CHRIS SCHISTAD (A SER EDITADA)Where stories live. Discover now