Zeus bateu o raio no chão e gritou:

- PAREM DE LUTAR! - Os poucos que ainda guerreavam obedeceram e pararam. - MEUS ALIADOS, peçam perdão a Quíron.

  Poseidon bufou. Deméter, Afrodite, Ares, Hefesto, Nêmesis e todos os deuses que lutaram contra Poseidon, se aproximaram de Quíron, que agora estava próximo a multidão que observava Zeus e Poseidon.

- Pedimos perdão por nossos mal modos. - Deméter falou. - Eu, deusa da colheita, falo por todos aqui e peço piedosamente, Quíron, que permita nossos filhos voltarem a conviver com vocês. Nos responsabilizamos por qualquer um deles.

   Quíron balançou a cabeça.

- Seus filhos apenas foram leais a seus pais. - O centauro deu de ombros.

- Ainda não estou satisfeito... - Poseidon falou.

- Pai... - Miriam implorou.

- Prometa, pelo Rio Estige, que não irá atacar nenhum dos meus filhos. - Ele olhou para Peter. - Nem meus outros descendentes.

  Zeus riu, com desdém.

- Prometerei, mas não por todos os seus descendentes. Apenas por estes semideuses modernos. Incluo em minha promessa: a garota - ele apontou para Miriam - Tyson, o ciclope... - ele olhou para Percy - e Jackson com seus dois filhos. Juro pelo Rio Estige nunca atacar nenhum deles.

   Ele olhou para seus aliados.

- Vamos embora. - Então, todos desapareceram, ficando apenas os semideuses. Deméter ainda deu uma olhada para Atena, antes de sumir.

  Peter correu para Poseidon, que automaticamente se adequou ao tamanho humano.

- Você foi grande, Peter! - o deus disse, sorridente.

- Um grande herói! - Ele falou, empolgado.

- E está numa grande encrenca. - Falei, me aproximando.

   Ele parou de sorrir.

   Suspirei.

- Você foi incrível, Peter. Mas, fez algo tremendamente arriscado e está de castigo. - Falei. Ele me olhou triste.

- Não seja tão dura com ele. - Percy sussurrou no meu ouvido. Suspirei.

- Bom, enfim, acabou. - Quíron falou.

- Hércules. - Miriam disse. Ele a olhou. - Agora temos muito o que conversar. Vamos à Casa Grande.

   O semideus concordou.

- E vocês precisam ir à enfermaria. - Will apareceu ao meu lado. Concordei, olhando para o estado de Percy.

- Peter... - Ele entendeu e concordou, descendo do colo do avô.

- Tchau, vovô Popô. - Peter disse.

- Tchau, Peter. - Poseidon respondeu.

    Ele caminhou alguns passos, até que Poseidon pediu para ele parar.

- Peter, há algo que não te pertence no seu bolso. - Meu filho o olhou sem entender e colocou a mão no bolso, tirando de lá a caneta de Percy.

- Ah, é... - Ele disse.

   Algo apareceu no ar. Quando Poseidon pegou, percebi que era uma pequena bola de borracha, do tamanho de uma tampa de garrafa. Quando Peter a pegou, percebi que não era borracha, parecia ser feita de água mesmo, mas sua textura parecia silicone. Peter apertou a bola e ela se transformou numa espada dourada. Era do tamanho perfeito para ele.

- Ela vai se adaptar a você, enquanto você cresce. - Poseidon se ajoelhou. - Peter, eu confio em você. Só use essa arma em caso de extrema necessidade. Na idade certa, você será treinado. Mas, por ora, aproveite sua infância. - Ele piscou. - Devolva a espada do seu pai, ele está precisando dela.

   Peter percebeu seu pai com a testa molhada de sangue e arregalou os olhos.

   Percy sorriu, quando ele chegou perto.

- Tudo sobre controle, campeão. Você foi o herói hoje.

    Peter sorriu e devolveu contracorrente.

- Minha espada é mais bonita que a sua. - Ele e Peter riu.

- É mesmo. - Percy disse.

- Vamos, filho. Seu pai precisa receber cuidados. - Falei.

   Então, os puxei para a enfermaria.



Percabeth: Cupcakes AzuisWhere stories live. Discover now