Capítulo 6

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Percebendo que ela não sabia o que fazer, achava uma atitude completamente estranha, como se uma cobra peçonhenta estivesse à sua frente pronta para atacar, pois ela simplesmente vira uma estátua, parada e sem reação. Bem, não era essa a reação que queria causar nela, esperava mais e ficou frustrado quando Cindy o chama para iniciar a festa.

Tinha o maior respeito por ela, por fazer parte de sua vida, mas não aceitou a forma com a qual Cindy olhou e julgou em pensamento. Não devia nenhum tipo de satisfação a ela, e não daria explicações para o que não lhe interessava.

Seguiu o trajeto, ao lado de Angel enquanto Cindy caminhava atrás sem pressa. Fez o mesmo discurso de sempre rapidamente de boas vindas aos funcionários. Por algum motivo especial, queria dar um toque de sua vida a todas aquelas palavras, um pouco de si, de sua família e de como foi chegar até aqui. Quem sabe, uma palavra de incentivo pudesse inspirar alguém.

Eu não gosto muito de ter que chamar atenção bruscamente das pessoas, ainda mais quando eu sou o motivo da agitação, porém em meio a certas risadinhas assanhadas, fiquei sem muitas opções. Depois das minhas palavras irônicas termino o discurso e o pessoal começa a se animar.

Angel me interessa muito, mas não é a única. E por onde vou passando, vou dando um pouco de mim, proporcionando um momento de prazer.

Alguém atrapalha meu momento de diversão. É o cozinheiro. Quer conhecer a equipe com a qual vai trabalhar. De longe mostro as poucas pessoas que farão parte disso.

Eu observo ele sair, e logo ir cumprimentando seus novos parceiros. Mesmo agitado, e aproveitando a festa, eu fico só observando tudo. A todo instante. Procurando por ela, que até agora não vi onde se meteu. Depois de beijar muitas bocas e dançar, vejo que o cozinheiro Douglas não apenas encontrou como puxa uma cadeira e se senta ao lado dela. Conversavam muito próximos. E diferente de mim, bem animados com muitos toques e sorrisos. Realmente não me senti muito à vontade com o que vi. Perguntei se eles já se conheciam, porque ela não parecia ser a moça envergonhada de hoje cedo. Talvez fosse ciúmes, mas definitivamente ele não deveria estar ali. Mas porque passar estresse com uma, se aqui tem tantas. Modo cafajeste, on!

Com tantas funcionárias gostosas que agora vou ter, seria difícil se controlar. De toda forma, eu não ia querer a única mulher que passou a noite toda me ignorando.

Todas as outras estavam bebendo, dançando, por onde vou sinto passando a mão em mim querendo a minha atenção. É só uma noite. Mais uma. Eu não poderia desperdiçar essa oportunidade de me divertir com elas. Quem sabe, alguma delas teria a sorte de me chamar a atenção e ser presenteada com uma longa noite tórrida de sexo.

A verdade é que nunca tive esse tipo de intimidade com funcionárias mas como se diz por aí pra tudo se tem uma primeira vez.

Eu não deixei meu copo ficar vazio nem se quer por um minuto, o que me deixou um pouco elevado. Por influências de líquido alcoólico, eu danço ali no meio delas e o tempo voa. Parece que nesse momento eu não preciso me preocupar com nada nem com ninguém, posso ser apenas eu e aproveitar essa distração antes que tudo se torne sério.

Mas como num passe de mágica, em minha alma tudo fica negro.

Canso dessa falsa diversão. Quero ficar perto dela. Passo a procurá-la, não vejo mais Douglas pelos arredores e até imagino o que esses dois podem estar fazendo em um dos corredores. Trancados no banheiro. Esses pensamentos me fazem dar um soco na parede.

Chama do pecado - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora