No Shopping

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PERCY POV -

Ally já estava com seus 3 anos e era muito esperta, como a mãe. Porém, muito elétrica e distraída como o pai. Era o meu anjinho, a coisa mais linda que eu já havia visto na face da Terra. Annabeth e eu terminamos o café e subimos para o quarto dela - um quarto num tom rosa bebê, com adesivos de peixinhos e pégasos. Alice amava pégasos, mesmo só tendo visto uma vez no verão passado, quando Blackjack havia aparecido no quintal da nossa casa para me levar em uma missão e ela se apaixonara pelo animal. Também descobrimos que ela conseguia entendê-lo, ao contrário de Peter, que olhou para a irmã como se ela fosse uma maluca naquele mesmo dia, por estar conversando com um cavalo alado. Peter já puxava mais o lado de Annabeth e sabia desenhar muito bem, seu apego era por corujas. Porém, Peter tinha mais controle sobre a água do que Ally e podia se comunicar comigo e com os animais embaixo d'água, já Ally não. Ambos já nadavam muito bem.
Então, Peter fez o que tinha dito que ia fazer. Acordou sua irmã, que havia herdado o meu sono pesado. Perguntei a ele como ele havia conseguido e ele disse que havia pulado na cama, a chamando aos gritos, até ela sair dali.
Arrumamos os meninos e os colocamos no carro. Dirigi até o shopping, como combinamos.
Assim que entramos, perguntei:
- O que vamos fazer primeiro? - Eu segurava a mão de Ally e Peter andava na nossa frente, saltitante.
- Vamos na loja de esportes! - Ele disse empolgado.
  Subimos a escada rolante e fomos andando.
- PAPAI! Espera aí! - Ally gritou, meio histérica. Ela também já falava muito bem. O sangue de Atena nas veias dos meus filhos tinham dessas coisas.
  Paramos para ver o que ela queria. 
Ela olhava admirada pra uma vitrine de uma loja de brinquedos, especificamente para um golfinho de pelúcia azul.
- Compra pra mim, papai!
   Sorri.
- Só se sua mãe deixar. - Ela olhou para Annabeth e a mesma não pôde deixar de rir. Era a mesma cara pidona que eu fazia para ela às vezes. O mesmo biquinho, o mesmo jeitinho triste.
Annabeth simplesmente deu de ombros e os olhos de Ally brilharam.
Entramos na loja e perguntarmos o valor do brinquedo. Peter pegou um deles e o apertou. O golfinho fez um barulho e as duas crianças riram.
- O barulho não é eletrônico, ele é feito por um material de sopro, então nunca vai se quebrar. - a vendedora explicou.
- Vamos levá-lo pro caixa, filha. - Annabeth chamou, agradecendo quando passou pela vendedora.
  Compramos o brinquedo e saímos da loja.
- Peraí, papai! - Peter exclamou, correndo para um banco no corredor do shopping e subindo em cima. Ele pediu a sacola e logo entendi o que ele queria. Coloquei a sacola do brinquedo no banco e Peter tirou o golfinho da caixa. Ele desceu do banco e deu o brinquedo à sua irmãzinha.
- Bigada, Peter. - Ally agradeceu, abraçando o bichinho de pelúcia.
Annabeth sorriu.
- É "obrigada", amor. - ela corrigiu. - Bom, vamos? Está quase na hora do almoço. Vamos comprar as coisas do Peter.
  Confirmamos e a seguimos. Compramos duas luvas, um taco e uma bola de baseball e fomos pra praça de alimentação.
Quando estávamos almoçando, uma mulher passou com seu filho pequeno no colo. O menino derrubou seu bonequinho no chão e a mãe não viu. Peter viu e correu para apanhar.
Annabeth e eu o observamos da mesa.
Ele apanhou o brinquedo e correu até a moça. Falou algo pra ela, provavelmente avisando que o objeto tinha caído sem ela ver.
A mulher sorriu e pegou o brinquedo, aparentemente agradecendo.
Conversaram mais umas frases e Peter apontou para nós. Logo Peter estava voltando à nossa mesa, acompanhado da mulher.
- Olá, seu filho é mesmo um amor. Queria agradecer por ele... - A moça olhou para Annabeth. - eu te conheço, não é?
  Annabeth a olhou.
- Hm... Não sei exatamente. Não me é estranha.
   Olhei de uma pra outra e algo veio na minha mente.
- Ah! Você é a enfermeira, não é? Me atendeu quando Annie estava tendo Ally! - Perguntei.
- Ah sim. Trabalho no Hospital Central de Nova York. Agora me lembro. Você teve um menininho 1 ano e alguns meses antes e suponho que seja este rapaz educado aqui. - Ela disse, passando a mão na cabeça de Peter, que sorriu.
- Sim. - Annabeth confirmou, se levantando. - Sou Annabeth Chase, este é meu marido, Percy, e esses são nossos filhos: Peter e Ally.
- Prazer, sou Elena. E este é meu filho Michael. Ele tem 10 meses.
- Eu tenho 4 anos e minha irmã tem 3. - Peter disse, feliz, gesticulando os números com os dedos.
- Hã, você pode sentar pra almoçar com a gente, se quiser. - Convidei.
- Ah, não, obrigada. Mas seria ótimo qualquer hora. Tome o meu cartão. - Elena falou, entregando à Annabeth. - Tenho que me encontrar com meu marido agora. Mas foi ótimo revê-los. Qualquer coisa é só ligar. Tchau, Peter. Obrigada outra vez.
- Tchau! - Peter falou, sentando com esforço na cadeira de novo.
  Annabeth se sentou.
- Você foi muito educado, Peter. - Ela falou.
   Acenei confirmando.
- Foi mesmo. Parabéns. - Elogiei.
- Obrigado. - Ele falou.
  Ally apertou o golfinho, fazendo barulho de novo.
  Nós rimos.

Percabeth: Cupcakes AzuisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora