Atrás do Pégaso!

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RACHEL POV-

- PETER! - Gritei.

  Me sentei e só pude ver um manticore enorme deitado em cima do pequeno Jackson.

- RACHEL! - Ouvi alguém gritando do lado de fora. Minha cabeça ainda estava tonta. A pessoa, ou melhor, o sátiro, entrou na caverna.

- Grover! - Exclamei.

- Você está bem? - Perguntou. Não consegui responder, apontei para o Peter.

- Meus deuses! - Exclamou.

- Ajuda logo ele! - Falei.

- Tá! - O sátiro respondeu. Ele apanhou a lança que eu tinha usado e tocou o monstro.

- Ele tá morto? - Perguntei.

- Acho que sim. - Grover respondeu.

- Alguém tira essa coisa de cima de mim! - Ouvimos a voz abafada do pequeno Peter.

- PJ! - Ally gritou, sorrindo, ainda ajoelhada no chão. Sangue escorria de seu braço. Olhei para minha direita. Jacob parecia estar bem. Já estava em pé, apenas petrificado, analisando a cena.

Grover empurrou o corpo do manticore para o lado, virando-o de frente. A espada de Percy, contracorrente, estava encravada no peito do monstro.  Alguns segundos depois, o mesmo se transformou em pó.

- Agora ele está morto. - Grover anunciou.

Peter ainda estava deitado no chão, ofegante.

- Rachel! - Olhei para a entrada da caverna: Annabeth acabara de aparecer. - Mas, o que aconteceu aqui? - Ela perguntou, me vendo caída no chão.

  Seus olhos logo captaram toda a cena: Jacob mancando para perto de nós, Ally ensanguentada e Peter deitado no chão.

- Mas, o que aconteceu aqui? - Ela repetiu.

- Mamãe! - Ally exclamou, claramente aliviada. Grover ajudou Peter a levantar.

- Ally. - Ela se aproximou da filha, tocando seu braço machucado. - Quem fez isso com você?

- Tá tudo bem. Foi um manticore. Se não fosse Peter...

- Peter? - Ela olhou para o filho. Olhou para cada detalhe dele, se certificando de que estava inteiro. Mas, o menino não havia sofrido nenhum arranhão. Só estava um pouco sujo de poeira... Sabe como é, né? Minha caverna é modesta e não tem piso de cerâmica.

   Jacob se aproximou.

- Ele matou o monstro, tia. - Falou.

- Cheguei a tempo de ver o corpo do manticore enorme que estava em cima dele. - Grover disse.

   Annabeth estava chocada. Então, percebeu o que Peter segurava.

- Contracorrente. É a espada do seu pai. - Falou.

  Peter abaixou a cabeça.

- Sinto muito, mamãe. Sei que não gosta que eu brinque com armas. Papai achou que seria importante. - O garoto falou.

- E salvou, PJ! Ele salvou todos nós, mamãe.

- É, ele foi incrível. - Falei.

  Annabeth pareceu ter saído de seu transe.

- Peter, você não brincou com arma. Você a usou por uma necessidade. Foi muito corajoso. Estou muito orgulhosa de você.

- Não tá brava comigo? Achei que não podia mexer em coisas cortantes, mesmo sendo prole de semideus.

   Annabeth sorriu.

- Você sabe o significado de "prole"? Tem que conversar menos com a vovó Atena. Está ficando mais inteligente que eu. - Ela bagunçou o cabelo do filho. - Tem razão. Você é criança, Peter. E quero evitar que lute o máximo que eu puder. Quero que aproveite sua infância. Não quero que tenha que derrotar monstros com tão pouca idade, como eu precisei. Mas, quando for necessário, dê o melhor de si numa luta. Bom, por enquanto, acho melhor você devolver a espada do seu pai o quanto antes, tudo bem?

   Ele concordou. Pegou a tampa da espada no chão e a retransformou em caneta, a erguendo para a mãe.

Ela fechou a mão do filho.

- É você quem deve entregar pra ele. Quando encontrá-lo. Por enquanto, só a use numa emergência.

- Afinal, o que aconteceu aqui, galera? - Grover perguntou.

  Tentei levantar, mas minha cabeça girou e eu caí novamente de joelhos. Annabeth percebeu.

- É melhor cuidar dos ferimentos deles primeiro.

   Ela tirou um saquinho de ambrosia do bolso.

- Bom, um pouco disso pode ajudar Ally, já você ... - Ela comentou para mim.

- Posso ajudá-la. - Grover falou. - Tenho um remédio de ervas aqui para sátiros. Também serve para mortais, totalmente natural. Também posso fazer um curativo, se não for precisar de pontos. Caso contrário vamos ter que esperar o Will.

- Olhe o que dar pra fazer então. - Annabeth pediu.

- Ah, olha só pra o seu braço, meu amor... - Annabeth comentou, colocando um pedaço de ambrosia na boca de Ally.

PERCY POV -

- Já estou vendo eles, Quíron! - Gritei.

- Estão muito longe! - O centauro falou, trotando o mais rápido que podia.

- Pode acertar o cavalo? - Perguntei.

- Eu não vou fazer isso, Percy! Aquele é Pégaso, o melhor de todos os pégasos e muito importante para o seu pai.

  Revirei os olhos.

- Se é tão importante, então por que está lutando contra nós?

- Por que ele está interligado com raios e trovões. Zeus o valoriza! - Gritou.

   Bufei.

- Tudo bem, então qual é o plano?

- Eu sei lá! - O centauro falou.

- Devia ter vindo com Annabeth mesmo. - Resmunguei.

- O que? - Ele perguntou.

- Nada! - Exclamei.

   "Talvez um cavalo tão bravo quanto Pegáso". Pensei.

- Tive uma ideia! - Exclamei.

- O que!?

- Espere para ver! - Falei, então assobiei três vezes.

Percabeth: Cupcakes AzuisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora